Entenda o que são fatores limitantes
Predatismo
O predatismo ocorre quando uma determinada espécie (predadora) mata outra para se alimentar (presa). Isso é muito comum na natureza, mas tal ação pode causar um desequilíbrio no ecossistema.
Exemplo: Um guepardo capturará os antílopes menos velozes. Da mesma forma, os guepardos que não forem suficientemente velozes terão mais chance de morrer de fome.
Tal “escolha” se dá por seleção natural e, caso haja um excesso de guepardos que não conseguiram capturar suas presas, eles morreram e isso afetará diretamente o crescimento populacional da sua espécie, já que haverá um aumento de guepardos mortos, o que pode levar a um desequilíbrio do ecossistema.
Parasitismo
O parasitismo, por sua vez, é quando uma espécie (parasita) se instala em outra espécie (hospedeira) para se alimentar, ou seja, para de alguma maneira adquirir vantagens. Mesmo não causando a morte do hospedeiro, o parasita enfraquece diversas funções orgânicas.
Os parasitas podem ser encontrados em diferentes organismos e pode instalar-se tanto na parte externa (ectoparasita) quando na interna do hospedeiro (endoparasita). Não permitir que o hospedeiro morra é fundamental para o predador, já que ele precisa do hospedeiro para se alimentar e se manter vivo.
Predatismo x Parasitismo
Como o predatismo e o parasitismo afetam o ecossistema?
Controle biológico
Utilizar organismos vivos como parasitas e predadores é uma maneira eficaz de controlar a infestação de pragas e com isso diminui o uso de pesticidas químicos. Por isso, o uso de predatismo e parasitas é considerado um importante método de controle biológico, já que estes organismos controlam as pragas naturalmente.
Como se sabe, os parasitas são seres que sobrevivem às custas de outros organismos, os hospedeiros. Uma vez que são introduzidos em um ambiente infestado por pragas, eles atuam no controle biológico, já que vão se alimentar e tirar recursos para garantir sua sobrevivência através dos hospedeiros, neste caso, as pragas.
No caso do predatismo, ao introduzir organismos predadores em uma região afetada por pragas (insetos, por exemplo), eles iram se alimentar das pragas presentes no local onde estão inseridos.
Embora estas estratégias sejam assertivas, já que preservam o meio ambiente e a saúde humana, é importante dizer que existem alguns riscos. Quando um organismo é introduzido em um habitat ao qual ele não pertence, ele assume a posição de invasor e isso pode trazer mais danos para o ecossistema do que benefícios.
Outras formas de regulação populacional
O controle biológico não é o único método de fazer a regulação populacional em um ecossistema. Existem outros meios como competição intraespecífica, por exemplo. Quando indivíduos da mesma espécie competem por recursos (água, alimento, etc.), a probabilidade é que os indivíduos mais aptos sobrevivam.
E se, por acaso, os recursos ficarem escassos em um habitat, essa competição aumenta e provavelmente a espécie terá seu número reduzido naquele ambiente. Neste caso, pode-se dizer que a relação intraespecífica atuou como controle biológico.
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Referência
LINHARES, Sergio; GEWANDSZNAJDER, Fernando; PACCA, Helena. Biologia Hoje 3. 3. Ed. São Paulo: Ática, 2016