Darwinismo é o nome dado à teoria evolucionista e da seleção natural, ambas criadas pelo cientista e naturalista inglês Charles Darwin (1808-1822).
Os conceitos criados por Darwin argumentam que as espécies evoluíram por conta da necessidade de adaptação para sobreviver, o que faz com que tenham ancestrais em comum. A teoria evolucionista foi a primeira a explicar a origem das espécies e dos humanos, opondo-se ao criacionismo. Depois de adaptada para o neodarwinismo, a hipótese tornou-se a mais aceita entre os cientistas.
Origem da teoria darwinista
O darwinismo surgiu numa época em que a Europa passava por grandes descobertas, já que muitos cientistas começaram a colocar em cheque conceitos pré-estabelecidos. Charles Darwin foi um dos que contribuiu pra essa onda de dúvidas herdadas do período iluminista.
Até então, a teoria predominante, que explicava a evolução das espécies, era o criacionismo, a qual alega que todas as criaturas da Terra surgiram e se modificaram por conta da vontade de Deus.
Darwin, no entanto, acreditava que qualquer espécie animal, incluindo os humanos, evolui não porque é a vontade de Deus, mas porque o ambiente lhes impõem uma necessidade de adaptação. O pensamento do cientista deu ao mundo um novo olhar a respeito da evolução dos animais e uma outra explicação para a origem dos seres humanos.
Essas investigações, no entanto, não foram bem aceitas pela Igreja Católica, que considerou Darwin um louco e incentivou que fosse ridicularizado pela população.
Seleção natural
Ao analisar cadáveres de girafas, Darwin percebeu que muitas das antigas tinham o pescoço curto, o que o fez pensar o porquê de esse órgão ter ganhado um novo comprimento, com o passar do tempo. Assim, ele constatou que as girafas com pescoços mais longos conseguiam alimentar-se mais, reproduzir-se mais e sobreviver por mais tempo. Dessa forma, ao longo dos anos, as de pescoço curto foram desaparecendo, predominando as girafas que conhecemos hoje. Essa teoria foi chamada de método da seleção natural.
Em outras palavras, as variações entre cada organismo de uma mesma espécie acaba criando probabilidades diferentes de sobrevivência. Aqueles que se adaptam melhor ao ambiente são os que predominam, criando um padrão evolutivo.
Com base na adaptação constante das espécies, os animais evoluem gradativamente, sem que isso seja visível. Contudo, ao analisar o histórico de todas essas evoluções, ao longo do tempo, em centenas ou milhares de anos, é possível reparar mudanças drásticas no comportamento ou na fisiologia de diversas espécies.
Humanos vieram dos macacos
O darwinismo também foi a teoria responsável por alegar que os humanos são descendentes diretos dos macacos. Darwin sustentou esse argumento em 1859, com a publicação do livro “A origem das espécies”, o qual foi um sucesso em vendas, esgotando 1.250 exemplares em um único dia.
Em resumo, o livro fundamenta que todos os seres vivos se adaptaram ao longo do tempo, criando modificações tão drásticas que desembocaram em novas espécies. Assim, no caso dos seres humanos, o mesmo teria acontecido, sendo a origem proveniente de macacos primitivos.
O que é o darwinismo social? Resumo
O darwinismo social é uma tentativa de adaptação da teoria evolucionista, para explicar a evolução da sociedade. Essa linha ideológica foi criada na virada do século XIX para o século XX e sustenta que o desenvolvimento humano também estaria baseado numa hierarquia dos povos, sendo uns mais capazes do que outros.
Portanto, o darwinismo social defende que as nações europeias são mais desenvolvidas e superiores do que as africanas, ou que o povo europeu seria mais capacitado, enquanto os de países menos desenvolvidos cientificamente são compostos de “seres primitivos”.
Alguns movimentos, como o nazismo e o fascismo italiano, utilizaram de aspectos do darwinismo social para justificar uma ideologia fascista. Os nazistas alemães, por exemplo, chegaram a desenvolver estudos científicos para comprovar que os negros eram fisiologicamente inferiores ao povo ariano, entretanto, nenhuma diferença foi constatada.
A teoria do darwinismo social é cientificamente invalidada, uma vez que descarta vários fatores não biológicos no desenvolvimento dos povos, como a exploração de uns em relação a outros ou a falta de recursos tecnológicos.
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Neodarwinismo
O neodarwinismo é uma adaptação da teoria evolucionista. O conceito fundamenta, a partir de estudos biológicos, que cada indivíduo tem uma combinação genética composta de fenótipos. Esses fenótipos, no entanto, ficam adormecidos no corpo e só manifestam-se quando estão em um ambiente propício.
Um exemplo usado para comprovar essa teoria é a das bactérias resistentes a antibióticos. Sabe-se que, ao usar antibióticos inadequadamente, eliminam-se as bactérias sensíveis e permanecem aquelas resistentes ao remédio. Assim, essa população de bactérias desenvolve a resistência aos químicos e fica cada vez mais forte, ao longo do tempo.