Rachel Queiroz (1910-2003) foi uma importante poetiza e escritora brasileira, considerada a primeira mulher a entrar para a Academia Brasileira de Letras, em 1977. Seus trabalhos envolveram uma série de obras reconhecidas, entre as quais está o livro “O Quinze”, o qual ganhou o prêmio da Fundação Graça Aranha.
A principal característica do trabalho da autora é a forma simples com que aborda temas sociais complexos – um traço que trouxe de sua vivência e infância no norte do país. Ela é filha de intelectuais, sendo que seu pai era advogado e sua mãe descendente de José de Alencar.
A carreira da escritora começou no campo do jornalismo, quando foi convidada a escrever para o Jornal do Ceará. Nesta época, ela assinava os trabalhos com o pseudônimo “Rita Queiroz”. Pouco tempo depois, iniciou a vida como militante, aliada ao Partido Comunista Brasileiro, de 1930. Pouco depois, casou-se, sendo o momento de sua vida em que mais escreveu romances.
Obras de Rachel Queiroz – As principais
A escritora e jornalista tem uma importante contribuição par a literatura nacional, tendo obras que andam de mãos dadas com a poesia nacional. A cearense é considerada, até hoje, uma das mulheres que mais atuou no campo da literatura brasileira.
Entre suas principais obras de destaque estão temas que permeiam a cultura nordestina, de forma simples e sensível. Seus principais trabalhos são:
- O Quinze(1930);
- João Miguel (1932);
- Caminhos de Pedras (1937);
- As Três Marias (1939);
- Três romances (1948);
- O Galo de Ouro (1950);
- Lampião (1953);
- A Beata Maria do Egito (1958);
- Quatro Romances (1960);
- O Menino Mágico (1969);
- Seleta (1973);
- Dora Doralina (1975);
- Memorial de Maria Moura (1992);
- Andira (1992);
- As Terras Ásperas (1993);
- Teatro (1995);
- Falso Mar, Falso Mundo (2002).
As frases de Rachel de Queiroz são muito consideradas pela literatura e servem de inspiração ainda hoje. Acredita-se que, em alguns momentos, em seus livros, ela usava do seu poder cativante da escrita para imprimir em seus personagens características dela mesma.
De acordo com amigos e familiares, ela sempre foi uma mulher muito decidida, tendo visões políticas muito bem delimitadas, coisa que se pode perceber em uma de suas imponentes frases: “Eu nunca fui uma moça bem-comportada. Pudera, nunca tive vocação pra alegria tímida, pra paixão sem orgasmos múltiplos ou pro amor mal resolvido, sem soluços. Eu quero da vida o que ela tem de cru e de belo. Não estou aqui pra que gostem de mim. Estou aqui pra aprender a gostar de cada detalhe que tenho.”
É evidente que a escritora trouxe contribuições importantes para o mundo da leitura, sendo capaz de inspirar reflexões e a sensibilidade em muitos corações por todo o mundo.