A linguagem coloquial é uma das principais formas de comunicação, tanto que é utilizada, majoritariamente, no dia a dia. Mas, você sabe o que ela é? A seguir, damos essa informação e outras relevantes acerca do tema. Não deixe de conferir e aprender!
O que é linguagem coloquial?
A linguagem coloquial é aquela utilizada em situações casuais, tanto que também é chamada de informal ou popular.
Trata-se de um tipo de comunicação que é mercado pelas seguintes características:
- Desobrigação de cumprimento de normas e regras gramaticais, porque o mais importante é a mensagem em si e não a forma;
- Traços de oralidade, descontração e espontaneidade, facilitando a comunicação imediata com o interlocutor;
- Uso de ditados populares, gírias, neologismos (criação de nova palavra), estrangeirismos e abreviações;
- Erros gramaticais, nesse caso, em comparação à linguagem normativa, tida como padrão.
Justamente por ser informal, a linguagem coloquial é utilizada em situações específicas, como numa conversa entre amigos e familiares, em redes sociais e por aplicativos de mensagens, no supermercado ou na farmácia, em ocasiões menos rígidas e com comunicação espontânea.
Qual o significado da linguagem coloquial?
Curiosamente, é o tipo de linguagem mais utilizado no dia a dia, porque boa parte das comunicações estabelecidas são espontâneas.
A coloquialidade só é deixada de lado em ambientes formais, como no trabalho, ou na escrita em meios mais rígidos no quesito linguagem.
Exemplos da linguagem coloquial na prática
A linguagem coloquial é fácil de ser identificada, apresentando traços específicos, que são bastante recorrentes. Confira, a seguir, exemplos mais comuns e com grande emprego no dia a dia:
- Uso do verbo ter no lugar de haver, existir
– Tem muita gente na rua hoje;
– Tem comida na geladeira.
- Uso de a gente no lugar de nós
– A gente passou na padaria;
– Ele falou com a gente hoje.
- Uso de abreviações
– Cê tá louco;
– Enviei o documento pra empresa.
- Uso de gírias, neologismos e palavrões
– Mano, caiu um toró;
– Tá de caô, meu irmão?
- Uso de marcações de articulação de ideias (geralmente, são palavras que demonstram uma pausa para ganho de tempo para formular melhor a mensagem que se quer passar)
– Tinha muita gente na festa e foi, tipo, muito legal.
- Uso de próclise no início de frases
– Te adoro;
– Te invejo.
- Uso de várias pessoas gramaticais na frase, sem concordância
– Você tava em casa e eu te esperando no bar;
– Ele foi pra praia sem você, não te levou.
Qual a diferença da linguagem coloquial e culta?
A linguagem coloquial se contrapõe à formal (culta), que nada mais é do que uma maneira de comunicação na qual normas gramaticais são cumpridas com rigor. Ambas coexistem no dia a dia, mas a coloquial é a mais utilizada.
É justamente esse desequilíbrio que acaba gerando um problema: há quem não consiga adequar a linguagem, ao se comunicar em situações formais, passando por alguns problemas.
Por exemplo, não se usa uma linguagem coloquial na prova de vestibular (a não ser que isso seja solicitado). Também, não é o tipo adequado para uma entrevista de emprego, muito menos no e-mail encaminhado ao diretor da empresa.
Em situações como essas, a linguagem formal é mais indicada, porque é possível mostrar que se tem conhecimento e domínio da língua, podendo fazer uso da comunicação de modo polido, quando necessário.
Uma boa dica para evitar esse problema de adequação e adaptação da linguagem é estudar mais o tema e ler bastante, o que faz com que a pessoa assimile palavras e estruturas de frases, passando a se comunicar formalmente sem complicações.
Preconceito com linguagem coloquial
Embora a linguagem coloquial seja utilizada diariamente por todo mundo, ela ainda é alvo de muito preconceito, porque é associada a pessoas com pouco estudo ou baixa renda.
Por isso, é comum encontrar alguém sendo corrigido pelo que falou ou escreveu numa conversa informal. O que poucos sabem é que a linguagem coloquial não é errada, pelo contrário, é o retrato da língua em uso e forma de comunicação de alta eficácia.
Inclusive, grandes escritores brasileiros, como João Guimarães Rosa, possuem obras que marcam a oralidade e a comunicação com linguagem coloquial, demonstrando sua importância. Um ótimo exemplo é Grande Sertão: Veredas, considerada obra-prima da literatura nacional e que apresenta grande carga de linguagem coloquial.