As angiospermas dominam a superfície terrestre, sendo o maior e mais diverso grupo pertencente ao Reino Plantae. Contam com, aproximadamente, 300 mil espécies, o que representa quase 80% de todos os tipos de plantas que conhecemos atualmente.
Este grupo possui características particulares que permitiram que ele dominasse o ambiente terrestre, e hoje ocupa diversos tipos de habitat pela Terra.
Estas plantas são de grande importância econômica e ecológica para a manutenção dos ecossistemas. Exemplos delas são inúmeros, como girassóis, rosas, couve, abóbora e muitos outros que fazem parte do nosso cotidiano.
O que são angiospermas?
As Angiospermas são plantas vasculares, que possuem vasos condutores de seiva, e também flores, característica que as diferencia do grupo das Gimnospermas.
De acordo com seus aspectos evolutivos, sua classificação atual é dividida em três grupos:
- Monocotiledôneas: semente com um cotilédone;
- Dicotiledôneas: grupo basal (exemplo, magnólias);
- Eudicotiledôneas: semente com dois cotilédones.
Características das angiospermas
Estrutura
Como mencionado anteriormente, esse grupo é o mais diverso. A estrutura destas plantas varia desde alturas de cerca de 2mm até árvores gigantescas, como uma espécie de eucalipto australiano (Eucalyptus regnans) que possui cerca de 100 metros.
As formas mais comuns são como herbáceas e árvores. Elas contêm raízes, caules e folhas verdadeiras. São fanerógamas e espermatófitas, ou seja, produzem flores e sementes, respectivamente, sendo a principal característica que as diferencia das gimnospermas.
As flores possuem os ovários, que abrigam as sementes (óvulos desenvolvidos). Elas podem estar agrupadas em inflorescências ou não, e darão a infrutescência ou fruto sozinho. Assim, os frutos são os órgãos maduros das flores.
Elas possuem características próprias para atrair polinizadores: pétalas e sépalas coloridas e cheiros característicos. O conjunto de sépalas é chamado de cálice e o conjunto de pétalas é chamado de corola.
Além disso, possuem pedicelo e receptáculos florais, outras partes vegetativas da planta.
Habitat
As angiospermas podem viver em ambientes terrestres ou aquáticos. Sua maior distribuição e abundância ocorre em regiões tropicais.
O continente Antártico é o único que não possui espécies deste grupo. Assim, são classificadas como cosmopolitas.
Reprodução
A reprodução deste grupo pode ser sexuada ou assexuada. A reprodução sexuada ocorre nas flores. As flores possuem as estruturas férteis chamadas de estame (órgão reprodutor masculino) e pistilo (órgão reprodutor feminino), sendo que ambas podem ocorrer juntos na mesma flor, ou separados.
O conjunto de estames é chamado de androceu e o conjunto de pistilos é chamado de gineceu.
O grão de pólen é o gameta masculino (n), produzido no estame, que é levado até o estigma (ápice do pistilo) pela polinização. No estigma, ele germina e forma o tubo polínico até o gametófito feminino. Quando o óvulo é fecundado, forma-se uma semente envolta pelo ovário, sendo então gerado o fruto.
A polinização pode ocorrer pela ação do vento (anemofilia), por insetos (entomofilia), por pássaros (ornitofilia) e por outros animais, até mesmo pelos seres humanos.
Em geral, a fecundação é cruzada, mas há algumas plantas que realizam a autopolinização, o que não gera variedade genética.
Já a reprodução assexuada ocorre por meio de propagação vegetativa, muito utilizada na agricultura. Os tipos mais comuns são a estaquia (estacas de caule enterradas) e a enxertia (duas plantas sobrepostas).
Plantas carnívoras
Este tipo de planta diferenciada pertence ao grupo das angiospermas. Elas usam suas folhas para atrair e prender insetos. As glândulas em suas folhas secretam enzimas que farão a digestão dos animais capturados.
Importância ecológica e econômica
As angiospermas são as que mais participam da cadeia trófica terrestre em termos de biomassa e abundância, sendo um recurso alimentar de grande importância para muitos animais, inclusive para os seres humanos.
Os consumidores primários das angiospermas são os herbívoros, mas onívoros também as consomem. Quando os carnívoros se alimentam dos herbívoros, eles são chamados de consumidores secundários e estão, indiretamente, alimentando-se da energia das plantas.
Exemplos de espécies utilizadas para a agricultura são feijões, mandioca, arroz, milho, laranja e muitos outros.
Outra grande importância ecológica e econômica deste grupo é a polinização. O pólen e o néctar destas plantas são fonte de alimento para vários animais, como as abelhas que irão fecundar outras plantas quando pousarem nestas.
Além disso, este grupo também é usado para a formulação de produtos farmacêuticos e cosméticos, fibra, madeira e ornamentação.