Com o verão, um fenômeno muito comum vem com ele: o suor. O suor nada mais é do que a água que ingerimos para não ficarmos desidratados nessa estação do ano, e que, após cumprir seu papel, precisa ser eliminada e auxiliar na manutenção da nossa temperatura corporal.
O cheiro desagradável que pode advir do suor, no entanto, não está relacionado exatamente à água, mas com à proliferação das bactérias que vivem no organismo por conta da umidade.
Todos os processos do metabolismo produzem substâncias que precisam ser eliminadas do organismo. E esse processo de eliminação é realizado pelo sistema excretor.
O que é o sistema excretor?
O sistema excretor é o agrupamento de órgãos que filtram o sangue e retiram substâncias indesejadas provenientes do metabolismo do nosso organismo.
Quais as funções do sistema excretor?
Esse sistema possui funções relacionadas à eliminação de substâncias:
Produção de urina
Por meio da produção de urina, compostos nitrogenados e água em excesso são eliminadas.
O sangue é filtrado numa estrutura chamada de glomérulo. Ao final dela, parte da água é reabsorvida juntamente com outras substâncias importantes, como aminoácidos, vitaminas e glicose. Depois, a urina concentrada é armazenada para posterior eliminação.
É por isso que conseguimos ir ao banheiro em intervalos. A ureia é o principal composto nitrogenado eliminado pelos seres humanos e é proveniente do metabolismo das proteínas.
Produção de suor
Este evento não está apenas relacionado ao sistema excretor, mas também à manutenção da nossa temperatura, pois somos homeotérmicos (capazes de manter a temperatura constante). Durante este processo, também são eliminados ureia, ácido úrico, cloreto de sódio (por isso o suor é salgado) e água.
Homeostase
Diversos sistemas atuam para a manutenção da homeostase no organismo, ou seja, para o equilíbrio da composição química interna para que as reações metabólicas possam ocorrer. O sistema excretor atua no nível de água e outros compostos necessários para a manutenção do equilíbrio.
Quais órgãos participam do sistema
Participam do sistema urinário os rins, a bexiga, o pênis ou a vagina (dependendo do sexo).
Os rins retiram sais, ureia, ácido úrico e outras substâncias que não estão em quantidades ideias no organismo. Além disso, quando bebemos muita água, o excesso também é eliminado por esse sistema. Estes órgãos se localizam na parte de trás da barriga, abaixo do diafragma. No centro deles há os néfrons, estrutura que coletam a urina produzida, que é então transportada pelos ureteres até a bexiga urinária, onde fica armazenada.
A bexiga varia de tamanho de acordo com o indivíduo, mas pode chegar a acumular 800ml de urina. Quando cheia, o líquido é então expelido pela uretra que se localiza no pênis ou na vagina.
Já a eliminação do suor, é feita pela pele, o maior órgão do corpo humano, por meio das glândulas sudoríparas, que, em sua maioria, localizam-se nas axilas.
Importância deste sistema
O sistema excretor é importante para a manutenção da saúde. Ele deve ser cuidado tanto quanto os outros sistemas, pois pode apresentar doenças como nefrite, cálculo renal e cistite.
A nefrite é a inflamação dos rins por uma infecção que ataca o glomérulo renal, localizado no néfron. Ela pode ser causada por bactérias ou vírus, em função da doença de Lúpus ou ainda devido ao consumo excessivo de certos medicamentos.
Já o cálculo renal, ou “pedras nos rins”, é a formação de cristais de cálcio, fosfato ou ácido úrico, por exemplo, que se encontram em excesso. Quando essas pedras são transportadas ao trato urinário, causam uma dor intensa. Sua causa pode ser diversa, desde infecções urinárias e baixo consumo de água, até vitamina D em excesso e obesidade.
A cistite é a inflamação da bexiga urinária, e ocorre frequentemente em mulheres. Sua causa pode ser infecção bacteriana, problemas no revestimento da bexiga, ou ainda provocadas por tratamento com radiação.
Além das doenças, o sistema excretor é passível de doação de órgãos. Como é possível sobreviver com apenas um dos rins, é permitido a doação de um deles para uma pessoa em necessidade, como pacientes com insuficiência renal crônica ou indivíduos acometidos pela doença de lúpus, por meio do transplante. No entanto, o tempo de funcionamento do rim transplantado pode variar, chegando a 10 anos.