Formação da Urina – Filtração Glomerular, Secreção Tubular e Reabsorção Tubular

O processo de formação da urina ocorre nos néfrons, unidades funcionais encontradas nos rins. A seguir, você entenderá melhor, em detalhes, como esse processo de formação ocorre.

Entenda o Sistema urinário

Formação da Urina - Filtração Glomerular, Secreção Tubular e Reabsorção Tubular (Imagem: FreePik.com)
Formação da Urina – Filtração Glomerular, Secreção Tubular e Reabsorção Tubular (Imagem: FreePik.com)

O sistema urinário é um grupo de órgãos que removem resíduos do corpo. Os seres humanos têm um sistema urinário composto pelos rins, ureteres, bexiga e uretra. Um exemplo de substância eliminada na urina (excreta) é a ureia. No entanto, são nos rins, especificamente nos néfrons, que a urina é formada.

Anatomia e fisiologia dos rins

Os rins são os principais órgãos excretores do corpo humano. Eles possuem formato parecido com um feijão, sendo formados pelos néfrons.

Além de serem responsáveis pela formação da urina, eles também controlam a quantidade de água e sais presentes no corpo, permitindo que as substâncias fiquem equilibradas no organismo. Este processo é chamado de osmorregulação.

Os néfrons e sua importância para formação da urina

Os néfrons são unidades funcionais renais que se formam nos corpúsculos renais, que medem em torno de 30 a 55 mm. Existe aproximadamente um milhão de néfrons em cada rim. Cada néfron consiste no corpúsculo renal e um tubo hermeticamente selado que filtra os tubos de urina.

O néfron se divide em duas partes: o corpúsculo renal (a extremidade dilatada do túbulo renal) e o túbulo néfrico, que se divide em: o túbulo contorcido proximal, a alça néfrica e o túbulo contorcido distal. Esses túbulos lançam a urina na pelve renal.

Nos néfrons acontecem 3 processos que formam a urina, sendo eles: filtração, reabsorção e secreção. A seguir, você vai entender melhor, em detalhes, como esse processo de formação ocorre.

Filtração Glomerular

Os néfrons coletam os resíduos urinários e, durante a filtração, devido à pressão do sangue, a água, os sais, moléculas orgânicas simples e a ureia são expulsas do glomérulo para a capsula.

Os elementos figurados do sangue e as grandes proteínas do plasma não passam para a cápsula. Nessa etapa, o líquido formado é chamado de filtrado glomerular.

Reabsorção Tubular

O filtrado glomerular é reabsorvido mais uma vez e as substâncias filtradas retornam para o sangue. Essa nova reabsorção ocorre ao longo do túbulo.

As células reabsorvem as substâncias úteis ao organismo, como boa parte da glicose, parte dos sais e os aminoácidos. O sangue fica mais concentrado e, quando recebe essas substâncias de volta, 85% da água é reabsorvida.

Na alça néfrica, são reabsorvidos os sais e é no túbulo contorcido distal (parte final do túbulo distal) que acontece a reabsorção ativa dos sais.

Secreção Tubular

Após essas duas etapas, a secreção tubular entra em ação. Ao sair do ducto coletor, a urina é formada por cerca de 95% de água, 2% de ureia, 1% de cloreto de sódio e 2% de outros sais e produtos nitrogenados, como ácido úrico, amônia e creatinina.

A bexiga aumenta conforme o acúmulo de urina e, quando esse volume chega a 300 mililitros, a bexiga é contraída por ação dos nervos, ocasionando o relaxamento do esfíncter interno, na uretra. Caso o esfíncter externo relaxe, há a eliminação da urina.

Distúrbios renais

Um dos distúrbios renais mais comum é a litíase urinária ou cálculo renal, a famosa “pedras nos rins”. Estes cálculos surgem quando há uma quantidade maior de cálcio e sais na urina devido alguma doença, por exemplo.

Quando os cálculos são pequenos, eles são eliminados na urina. Entretanto, caso os cálculos sejam maiores, é preciso removê-los mediante procedimento cirúrgico. Os cálculos maiores, além de causarem a obstrução da urina, ferem o sistema urinário.

Além das pedras nos rins, existem alguns microorganismos que podem atacar o sistema urinário e causar infecções na uretra (a uretrite) ou na bexiga (a cistite), por exemplo.

O exame de urina é essencial para detectar a presença de microorganismos e outras doenças no corpo. Como a diabete que pode ser identificada pela presença de glicose na urina.

No entanto, quando as funções renais estão muito prejudicadas, a hemodiálise é fundamental. Este procedimento consiste na transferência de substâncias entre o sangue e o líquido da diálise. Em alguns casos, só a hemodiálise não é suficiente e é necessário um transplante de rim.

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Referência

LINHARES, Sergio; GEWANDSZNAJDER, Fernando; PACCA, Helena. Biologia Hoje 2. 3. Ed. São Paulo: Ática, 2016

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