O Modernismo foi um movimento artístico e literário que se desenvolveu na primeira metade do século XX.
No Brasil, a “data de início” mais aceita é a de fevereiro de 1922, com a famosa “Semana de Arte Moderna“, embora especialistas defendam que o modernismo já se prefigurava no Brasil e no mundo bem antes desta data. Ao todo, ela teve no país três fases, ou “gerações”.
Resumidamente, o modernismo defendia a experimentação artística e literária, rompendo com o conceito e com as técnicas tradicionais da arte europeia, valorizando o cotidiano, a liberdade estética do artista, a busca por uma expressão artística nacional e inovadora, a valorização da língua portuguesa, do folclore e das raízes da cultura local.
Do modernismo, desmembraram-se diversos movimentos artísticos, as chamadas “vanguardas”, como cubismo, dadaísmo, futurismo, expressionismo e surrealismo.
No Brasil, além da Semana de Arte Moderna de 22, realizado ao longo de três noites de gala no Teatro Municipal de São Paulo e contando com nomes como Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Villa Lobos, Graça Aranha, Paulo Prado e Menotti del Picchia, outro marco do Modernismo Brasileiro foi a publicação do Manifesto Pau-Brasil (1924) e do Manifesto Antropófago (1928), ambos de Oswald de Andrade: o primeiro parodia e ao mesmo tempo critica a história do Brasil, apresentando conceitos e noções que viriam ser usadas na poesia de diversos poetas modernistas; já o segundo, com um viés mais político, apresenta uma série questões e conquistas do movimento modernista, e defende principalmente a ideia de assimilar e deglutir determinadas técnicas e características da cultura, principalmente da Europa, a fim de se alcançar uma independência cultural e se produzisse uma arte realmente brasileira.