Células, tecidos, órgãos, sistemas, organismos. Essa ordem ou esse processo de desenvolvimento de um indivíduo é, até hoje, alvo de estudos da Ciência, afinal o zigoto – famoso portador do material genético proveniente do espermatozoide e do óvulo – divide-se inúmeras vezes por mitose, para gerar o corpo humano.
Durante o desenvolvimento embrionário, as células responsáveis pela formação do corpo do indivíduo terão o mesmo material genético que o zigoto possuía. Mas, algumas dessas células passarão por processo de diferenciação celular. É isso que você vai entender agora.
Saiba o que é embriologia, como ela funciona e quais são as etapas para a formação do indivíduo!
O que é embriologia?
Embriologia é o nome dado à ciência que estuda o processo de desenvolvimento dos indivíduos, a partir do zigoto, até o nascimento. Ao longo do crescimento embrionário, certos genes são ativados, enquanto outros são desativados. É quando acontece aquele processo de diferenciação celular, que foi comentado no início: são tipos de células com formatos e funções diferentes, que a partir daí se organizarão em tecidos e formarão os órgãos.
A embriologia é aquela ciência capaz de estudar todas as fases do desenvolvimento embrionário – desde a fecundação, até a formação completa dos órgãos de um novo ser vivo.
Hoje em dia, a embriologia está intimamente relacionada com outras áreas de conhecimento, tais como a citologia, a genética, a zoologia e a histologia.
Cabe destacar que a embriologia pode ter certas especializações, divididas da seguinte maneira:
- Embriologia humana: é a embriologia que se dedica ao estudo do desenvolvimento de embriões humanos, além do conhecimento voltado às malformações e doenças congênitas;
- Embriologia comparada: área que estuda o desenvolvimento embrionário de várias espécies animais, de modo a fazer comparações – o que mostra grande importância para os processos evolutivos;
- Embriologia vegetal: tipo de embriologia que estuda os estágios de crescimento das plantas, isto é, de formação e desenvolvimento.
Aqui, o foco será todo na embriologia humana, afinal, é nela que nós, pessoas, nos encaixamos.
Como funciona a Embriologia?
A Embriologia, mais especificamente a Humana, é uma ciência que, atualmente, pode ser separada em dois momentos, em relação ao desenvolvimento humano:
- Pré-natal: com seu início na fecundação, passando pelo desenvolvimento embrionário e período fetal, até que acontece o nascimento;
- Pós-natal: com seu início após o nascimento, ainda pode ser dividido em primeira infância, infância, puberdade, adolescência e fase adulta.
Independentemente dos dois períodos citados, cada um deles conta com mudanças e peculiaridades interessantes. Por isso, o estudo da Embriologia torna-se mais facilitado para os estudantes, pois se perceberá que tudo está interligado.
A Embriologia é um assunto complexo que abrange todo o desenvolvimento de um indivíduo, principalmente nas primeiras semanas, que, embora pareçam ser mudanças pequenas, são de extrema importância para o perfeito crescimento embrionário.
Há grandes variações voltadas ao desenvolvimento dos embriões, afinal, animais invertebrados e vertebrados possuem muitos aspectos diferentes, além de níveis evolutivos distintos, não é mesmo? De todo modo, podemos perceber que a Biologia envolve o desenvolvimento por características claras:
- Multiplicação de células, que se dá por mitoses consecutivas;
- Crescimento que acontece pelo aumento do número de célula e pelas modificações volumétricas em cada uma dessas células;
- Diferenciação ou especialização celular, que modificam tamanho e forma de certas células para que elas formem os órgãos e que tenham a capacidade de cumprir suas funções biológicas.
A partir disso, você está pronto para entender quais são as etapas de desenvolvimento de um novo indivíduo.
Quais são as etapas da Embriologia?
São três as fases do desenvolvimento embrionário na espécie humana: segmentação (ou clivagem), gastrulação e organogênese. Veja mais detalhes de cada uma dessas etapas, abaixo.
Segmentação ou clivagem
Durante essa fase, as divisões por mitose são rápidas e há a geração de células chamadas de blastômeros. Mesmo com tamanha velocidade de divisão, o embrião não apresenta um aumento de tamanho, mas sim somente de quantidade de células.
Dentro da segmentação, existem duas fases. A primeira é a mórula – um maciço celular, que se origina entre alguns dias (geralmente, entre o terceiro e o quarto dia) após a fecundação. Já a segunda fase é a blástula – na qual as células se delimitam em uma cavidade interna, conhecida como blastocele, que possui um líquido produzido por essas células.
É interessante saber que as células embrionárias, até a fase de blástula, são chamadas de células-tronco. Por isso, podem gerar todos os variados tipos de células do corpo humano.
Gastrulação
A fase da gastrulação é justamente quando o embrião começa a aumentar de tamanho e a formar o intestino primitivo (ou arquêntero), ocorrendo a diferenciação dos folhetos germinativos ou embrionários.
Esses folhetos serão os responsáveis por originar os diferentes tecidos do corpo, que se dividem em ectoderme, endoderme e mesoderme.
Quando se finaliza a fase de gastrulação, o embrião é denominado gástrula.
Organogênese
É a última fase do desenvolvimento embrionário, quando há a diferenciação dos órgãos e tecidos. Essa etapa tem como início a neurulação, nome que faz referência à formação do tubo neural, que trará distinção do sistema nervoso central.
Durante o estágio da neurulação, o embrião terá o nome de nêurula.
Como é a última fase, a organogênese dura até a oitava semana de gestação. A partir daí, o indivíduo que está em formação começa a ser chamado de feto.