O hermafroditismo já é representado na história do mundo há muito tempo – vide que seu nome vem do deus grego Hermafrodito, representado por ambos os sexos. Essa mutação, sem causa aparente, pode acontecer tanto em animais, quanto em humanos.
A anomalia causa um distúrbio de formação e de aparências nas gônadas sexuais do indivíduo, que apresenta, ao mesmo tempo, testículo e ovário, dependendo do caso. Quer saber mais? Leia, aqui no Gestão Educacional, informações completas sobre o assunto.
Quais são as causas?
Não se sabe bem ao certo quais são as principais causas dessa mutação, porém a ideia mais aceita é a de que aconteceram algumas alterações genéticas no desenvolvimento do bebê.
Há casos em que o feto é exposto a muito hormônio masculino durante a gestação, que pode acontecer por tumores ovarianos e deficiência de uma enzima chamada de aromatase. Assim, a criança acaba nascendo com os cromossomos femininos e com ovários, porém a genitália visível será masculina.
Outros casos também possuem os cromossomos masculinos, porém a genitália externa não tem formação completa, podendo ser não identificada ou feminina. As causas desse tipo de hermafroditismo podem ser a síndrome de insensibilidade do andrógeno, em que os todos hormônios funcionam bem, menos os receptores de hormônios masculinos.
Outra especulação também é a provocada pela má formação dos testículos, deficiência e dificuldade na receptação de testosterona pelo organismo.
Tipos de Hermafroditismo
No ser humano, existem três tipos de hermafroditismo, que são:
- Hermafroditismo verdadeiro: a criança nasce com os dois órgãos sexuais bem definidos, tanto interno quanto externo. A maioria dos afetados são do sexo feminino – cromossomo XX;
- Pseudo-hermafroditismo masculino: a criança nasce do sexo masculino – cromossomo XY -, porém os órgão sexuais externos não se desenvolveram por completo;
- Pseudo-hermafroditismo feminino: a criança nasce do sexo feminino – cromossomos XX -, porém há o desenvolvimento, em excesso, do clitóris, como um micro pênis.
Como é a identificado?
Muitas vezes, é possível perceber o hermafroditismo durante o nascimento do bebê, também sendo comum a descoberta somente na adolescência, por meio de exames laboratoriais. É comum que exista a presença de menstruação em homens, ou estrutura peniana em mulheres. Nesses casos, é necessário ir ao médico, o quanto antes.
Tratamento e cirurgia
O tratamento do hermafroditismo pode ser feito por meio da reposição hormonal. Nesse caso, são utilizados estrógeno, para desenvolvimento de características femininas, e testosterona, para características masculinas.
Porém, a cirurgia de definição de sexo também é bem comum. Ela pode ser feita quando a criança nasce de acordo com o sexo de nascimento, mas, quando em fase adulta, a decisão do sexo fica a par da pessoa. Obviamente, é necessário um acompanhamento médico, durante o processo de definição de sexo.
Hermafroditismo em animais e plantas
Existem animais e plantas que possuem o hermafroditismo como uma forma de autofecundação, por exemplo, as minhocas. Isso acontece porque elas têm a capacidade de produzir tanto gametas femininos quanto masculinos.
Existem, ainda, os chamados de suficiente, que são capazes de realizar a autofecundação de forma individual – como acontece com a tênia – e os insuficientes, em que ocorre a fecundação cruzada, pela troca de gametas masculino – mesmo que ambos possuam os dois tipos de células de reprodução. Isso acontece comumente com minhocas.
As plantas angiospermas são hermafroditas, tendo os dois sexos. Elas fazem a autofecundação, sendo chamadas de autógamas, enquanto que as plantas que fazem a polinização cruzada são chamadas de alógamas.