O tenentismo foi um movimento politíco-militar ocorrido no Brasil nas décadas de 1920 e 1930, liderado por oficiais do Exército (tenentes) que criticavam a política oligárquica e exigiam reformas políticas, sociais e econômicas.
Portanto, buscavam a modernização do país e o fim da corrupção e das injustiças sociais. O movimento tenentista culminou com a Revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas ao poder e marcou o fim da República Velha.
O que foi o Tenentismo?
Foi um movimento feito por jovens tenentes e capitães militares insatisfeitos com o sistema político brasileiro e o domínio das oligarquias.
Além da reivindicação de condições melhores, o movimento existiu também como uma forma dos militares mostrarem força.
Isso porque ele ganhou ainda mais destaque após o Presidente eleito Artur Bernades ter determinado para o Presidente em exercício Epitácio Pessoa para fechar o Clube Militar e prender Hermes da Fonseca, que havia se rebelado contra Artur Bernades após o resultado das eleições.
Isso esquentou ainda mais o clima e fez com que uma série de revoltas estourasse entre 1922 e 1927, como a Revolta do Forte de Copacabana, a Revolta Paulista e a Comuna de Manaus.
Foi neste momento também que surge a Coluna-Prestes, liderada pelos oficiais Miguel Costa e Luís Carlos Prestes, que marcharam pelo interior do Brasil, andando mais de dois anos e percorrendo 25 mil quilômetros do país, passando por 12 estados
Porém, sem um plano de ação bem estruturado, o movimento acabou recuando antes de chegar ao poder, mas plantou uma semente para 1930.
Objetivos do Tenentismo
O tenentismo tinha como objetivos principais a modernização do país e a luta contra a corrupção e as injustiças sociais.
Defendiam reformas políticas, sociais e econômicas, como o voto secreto e obrigatório, a representação proporcional, a reforma agrária, a melhoria das condições de trabalho e a criação de uma legislação trabalhista.
Eles também criticavam o domínio político das oligarquias e defendiam a participação popular na vida política do país. Além disso, os tenentes se opunham à intervenção de empresas estrangeiras na economia brasileira e à submissão do país aos interesses das potências estrangeiras.
Líderes do Tenentismo
Alguns dos líderes mais conhecidos do tenentismo no Brasil foram Luís Carlos Prestes, Juarez Távora, Eduardo Gomes, Siqueira Campos e Plínio Salgado. Esses líderes, entre outros oficiais do Exército, organizaram movimentos e revoltas em diferentes partes do país, com o objetivo de pressionar o governo a implementar reformas políticas e sociais.