Gimnospermas – O que são? Características e Importância econômica

Na Era Mesozoica, cerca de 252,2 milhões de anos atrás, surgiu o terceiro grupo de plantas, chamadas de gimnospermas. Juntamente com as angiospermas, elas formam o grupo denominado Espermatófitas, que significa produtoras de sementes.

Atualmente, são aproximadamente mil espécies distribuídas pelo globo, sendo extremamente adaptadas ao ambiente terrestre. Dentre as adaptações a este meio estão a presença de semente multicelular, o suprimento alimentar na semente para o desenvolvimento do embrião e a presença de um tegumento (“capa”) para proteção do embrião na semente.

A maior parte destas plantas localiza-se na região Norte do planeta, onde podemos encontrar as florestas de Coníferas, por exemplo. No Brasil, elas são pouco representadas.

Gimnospermas

O que são gimnospermas?

 

Assim como as angiospermas, as gimnospermas são plantas vasculares, ou seja, que possuem vasos condutores de seiva. No entanto, elas são o primeiro grupo de plantas a desenvolverem sementes que não são envoltas por frutos, mas ficam localizadas em uma estrutura reprodutora externa denominada cone ou estróbilo, popularmente chamado de pinha.

Atualmente, as gimnospermas estão divididas em quarto grupos:

  • Coniferophyta (ou Coníferas): maior grupo, com aproximadamente 630 espécies. Um dos seres vivos mais antigos do Planeta. Exemplo: Secoia-gigante;
  • Cycadophyta: aproximadamente 305 espécies, a maioria na região Equatorial. Exemplos: cica;
  • Ginkgophyta: apenas uma espécie vivente atualmente, o Ginkgo biloba;
  • Gnetophyta: aproximadamente 70 espécies.

Características

Gimnospermas

Como mencionamos, este grupo possui características peculiares que lhe conferiu vantagens evolutivas em relação às pteridófitas:

  • Não necessitam de água para reprodução. O gametófito masculino imaturo (grão de pólen) é transportado por polinização;
  • Têm formação do tubo polínico até o arquegônio (estrutura feminina).

Estrutura

As formas mais comumente vistas em gimnospermas são como arbusto, árvores, ervas e lianas. 

Além disso possuem uma estrutura característica, chamada de cone ou estróbilo, mais popularmente conhecido como pinha. Esta estrutura contém as sementes.

Habitat

Este grupo está presente globalmente em ambientes terrestres.

Reprodução

Os estróbilos podem ser monoicos (apenas um sexo) ou dioicos (ambos os sexos). No interior do estróbilo masculino, o grão de pólen (gametófito masculino) é produzido no interior do saco polínico. Já o estróbilo feminino forma o megásporo (esporo feminino) e uma abertura, chamada micrópila, que receberá o grão de pole.

Quando ocorre a polinização, formam-se os arquegônios com uma ou mais oosfera (gameta feminino). O grão de pólen germina e forma um tubo polínico até o arquegônio, fecundando e dando origem ao zigoto. O óvulo fecundado dá origem à semente que forma um tegumento (“casca” para proteção) e um endosperma (tecido de reserva que nutre o embrião durante o desenvolvimento).

Gimnospermas

Os grãos de pólen podem possuir estruturas, como “asas”, que facilitam sua dispersão pelo vento, principal tipo de polinização nas gimnospermas (anemofilia). Mas também pode ocorrer polinização por água, pelo homem ou por animais, por exemplo insetos e aves.

Quando as sementes estão maduras, o estróbilo fica visível e é disperso pelo próprio vento ou por animais, germinando o solo e formando o esporófito, que é a parte visível da gimnosperma.

 

Importância econômica

Gimnospermas

 

As gimnospermas possuem grande importância econômica, principalmente na produção de fármacos, como o Ginkgo biloba – uma espécie em perigo de extinção, originária da China, mas muito cultivada no mundo todo, atualmente em função de suas propriedades medicinais, como a cura de feridas de pele.

Além disso, muitas plantas deste grupo são utilizadas para alimentação humana, como é o caso do pinhão, produzido pelo pinheiro-do-paraná. Estas plantas são também empregadas na ornamentação de jardins, como as cicas.

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