A educação 3.0 é o que autores defendem como a terceira onda da aprendizagem, na qual as características dos processos pedagógicos são alterados. O termo foi desenvolvido por Jeats e Schimdt em 2007 na tentativa de ressaltar a importância de reformar as estratégias de educação na Era Digital.
Características da Educação 3.0
A co-aprendizagem pode ocorrer em vários espaços, sejam eles formais ou não. É possível aprender os conteúdos dentro da escola, em casa, em visitas guiadas, nas universidades e vários outros ambientes que agora também fazem parte do espaço educativo.
As tecnologias de aprendizagem na Educação 3.0 são consideradas não somente rádios, televisões e materiais indicados pelos professores, mas, também, as redes sociais, as páginas educativas da web, o calendário social e os aplicativos especializados.
O estudante é um co-aprendiz e não mais um indivíduo passivo como nos métodos de educação utilizados por Paulo Freire no século passado. Na terceira onda da educação, os estudantes agem mais como parceiros na busca pelo aprendizado, utilizando-se das tecnologias disponíveis para fazer investigações e aprender de forma mais colaborativa.
O conteúdo de aprendizagem torna-se mais em forma de fluxo do que de forma impressa e não editável. Aqui, aquelas apostilas já não fazem mais sentido. Para explicar um determinado tipo de conteúdo, pode-se recorrer a vários tipos de planejamentos, como uso multimídia, revisão por partes para que o aperfeiçoamento seja contínuo e não caia mais na probabilidade de ser deixada de lado pela falta de interesse do estudante.
O cenário de aprendizagem muda completamente na web 3.0, baseado principalmente em investigação e aprendizagem. Hoje em dia, de acordo com os teóricos que defendem esta nova onda da Internet, o conteúdo precisa ser inserido no contexto social que o aluno participa. Os assuntos, de alguma maneira, devem estar inclusos na realidade partilhada – o que torna o conteúdo mais fácil de ser compreendido.
Estudantes tornam-se autônomos. Alunos das gerações passadas estão acostumadas a ter o material extra-curricular como lição de casa. Na educação 2.0 isso já mudou para que se tenha um pouco de instrução e orientação, por parte dos professores (chamados de orientadores , assim como num trabalho de conclusão de curso, por exemplo). Na era 3.0, os passos de aprendizagem são trabalhos de forma mais aberta, com possibilidade de inserir recomendações, revisões e onde o aprendizado se dá no feedback a ser feito pelo professor-orientador.
Por último, o acesso do estudante à informação sobre um determinado conteúdo muda a partir do momento que acontece a virada digital. Com uma simples pesquisa, conseguem descobrir as coisas básicas de um determinado assunto abordado em sala de aula. Por conta disso, o material utilizado já não é mais limitado ou restrito aos livros recomendados e autorizados como base de pesquisa pelo professor. Com as plataformas mobile, o acesso ao conteúdo educacional é ilimitado para os indivíduos, podendo ser acessado de qualquer ambiente público ou privado, vindo de diferentes fontes.
Confira na tabela 1.0 deste artigo que discute as características de co-aprendizagem da web 3.0
Como Funciona
Para que a educação 3.0 seja colocada dentro das escolas, os desenvolvedores do estudo Challenges 2013 defendem uma gradativa adaptação para as características, coisa que precisa ser feita de modo coletivo entre todo o setor educacional (professores, colaboradores, coordenadores, pais e alunos). Muitas vezes, ela também vai ter como necessidade a criação de mudanças estruturais e organizacionais dentro dos ambientes de aprendizagem formal ou informal. Veja, aqui, mais tendências da educação e aprendizagem no Brasil.