Praga de Atenas: conheça a epidemia que devastou a Grécia Antiga por anos

A Praga de Atenas foi uma epidemia que ocorreu durante a Guerra do Peloponeso. A dizimação da população grega em Atenas durou de 430 a.C. a 426 a.C., e depois desapareceu tão misteriosamente quanto havia aparecido. A doença não estava limitada por idade, gênero ou classe de pessoas.

Origem da Praga de Atenas

Praga de Atenas conheça a epidemia que devastou a Grécia Antiga por anos (Imagem: Constantinos Kollias/Unsplash)
Praga de Atenas conheça a epidemia que devastou a Grécia Antiga por anos (Imagem: Constantinos Kollias/Unsplash)

Os historiadores acreditam que esta praga pode ter tido origem no Egito ou na própria Grécia durante uma fome em 428 AC, o que forçou um grande número de pessoas a procurar comida e abrigo em condições precárias dentro das muralhas da cidade e em campos de refugiados na costa.

A doença é conhecida como a “praga dos ateus” porque acredita-se que ela começou no Pireu, um centro religioso para marinheiros e comerciantes. No entanto, não está claro onde ou como esta praga começou, mas existem várias teorias sobre sua origem.

Alguns estudiosos acreditam que ela pode ter sido propagada por ratos transportando pulgas com sangue infectado da África. Enquanto outros pensam que ela veio do Egito através de navios egípcios ancorando no porto do Pireu em 430 a.C. (Antes da Era Comum).

Independentemente de sua origem, em 430 a.C., esta doença devastou a população de Atenas e muitas outras cidades gregas, cidades portuárias e áreas rurais. Como descrito por Tucídides (historiador da Grécia Antiga): “Algumas vítimas mostraram sintomas típicos, tais como fadiga muscular causada pela febre no início, mas rapidamente desenvolveram diarreia sanguinolenta causando choque de desidratação grave”.

Algumas pessoas que foram infectadas não mostraram sintomas inicialmente, mas morreram dias mais tarde devido a um sangramento interno. Não está claro onde ou como começou esta praga. Suas origens permanecem desconhecidas.

Tucídides também observou que os indivíduos que sobreviviam à Praga de Atenas posteriormente não se contaminavam novamente. Esta observação foi fundamental para base de vacinação futura.

Duração da peste

A Praga de Atenas durou cerca de 3 anos, afetando apenas 4% de sua população antes de acabar em meados da primavera de 429 a.C. (Hansen). Já primavera de 427 a.C. (primeira aparição da peste) deixou 20% de mortos naquele momento (Wormald).

O segundo surto começou no final do verão/princípio do outono de 428 AC (Hansen), mas foi mais intenso que seu período antecessor: tirando 10% das vidas atenienses até o inverno 428/427 AC (Hansen). Depois disso, a doença desapareceu tão misteriosamente quanto havia aparecido. A dizimação da população grega em Atenas durou de 430 a.C. a 426 a.C.

Sintomas

A doença também não parecia contagiosa. As pessoas podiam ficar doentes sem ter sido expostas a qualquer outra pessoa que já tivesse contraído a doença (embora possam ter entrado em contato, sem saberem, com alguém que a tivesse contraído). E finalmente – apesar de ser chamada de “peste” – a doença não era limitada a nenhuma cidade ou região.

Muitos lugares em toda a Grécia foram afetados por este surto específico em um momento ou outro durante seu curso ao longo de centenas de anos entre 426-430 a.C.

É importante entender os sintomas da peste, assim como o tempo que leva para que eles apareçam. Febre, fadiga e dores musculares a princípio são sintomas comuns da peste de Atenas, mas também podem ser causadas por outras doenças.

Uma pessoa com peste desenvolve linfonodos inchados na virilha ou axila; algumas pessoas desenvolvem inchaços adicionais no pescoço, axilas e em outros lugares do corpo. Quando a pele ao redor desses inchaços fica descolorida, ela fica roxa escura ou marrom escura.

À medida que as vítimas ficam mais doentes, tem febre alta e sentem calafrios com tremores que podem durar minutos ou horas de cada vez. Podem sentir-se fracas com exaustão e ter dores de cabeça ou náuseas junto com glândulas inchadas em todo o corpo.

A doença se espalha por meio do contato direto com animais infectados e pulgas através de picadas de ratos ou arranhões de picadas de pulgas enquanto manipulam animais infectados como ratos ou gatos.

Este contato direto pode ocorrer quando ainda não há sinal visível em um animal, como quando ele morre antes de aparecer qualquer sinal externo devido à desidratação causada por sangramento interno, devido a septicemia (envenenamento do sangue).

Com informações de Wikipedia.

Deixe um comentário