Monet foi um dos mais importantes artistas do século XIX e começo do século XX. Sendo um dos precursores do Impressionismo, um dos mais famosos movimentos de Vanguarda do Modernismo, Monet calcou seu nome na história.
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Nascimento e primeiros anos de Monet
Oscar-Claude Monet nasceu em Paris, França, em 14 de novembro de 1840. Seus pais foram Claude Adolphe Monet, dono de uma mercearia, e a cantora Louise Justine Aubrée Monet.
Em 1845, sua família se muda para Le Havre, na Normandia. O pai de Monet planejava criá-lo para seguir seus passos no negócio da família, mas Monet desejava, mesmo, era seguir carreira artística. Sua mãe, por estar inserida nesse meio, o incentivou desde cedo, e assim Monet o fez.
O artista cresce em um ambiente burguês, passando em estudar, em 1851, na escola secundária de artes de Le Havre, onde teve aulas com Jacques-François Ochard. Nessa época, Monet destacou-se no desenho, especialmente pela qualidade de suas caricaturas.
Monet começou a pintar a óleo mediante as lições que teve com Eugène Boudin, importante pintor francês especializado em pinturas “em plein air”, ou seja, ao ar-livre, o que viria a ser uma das principais características da pintura de Monet.
Em 28 de janeiro de 1857, sua mãe morre, obrigando-o a ir morar com sua tia, a viúva Marie-Jeanne Lecadre.
Passagem por Paris
Em 1859, Monet visita Paris com o dinheiro que ganhou como caricaturista. É nessa época que o jovem artista visita seu primeiro Salon, tendo contato com obras de diferentes vertentes e de importantes artista franceses, como Bouguereau, Paul Baudry, Delacroix, Pierre Puvi de Chavannes, Pissarro, dentre outros.
Nessa mesma época, Monet faz amizade e parceria com Eugène Boudin, que, junto a Monet e outros, viria a se tornar um dos mais notáveis precursores do Impressionismo. O encontro entre os dois é importante, pois é com Boudin que Monet tem contato com a técnica de pintura da transcrição dos efeitos da luz na natureza. Além disso, apaixona-se pela pintura de paisagens.
Serviço militar e retorno à pintura
Em 1960, Monet junta-se à Acadèmie Suisse, uma modesta escola de artes de Paris.
Algo, porém, o afasta dos pincéis, em 1861: o serviço militar. Monet é convocado a servir na Argélia. Seu pai poderia pagar a dispensa do filho, mas não o fez, já que desaprovava o interesse de Monet pela pintura. O artista serve até 1862, quando contrai febre tifoide e sua tia, Marie-Jeanne, resolve pagar a dispensa.
Ainda em 1862, volta a Paris, onde passa a ter aulas com o pintor suíço Charles Gleyre. Nas aulas dele, faz amizade com grandes nomes da arte francesa, como Pierre-Auguste Renoir, Alfred Sisley e Frédéric Bazille.
Primeiras exposições
Entre 1862 e 1865, Monet viaja pela França, pintando na companhia de amigos. Em 1863, estreia nos salões franceses expondo duas obras: Estuário do Sena e Ponte sobre Hève na Vazante.
Em 1865, pinta aquela que é a obra mais emblemática de sua juventude: Almoço na Relva (1865-66), uma pintura contrária e contrastante à O Desjejum na Relva (1863), de Édouard Manet. Em vez de representar as festas galantes da aristocracia francesa como Manet, Monet pinta uma cena realmente cotidiana, dando um enfoque muito grande à natureza e à sua relação com a modernidade.
Entre 1866 e 1867, pinta Mulheres no Jardim, dedicando-se bastante a ela, e frustrando-se com a recusa por parte do Salon de expô-la.
Em 1867, Monet tenta organizar uma exposição própria e contrária à Exposição Universal, que ocorrera nesse ano e excluíra grande parte dos jovens artistas de vanguarda, mas o plano fracassa.
Na primavera desse ano, pinta três obras emblemáticas: Estação do Louvre, saint-Germain-l’Auxerrois e Jardim do Infante. Monet retrata, nessas pinturas, a Paris moderna, um tema ignorado pelas gerações passadas de artistas. Manet e Renoir seguem essa mesma tendência na época.
Tensões políticas e casamento
Em 1867, Monet volta para a Normandia. O Salon de 1868 é um marco, pois várias obras de pintores modernistas foram aceitas, inclusive Navios que Saem dos Cais do Havre, de Monet.
Em 1970, envia Grenouillère (1869) ao Salon, mas tem seu pedido recusado, o que faz com que ele se revolte contra o Salon, demorando muitos anos até que volte a expor (e só expondo mais uma obra).
Em 28 de junho de 1870, Monet casa-se com Camille Doncieux, logo após o nascimento do filho do casal.
Em setembro, entretanto, ocorre a rendição de Sedan, dando fim à monarquia e restaurando-se a República. Paris é cercada pelos Alemães e Monet, temendo um novo recrutamento, parte para Londres, junto com outros artistas.
Nascimento do Impressionismo
Ao retornar à França, meses depois, Monet percebe que, apesar do novo regime, a aversão à arte moderna perduraria. Decide montar, então, com alguns companheiros, mostras independentes. Esse é o nascimento do movimento impressionista.
Em 1872, Monet pinta Impressão, nascer do sol, quadro que deu nome ao movimento que viria a ser conhecido como Impressionismo.
Entre 1874 e 1886, os artistas fazem oito exposições. As exposições, que contavam com nomes como Pisaro, Renoir e Degas, desafiam a tradição e as instituições artísticas da época. Com um tempo, estabeleceu-se inclusive uma regra: não poder participar das exposições das vanguardas e das tradicionais simultaneamente.
Mudança para Giverny e segundo casamento
Em 1878, nasce o segundo filho do casal, Michel. Nesse mesmo ano, Monet se apaixona por Alice Hoschédé, que também era casada. No ano seguinte, a mulher de Monet morre, por complicações de tuberculose.
Em 1883, Monet se muda para Giverny, onde viria a passar o restante de sua vida. Alí, Monet e Alice começam a trocar cartas, até a morte do marido de Alice, em 1891. No ano seguinte, Monet e Alice se casam.
É em Giverny que Monet pinta a famosa série de Ninfeias (ou Nenúferes), em 1889, em sua propriedade. O jardim de água representado na pintura fora de construção do próprio Monet. Além disso, Monet também pinta as redondezas e paisagens de Giverny.
Período de perdas e morte
Em 1911, sua segunda mulher, Alice, morre, e três anos depois, em 1914, seu filho mais velho, Jean. Nessa época, Monet mergulha em tristeza e sente o fim de sua vida se aproximando.
Por conta de suas longas estadias no sol, pintando, desenvolveu catarata nos olhos. Ainda assim, não deixou de pintar.
Em 1926, adoece, por conta de um câncer de pulmão incurável. Em 5 de dezembro de 1926, Monet morre, aos 86 anos de idade. Foi enterrado no cemitério da igreja de Giverny.
Reza a lenda que seu amigo mais próximo, Georges CLemenceau, retirou o pano preto depositado sobre seu caixão, alegando a cor preta não combinar com Monet, substituindo-o por um florido.