É muito comum pensarmos em algas como sendo parte do grupo dos vegetais. De certa forma, este raciocínio não está errado, uma vez que as algas são consideradas os ancestrais dos demais vegetais. Porém, elas pertencem ao Reino Protista, enquanto as plantas são do grupo Plantae. Há indícios de que as algas foram os primeiros organismos a habitarem o planeta, cerca de 3 bilhões de anos atrás.
Por serem seres fotossintetizantes, foram elas que possibilitarem a vida na Terra, já que produzem parte do oxigênio necessário para a sobrevivência. Cerca de 90% da fotossíntese é realizada em grande parte pelas algas marinhas, que formam o plâncton.
O que são algas?
Por definição, algas são seres eucariontes (com núcleo celular), fotossintetizantes, clorofiladas, e podem ser uni ou pluricelulares.
Classificação das algas
As algas compõem 11 filos e os principais grupos são:
- Chlorophyta: algas verdes;
- Rhodophyta: algas azuis;
- Phaeophyta: algas pardas;
- Cyanophyta: algas azuis.
Características
Estrutura
As algas podem ser uni ou pluricelulares, atingindo até 50 metros de comprimento, como as que formam as florestas de Kelps. Não possuem raízes, caules e folhas, sendo então chamadas de talófitas. No entanto, possuem clorofila o que as possibilita fazer fotossíntese, sendo, portanto, consideradas autótrofas, produtores primários da cadeia alimentar.
Suas cores são variadas, entre verde, azul, vermelho, marrom e pretas.
Habitat
Podem viver no ambiente terrestre, mas a grande maioria habita o ambiente aquático de água doce ou salgada. Podem também se fixar sobre animais, vegetais e rochas.
Reprodução
Estes organismos têm reprodução sexuada ou assexuada. Em algas unicelulares, a reprodução assexuada ocorre por divisão binária, isto é, um indivíduo origina dois organismos. Já em multicelulares, a reprodução ocorre pela fragmentação do talo ou zoosporia – ou seja, quando um indivíduo libera células flageladas (zoósporos) que se fixam em outro substrato e dão origem a outro organismo.
Já a reprodução sexuada ocorre com a fusão de gametas haploides. Nas algas unicelulares, cada indivíduo representa um gameta e, quando se unem, formam um zigoto que dará origem a quatro células filhas. Já em algas pluricelulares, ocorre a formação de gametas femininos e masculinos. O gameta masculino se liga até o gameta feminino por meio de pontes filamentosas, formando-se o zigoto que dará origem a um novo talo. Em outras espécies, pode haver também a reprodução por alternância de gerações, formando esporos.
Importância ecológica
Como as algas são organismos autotróficos fotossintetizantes, elas são parte dos produtores primários, base da cadeia alimentar, e responsável pela produção de grande parte do oxigênio. Em ambientes marinhos, elas fazem parte do fitoplâncton enquanto outras podem chegar a 50 metros de comprimento, formando florestas no fundo do mar. Assim, elas alimentam desde organismos do zooplâncton até peixes maiores e tartarugas, crustáceos e moluscos. Além disso, também formam estruturas que servem de abrigos para alguns animais.
Algumas espécies de algas também estabelecem interações simbióticas com outros organismos. Além disso, algumas algas azuis são capazes de fixar o nitrogênio, responsável pela fertilidade do solo.
Alguns grupos de algas podem causar também um processo chamado de floração, no qual liberam até mesmo substâncias tóxicas na água, o que leva à morte de organismos e torna a água imprópria ao consumo.
Além de tudo, por ocuparem quase toda a superfície, elas provocam a competição por luz, gerando também a morte de organismos fotossintetizantes do fundo da coluna d’água.
Importância econômica
Algumas espécies de algas são usadas como alimento para o homem e até mesmo para animais domésticos, como a alface-do-mar, as algas pardas (como a Kombu) e a nori, sendo consumidas como vegetais.
Algumas são utilizadas, ainda, na produção de fertilizantes, espessantes e estabilizantes na indústria alimentícia, e até na indústria farmacêutica para a produção de hidratantes e ceras, e o ágar.