A baleia jubarte (Megaptera novaeangliae) é um mamífero cetáceo, pertencente à família dos baleopterídeos. Seu nome científico vem do grego antigo, que significa “grandes asas”, por conta da aparência de suas nadadeiras peitorais quando este animal salta para fora da água.
Infelizmente, é difícil estudar as baleias jubarte, pois elas passam a maior parte do tempo submersas. Porém, esforços têm sido realizados para se conhecer mais sobre essa espécie e conservá-la.
Características físicas da baleia jubarte
A baleia jubarte pode pesar entre 35 e 40 toneladas e medir aproximadamente 16 metros de comprimento. Ela apresenta pregas ventrais que se estendem do queixo à região do umbigo e funcionam como um acordeon, se expandindo quando o animal se alimenta e se contraindo quando expulsa água para fora.
A pele desse animal é final, com menos de 1 centímetro de espessura. Sua coloração é preta na região dorsal, mas pode ser branca ou preta na região ventral. Logo abaixo da pele, possui uma camada espessa de gordura, que funciona como isolante térmico.
Sua cabeça é ligeiramente achatada e seus olhos se localizam próximos às laterais da boca. A cerca de 30 centímetros dos olhos estão as pequenas aberturas do ouvido externo.
Comportamento
As jubartes formam grupos pequenos, com dois ou três animais. As ligações mais próximas são entre a mãe e filhote. Algumas vezes, podem ser vistos grupos competitivos, dois machos disputando por uma fêmea para acasalamento. Em alguns casos raros, elas podem formar grupos maiores e temporários para alimentação.
Esses animais são vistos nadando em direção fixa ou sem direção, em repouso e também expondo a cauda parada acima da superfície da água. Essa exposição caudal é realizada tanto por machos quanto por fêmeas, mas os filhotes não exibem esse comportamento. Ainda não se sabe as razões desse disso, mas algumas teorias foram elaboradas, relacionadas a uma posição para amamentar o filhote, uma forma de evitar a cópula ou para emissão de som em maiores distâncias. Além disso, pesquisadores acreditam ser uma maneira de velejar ou apenas uma posição de descanso.
A jubarte também consegue lançar mais de 2/3 do seu corpo fora d’água. Esse comportamento ainda não foi esclarecido, mas há indícios de ser uma forma de comunicação ou também para eliminar parasitas e cracas que ficam aderidas ao corpo.
Habitat
A baleia jubarte é cosmopolita, sendo encontrada em todos os oceanos. Essa espécie migra durante o verão para as águas polares, onde se alimenta, e durante o inverno se dirige para as águas tropicais e subtropicais, para a época reprodutiva.
Alimentação
As jubartes são animais carnívoros, consumindo principalmente krill (Euphasia superba) e pequenos peixes. Algumas se alimentam em grupos, cercando os cardumes com uma cortina de bolhas. Em seguida, sobem à superfície com a boca aberta e engolem água juntamente com as presas.
Outra técnica de alimentação utilizada por elas é bater a cauda com força na água ou produzindo um som muito alto e forte. Ambos os métodos servem para atordoar as presas e facilitar a predação.
Reprodução
O período de gestação dura entre 11 e 12 meses. Em geral, há um período de 2 e 3 anos entre uma gestação e outra, embora possam se reproduzir em anos consecutivos.
Cada gestação dá origem a um filhote que, quando nasce, precisa subir imediatamente para a superfície para respirar a primeira vez. Ele chega a medir cerca de 4 metros de comprimento e pesar entre 800 quilos a 1 tonelada, com sua pele sendo de cor cinza claro.
Durante os primeiros meses, o filhote se alimenta somente de leite, que possui cerca de 40% de gordura. Durante esse período, a fêmea despende grande energia no cuidado parental. Entre os 6 e 10 meses de vida ocorre o desmame, quando o filhote começa a se alimentar de krill. Já a maturidade sexual ocorre por volta dos 6 anos de idade, quando o animal já atingiu cerca de 12 metros de comprimento.
Curiosidades
- As cracas que se desenvolvem sobre a pele das baleias não são parasitas, mas utilizam o grande corpo delas para se locomoverem pelos oceanos;
- Durante a migração, as fêmeas com filhotes são as últimas a se dirigirem para a viagem de mais de 4 mil km. Isso porque os filhotes precisam estar desenvolvidos com uma camada de gordura que lhes permita ter energia suficiente para o deslocamento.