As células dos organismos apresentam algumas estruturas que permitem ser diferenciadas. No caso da célula vegetal, ela apresenta parede celular, cloroplastos e vacúolos – organelas que as diferenciam das células dos animais. Os vacúolos, no entanto, estão também presentes nos protozoários.
Esta organela pode desempenhar diversas funções e coexistir em uma mesma célula, cada qual realizando sua função. Ela pode ser do tipo digestiva, funcionando como os lisossomos das células animais. E podem ser também úteis para o armazenamento de metabólitos primários e secundários, atuando como fonte de substâncias que os humanos exploram economicamente, como a borracha, o ópio e o aroma do alho.
Além disso, esta estrutura tem importante papel na manutenção da homeostase, no equilíbrio da célula, controlando o pH do citoplasma e realizando o transporte de fluidos.
O que são vacúolos?
O vacúolo é uma das organelas que diferencia a célula vegetal da célula animal. Possui um formato que varia entre o esférico e ovalar e é envolta por uma membrana simples, chamada tonoplasto, sendo também preenchida por suco celular de pH ácido.
Os vacúolos podem ter a função de armazenamento, digestão ou contração, bem como ocupar entre 30% a 90% do volume celular.
Tipos de vacúolos
De acordo com sua função, os vacúolos podem ser classificados como vacúolos de armazenamento, de digestão ou contração. Confira mais a respeito de cada um, abaixo.
Vacúolos de armazenamento
É o tipo mais comumente encontrado em células vegetais adultas e pode ocupar até 90% do volume celular.
Os pequenos vacúolos presente nas células jovens se fundem durante o crescimento da célula vegetal e formam um único vacúolo central.
Estes vacúolos de armazenamento podem reservar não somente substâncias úteis à célula, como também metabólitos primários (açúcares, ácidos orgânicos e proteínas) e substâncias tóxicas (nicotina e taninos). Estas substâncias tóxicas atuam como defensores químicos da planta contra predadores, parasitas e patógenos.
Além disso, estes vacúolos armazenam pigmentos como as antocianinas, responsáveis pelas cores azul, violeta, roxo, vermelho escuro e escarlate de alguns vegetais.
Vacúolos digestivos
São formados pela fusão de lisossomos com os fagossomos ou pinossomos. Pelo processo de fagocitose, substâncias são digeridas pelas enzimas lisossômicas.
As partículas fagocitadas são quebradas e podem ser reaproveitadas pela célula ou eliminadas, em um processo denominado clamocitose ou defecação celular.
Há um tipo de vacúolo digestivo chamado de vacúolo autofágico, que digere parte da própria célula. Este processo é importante para a renovação celular, eliminando partes desgastadas da célula.
Em algumas sementes, estes vacúolos liberam enzimas que quebram proteínas de reserva para disponibiliza-la ao desenvolvimento do embrião.
Vacúolos contráteis
Eles podem ser chamados também de vacúolos pulsáteis, estando presentes em protozoários de água doce. Seu citoplasma é hipertônico em relação ao meio externo (possui maior concentração de sal), assim, a água entra em suas células por osmose (do meio menos concentrado para o mais concentrado).
Como suas células possuem os vacúolos contráteis, elas não estouram com a grande quantidade de água, pois os vacúolos eliminam o excesso de água.