Cultura do Norte – Formação, Festas, Dança, Música, Culinária e Lendas

O Brasil é um dos maiores países do mundo, abrigando pessoas de diversas origens. A miscigenação permitiu ao nosso país apresentar uma ampla diversidade cultural em cada uma das suas cinco regiões.

A Região Norte, a maior do país, é formada por sete estados (Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins). Essa área tem uma rica e diversa cultura como resultado da influência europeia, indígena e africana.

O Norte brasileiro era originalmente ocupado por tribos indígenas. Com a chegada dos portugueses, e posteriormente de africanos escravizados, criou-se uma cultura própria na região, que combina elementos das três culturas para formar a sua própria. Destacam-se na cultura do norte danças, festas, culinária, artesanato, etc.

Principais festas

Parintins

Realizada anualmente no mês de junho, na cidade de Parintins, estado do Amazonas, é uma das maiores festas da região, atraindo um grande público, o que faz a população da cidade dobrar.

A festa consiste na disputa dos bois: Garantido (representado pela cor vermelha) e Caprichoso (representado pela cor azul). Ao longo de três dias, os dois grupos se apresentam e, no final da festa, um deles é declarado o vencedor.

Círio de Nazaré

O Círio de Nazaré é uma procissão realizada em outubro, no estado do Pará, como homenagem à Nossa Senhora de Nazaré. Todo ano, atrai milhares de fiéis que caminham quilômetros em ruas enfeitadas da Catedral de Belém até a Praça Santuário de Nazaré, onde a imagem da santa fica durante quinze dias. Por sua importância, desde 2004, o Círio de Nazaré passou a constar no registro de Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Encenação da “Paixão de Cristo”

É uma imensa peça teatral realizada ao ar livre em uma cidade cenográfica chamada Nova Jerusalém, situada a cerca de 200km do Recife. O evento, que encena os últimos dias da vida de Cristo, atrai milhares de espectadores todos os anos, e conta com um elenco de mais de 500 pessoas, entre atores e figurantes.

Além dessas festas, são muito importantes também a Congada, Folia de Reis, Festa do Divino e As Cavalhadas.

Culinária

Uma das mais variadas do Brasil, a culinária do norte é riquíssima, com itens que são apreciados em todo o país, tais como guaraná, graviola, cupuaçu e açaí. Entre os pratos típicos, temos o tucupi (um caldo feito à base de mandioca, muito comum no Pará), a maniçoba (receita parecida com feijoada, mas com folha de mandioca triturada no lugar do feijão), o tacacá (um caldo feito com mandioca, tucupi e camarão) e a famosa carne de sol. Isso sem falar na enorme variedade de peixes encontrados e consumidos na região.

Dança e música

O Norte tem várias danças e ritmos diferentes, com destaque para Dança do Maçarico, Camaleão, Carimbó, Marujada, Dança do Siriá e Retumbão.

Artesanato

O artesanato do norte procura utilizar objetos feitos a partir de barro, cerâmica, couro, madeira, pedra-sabão e sementes, para fabricar bijuterias, artigos de decoração, cerâmica, entre outros.

Inclusive, a cerâmica marajoara é um exemplo de artesanato importante da região, e atualmente muito conhecida no exterior. Outro exemplo de artesanato bem conhecido são brincos, pulseiras, mandalas e chapéus feitos com capim-dourado, uma planta típica da região de Tocantins.

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Lendas e mitos

A Região Norte tem várias lendas, a maioria da cultura indígena local. As lendas mais conhecidas são:

  • A lenda do boto: essa história conta que um boto, durante a noite, transforma-se em homem, veste-se de branco e sai pela cidade seduzindo mulheres que, após o encontro, ficam grávidas do ser;
  • A lenda da Vitória-Régia: essa lenda conta a história de uma índia que se apaixonou pela lua (chamada de Jaci pelos índios). Ao ver o reflexo da lua nas águas do rio, a índia se inclinou para beijar o astro, o que a fez cair e se afogar. Jaci teria então transformado a jovem índia em uma flor, a Vitória-Régia.

Além dessas histórias, também são bem conhecidas as lendas do Curupira, da Iara, da Caipora, do Boitatá, da Mula sem cabeça, do Jurupari, entre outras.

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