Os leucócitos são chamados de “série branca” do sangue da medula óssea. Ao hemograma, são um importante indicativo de diversas patologias, neoplasias e sugerem infecções específicas.
Basicamente, são células do sistema imune, que desempenham papel de proteção, agindo de diversas formas contra os microorganismos: por meio da destruição efetiva, liberação de fatores que inviabilizam o meio de sobrevivência e do desenvolvimento da imunidade específica.
Mas, são muitas células envolvidas, e você as conhecerá, a seguir no Gestão Educacional!
O que são os leucócitos?
Agora que você já sabe que são células envolvidas na defesa do organismo, é preciso entender que, basicamente, elas provêm de duas linhagens:
- Célula-tronco linfoide: origina linfócitos B, T e células Natural Killer;
- Célula progenitora mieloide mista: origina os monócitos, neutrófilos, basófilos e eosinófilos.
Com isso, já se pode imaginar que são diversas as células da linhagem branca. Abaixo, você confere um pouco a respeito de cada uma:
1) Monócitos
Os monócitos são assim chamados até seu estágio na corrente sanguínea, pois, após adentrarem os tecidos e amadurecerem, passam a se chamar macrófagos. Essas são células grandes, que se destacam das demais.
2) Neutrófilos
São células da linhagem mieloide, que passam por maturação. Seu estágio anterior é chamado de neutrófilo em bastão, e, quando presente em grandes quantidades, caracterizam infecções.
3) Eosinófilos
As células eosinofílicas recebem essa nomenclatura pelo fato de se corarem com eosina, uma substância utilizada para a visualização microscópica das células.
4) Basófilos
Os basófilos são pouco encontrados no sangue, e só estão presentes quando são necessários para liberar histamina ou heparina.
5) Linfócitos
Como visto anteriormente, existem 3 tipos de linfócitos: B, T e Natural Killer. Os dois primeiros são liberados ainda imaturos da medula óssea, e terminam a sua maturação em órgãos linfoides (como timo e baço).
Qual a importância dos leucócitos?
Depois de conhecer os diversos tipos de leucócitos existentes, é válido pontuar as funções de cada um. Veja:
1) Monócitos: quando convertidos a macrófagos, são responsáveis pela fagocitose de células mortas, corpos estranhos e outros. Também, estão envolvidos no desencadeamento das respostas inflamatórias e na inibição de processos tumorais.
2) Neutrófilos: também são células que realizam a fagocitose, com o intuito de destruir microorganismos. São os primeiros a “chegar” em um trauma ou uma inflamação, e, por meio da liberação de seus fatores quimiotáticos, “convocam” outras células para que ocorra o processo;
3) Eosinófilos: são importantes no sangue periférico, e são mediadores de processos inflamatórios, causados, principalmente, por parasitas. Também, podem atuar em reações alérgicas e neoplásicas;
4) Basófilos: apesar de pouco presentes, são células produtoras de histamina e heparina, substâncias envolvidas, respectivamente, nas reações alérgicas e no processo de coagulação;
5) Linfócitos B: correspondem a 15% dos linfócitos, e possuem diversas imunoglobulinas, sendo, portanto, células receptoras de antígenos;
6) Linfócitos T: existem diversas variáveis desse tipo de linfócito, e cada uma irá atuar de uma forma. De modo geral, pode-se dizer que são células envolvidas nas respostas específicas, portanto, necessitam de processos de maturação;
7) Células NK: embora estejam presentes em baixas quantidades, já se sabe que estão envolvidas na destruição de células tumorais e infectadas por vírus.
Leucócito alto
Quando se lê um hemograma, o que pode significar uma alta contagem de leucócitos? Tecnicamente, chama-se a condição de leucocitose. Para melhor interpretação dos resultados, é preciso estar atento às células que estão elevadas.
Em geral, pode-se dizer que leucocitose é indicativo de:
- Processos fisiológicos – os leucócitos podem estar elevados em gestantes, lactantes e recém-nascidos, ou em casos de pós atividades físicas e febre;
- Presença de infecções – sejam virais, bacterianas ou parasitárias;
- Morte de tecidos;
- Inflamação de qualquer natureza;
- Doenças autoimunes.
Leucócito baixo
A diminuição do número de leucócitos também deve sempre ser um alerta. A redução dessas células caracteriza uma condição chamada de leucopenia, a qual pode decorrer de:
- Etnia, exemplo os africanos, que normalmente possuem contagem baixa de leucócitos;
- Uso de determinados medicamentos, como antibióticos, antidepressivos e anticonvulsivantes;
- Intoxicações;
- Presença de infecções bacterianas especificas (como brucelose);
- Doenças autoimunes.
Valores de referência
Os valores de referência são índices esperados de uma determinada célula, levando em conta o sexo, a idade e outros fatores. No caso dos leucócitos, os valores de referência estão disponíveis nos hemogramas, mas podem variar de laboratório para laboratório.
Para que os valores sejam fidedignos, veja, abaixo, uma tabela, retirada de um livro renomado de hematologia: