O Planeta Terra não depende somente da água e da terra para manter sua estabilidade. A formação do ar que circunda nosso planeta também é fundamental, principalmente para a manutenção da temperatura de maneira a garantir a sobrevivência das espécies que aqui habitam hoje.
A atmosfera terrestre é composta por uma série de gases, como o nitrogênio, o oxigênio e o ozônio. Este último, embora de fundamental presença em certa altitude da atmosfera, ao nível do solo, perde sua função e se torna um gás poluente. Ele também é responsável pelo aumento da poluição terrestre, juntamente com outros gases, como o monóxido de carbono (CO), o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4) e o óxido nitroso.
O que é a camada de ozônio?
O ozônio (O3) é um dos gases que compõem a atmosfera terrestre. Suas moléculas formam uma camada entre 20 e 30km de altitude que protege todos os organismos vivos dos raios ultravioletas (UV) emitidos pelo Sol. Essa camada é a única capaz de barrar aproximadamente 90% das emissões do tipo B (UV-B).
Problemas atuais
Em 1977, foi detectado pela primeira vez que a camada de ozônio apresentava buracos na atmosfera sobre a região da Antártida. Desde então, os cientistas têm descobertos mais buracos e o aumento deles ao redor do planeta, principalmente nos polos.
Esses buracos favorecem a ação dos raios UV, acelerando o processo de derretimento das calotas polares, que são responsáveis, em parte, pela manutenção da temperatura do planeta.
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) estima que a cada 1% de perda da camada de ozônio seja responsável por 50 mil novos casos de câncer de pele e 100 mil novos casos de cegueira no mundo.
Espera-se que os acordos ambientais, como o Protocolo de Montreal, resultem na recuperação dos níveis da camada de ozônio, em função dos esforços realizados no mundo para atingir a meta de eliminação das substâncias que afetam essa parte de nossa atmosfera.
O que causa os buracos na camada de ozônio?
Há diversas substâncias químicas que afetam a camada de ozônio e também que favorecem o efeito estufa. Dentre esses químicos, podemos citar os óxidos nítricos e nitrosos, que são expelidos pelos veículos, e o CO2, que é gerado durante a queima de combustíveis fósseis, como o carvão e o petróleo. Além disso, os clorofluorcarbonos (CFCs) são os mais danosos. Eles são encontrados dentro de geladeiras antigas e também em produtos aerossóis.
No caso dos CFCs, eles se desintegram em cloro quando em contato com a radiação ultravioleta. Esse cloro reage com o ozônio e forma oxigênio (O2). Tal processo leva à destruição de moléculas de ozônio, pois a cada molécula de CFC, 100 mil de ozônio são destruídas, o que gera a formação dos buracos. O oxigênio produzido, por sua vez, não é capaz de barrar a entrada dos raios UVs.
O que os raios ultravioletas causam?
O principal dano causado pelos raios UVs aos seres humanos é o câncer de pele. Apesar de ser absorvido pela camada de ozônio em sua maior parte, uma porção atinge a superfície da terra e, consequentemente, afeta a nossa pele e até mesmo a nossa visão. Por isso, é muito importante utilizar proteção solar diariamente, além de que esse tipo de radiação afeta nosso sistema imunológico, nos deixando mais susceptíveis a alergias por exemplo.
Os raios UVs afetam também plantas e animais. Para a agricultura, eles são muito danosos, diminuindo a produtividade das plantações. Os raios também atingem o plâncton, essencial para o funcionamento do ecossistema marinho, pois compõem a base da cadeia alimentar e absorvem mais de 50% das emissões de CO2.
Por fim, os UVs ainda afetam diversas espécies de animais, alterando o desenvolvimento dos estágios iniciais em peixes, camarões, caranguejos e outras formas de vida aquáticas.