As vogais são um dos sons linguísticos da nossa língua. Como já explicamos aqui, ela é o fonema que acontece nas nossas cordas vocais, ou seja, é um tom, um som musical.
As vogais são também subdivididas em classificações nos estudos da fonética, ou seja, estudadas a partir de certas características que as agrupam. São esses quatro critérios que as dividem:
Articulação
Já discutimos aqui que a vogais se caracterizam por serem sons que passam livremente pela boca, mas isso não significa que a articulação da boca seja irrelevante para sua diferenciação. Aqui, a posição da língua dentro da boca é que vai diferenciar as vogais.
Quando elevamos a língua na parte de trás da boca, aproximando-a do palato duro, produzimos as vogais anteriores ou palatais: [ɛ], [e], [i], como em dé, dê e di, por exemplo.
Quando elevamos a língua na parte da frente da boca durante a pronuncia de uma vogal, aproximando-a do véu palatino, produzimos vogais posteriores ou velares: [ɔ], [o], [u], como em pós, pôs e pus, por exemplo.
Já quando deixamos a língua baixa dentro da boca, não a elevando a lugar algum, as vogais são denominadas médias ou centrais: [a], como em fa, por exemplo.
Timbre
Quando separadas por timbre, isto é, pela acústica que resulta da articulação, as vogais podem ser divididas entre:
Abertas e semiabertas, quando há menor elevação da língua, como em [a] (aberta) e [ɛ] (semiaberta).
Semifechadas e fechadas, quando há maior elevação da língua, como em [o] (semifechada) e [i] (fechada).
Intensidade e Acento
Quanto à intensidade ou acento, é possível separar as vogais entre tônicas e átonas. Isso ocorre pois se diferenciam as vogais entre sua força expiratória, ou seja, em relação a intensidade da vibração das cordas vocais.
As vogais com maior intensidade são chamadas de tônicas, e as com menor intensidade, átonas.
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Referências
CUNHA, C; CINTRA, L. Nova gramática do português contemporâneo. 7. Ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2017.
BECHARA, E. Moderna Gramática Portuguesa. 37 edição. Rio de Janeiro: Editora Nova fronteira, 2009.