Em 30 de Dezembro de 1922 nascia a União Soviética, um conjunto de repúblicas, parte da Europa Oriental e um terço do norte da Ásia. Essa organização foi considerada o segundo maior país e potência mundial, no entanto, após diversos movimentos de independência dessas repúblicas, na década de 90, a União Soviética foi dissolvida.
Todos os países juntos continham cerca de 288,6 milhões de pessoas, em uma área de 22 milhões de quilômetros quadrados. A bandeira da União Soviética era de cor vermelha com os símbolos da foice e do martelo em amarelo cruzados, que ficavam bem no canto esquerdo, representando os trabalhadores da indústria e do campo.
Países que fizeram parte da União Soviética
Nos últimos anos que a União Soviética era formada por cerca de 15 repúblicas socialistas, foram contabilizados:
- Rússia;
- Estônia;
- Lituânia;
- Ucrânia;
- Geórgia;
- Letônia;
- Armênia;
- Azerbaijão;
- Cazaquistão (hoje se chama Quirguistão);
- Moldávia (hoje Moldova);
- Belarus (que na época se chamava Bielorússia);
- Uzbequistão;
- Turcomenistão;
- Tajiquistão;
- Lituânia.
[CONFIRA TAMBÉM: PAÍSES DA EUROPA]
A capital da União Soviética era Moscou, que ainda permanece como a capital da Rússia. Na época, o idioma russo era tido como idioma oficial de todas as repúblicas, todavia, mais de 200 outras línguas e dialetos eram usados para comunicação.
Atualmente, cada república adotou um idioma oficial: estima-se que o eslavo é uma das línguas faladas por cerca de 75% dos habitantes desses países. Essas repúblicas juntas foram uma clara representação de cerca de 100 etnias da Europa e da Ásia
Fatos históricos que tiveram influencia dessa união
A União Soviética começou com um conselho que reunia operários de industrias e camponeses, sendo que, no começo, apenas 4 Repúblicas faziam parte (Rússia, Ucrânia, Bielo-Rússia e Transcaucásia).
Essas foram uma consequência do colapso do Império Russo e da Revolução de 1917.
A União Soviética foi uma alternativa para concentrar os esforços de reconstrução após a Primeira Guerra Mundial, que ocorreu entre 1914 e 1918.
De 1918 até 1921, houve a Revolução Russa, uma guerra civil que afetou a produção industrial do país em 18% e a agrícola em 30%. Mais de 9 milhões de pessoas, entre soldados e civis, morreram nesse conflito [Já falamos, aqui no Gestão Educacional, sobre o que foi a Revolução Russa. Confira!].
Oficialmente, a União Soviética nasceu em 30 de dezembro de 1921, tendo sua gestão sido marcada por práticas capitalistas e socialistas. Todavia, depois de 1928, com a morte do então líder Lênin, o regime passou a ser puramente socialista, coordenado pelo Partido Comunista da União Soviética e comandando por Stalin.
União Soviética governada por Stalin
A União Soviética era centralizada, tendo sua base política formada por conselhos soviéticos, que, segundo a história, não eram os eleitores que escolhiam. Na realidade, todas as decisões eram tomadas por um grupo muito pequeno, que fazia parte do Conselho Supremo.
No governo de Stalin, toda a produção da União Soviética era controlada por planos quinzenais, tendo o estabelecimento de metas para as diversas de produção.
O objetivo do líder era tornar o país a maior potência industrial. Em 1930, Stalin criou uma lei na qual iria deportar ou executar os opositores, entretanto, em 1939, com as tropas nazistas, ele retirou essa política, porque estava com receio de que Hitler pudesse invadir a União Soviética.
No ano de 1942, o exército alemão invadiu a União Soviética, e Stalin reuniu cerca e 25 países para lutar. Em 1943, as tropas de Hitler foram derrotadas pelos russos, na batalha de Stalingrado.
Depois do governo Stalin
A centralização implantada por Stalin não deu muito certo, com o passar dos anos. Como consequência, o modelo de gestão começou a se degradar e o então líder ficou famigerado por abuso de poder.
Em 1955, Stalin falece e seu sucessor, Nikita, faz uma reforma que tinha como meta buscar a abertura com outros países, passando a denunciar as prisões arbitrárias e assassinatos que Stalin comandou, para eliminar os opositores.
Como resultado, a União Soviética iniciou a sua derrocada, mas as coisas foram piorando, especialmente em 1980, quando Mikhail assume o poder.
Queda do Muro de Berlim
Com as diversas mudanças na União Soviética, na década de 80, começaram as infinitas pressões contra o muro, especialmente em 1989, quando o governo se sentiu pressionado para liberar viagens dos alemães orientais.
Em novembro de mesmo ano, houve a queda do muro, com a participação da população, que fez questão de marcar essa época como símbolo de queda do governo socialista europeu e também da Guerra Fria [Já falamos, aqui no Gestão Educacional, sobre a Queda do Muro de Berlim].
O Fim da União Soviética
Pode-se dizer que até a década de 70, a União Soviética fez história, pelo seu exemplar desenvolvimento econômico, no entanto, a partir dos anos 80, começou a decadência política do governo.
Quando Mikhail assumiu, em 1985, ele quis fazer diferente, reduzindo a censura e retirando as tropas do Afeganistão. A sua liderança conferiu uma política mais livre.
No ano de 1991, conservadores e reformistas começaram uma forte tensão política, foi então que Mikhail deu autonomia para as Repúblicas da União Soviética de modo a evitar mais uma Guerra Civil.
Em setembro de 1991, o parlamento votou no desmantelamento da União Soviética. Depois disso, houve a criação do CEI (Comunidade dos Estados Independentes): antes mesmo de ter a posição legal definida, as repúblicas começaram a agir por si mesmas, fazendo suas próprias negociações com outras.
Já no mês de dezembro, a Rússia declara sua independência e cancela o documento de criação da União Soviética. No dia 25 de dezembro, Mikhail renunciou oficialmente o seu mandato.