As atividades humanas veem destruindo os habitats naturais e, consequentemente, a fauna e a flora que está fortemente ameaçada. Atualmente, mais de 26.500 espécies são ameaçadas de extinção no mundo todo, o que corresponde a mais de 27% da biodiversidade que conhecemos hoje.
Para a fauna, a caça ilegal é a principal causa deste quadro, seguida do desmatamento e da poluição. E a lista de animais ameaçados só vem aumentando, o que coloca em risco os ecossistemas e os serviços ambientais por eles prestados, como produção de alimento e regeneração de florestas.
Confira, abaixo, alguns dos animais que estão na lista de animais ameaçados.
América – Atelopus zeteki
Conhecido popularmente como o sapo dourado do Panamá, este anfíbio é o símbolo nacional do país. No entanto, ele está na lista vermelha da IUCN (International Union for Conservation of Nature) e pode ser extinto devido a uma doença causada por um fungo do tipo quitrídio, que se expandiu por causa das mudanças climáticas.
Até o momento, não há tratamento nem como erradicar esta doença que afeta a pele dos anfíbios, podendo matar cerca de 80% destes animais em um curto período de tempo.
Atualmente, há programas de conservação de anfíbios que levam o nome deste sapo carismático, para buscar atenção da população ao problema.
Europa – Puffinus mauretanicus
Conhecida como pardela-do-mediterrâneo, esta ave está criticamente ameaça de extinção (CR) no continente europeu. São animais marinhos de tamanho médio, chegando a pesar 0,5 kg. Sua reprodução ocorre em áreas restritas da costa ou em pequenas ilhas, e se alimentam de pequenos peixes.
Sua classificação na lista vermelha é em função de sua restrita área de reprodução e pequeno tamanho populacional. Somado a isto, barcos pesqueiros acabam matando indivíduos que sobrevoam as embarcações em busca de alimento.
As áreas de reprodução são ameaçadas de predação por mamíferos introduzidos no local, dificultando ainda mais a sobrevivência da espécie.
Ásia – Pangolim
Pangolins são os únicos mamíferos que possuem escamas e podem chegar a 33kg e 1,50m dependendo da espécie. Apresentam garras grandes e afiadas com as quais cavam abrigos e procuram por alimento. Essa escavação ajuda na aeração do solo, melhorando qualidade e permitindo o desenvolvimento ideal da vegetação.
São conhecidos também por tamanduás escamosos em função de sua dieta, que é baseada em formigas.
Existem oito espécies de pangolins que estão ameaçadas de extinção em seus continentes de ocorrência, África e Ásia. Sua classificação na lista vermelha da IUCN se deve ao tráfico intenso de indivíduos, principalmente na China e no Vietnã, pois são utilizados na medicina tradicional e sua carne é considerada uma iguaria.
Apesar das inúmeras leis que protegem estas espécies, a demanda por animais traficados só tem aumentado.
África – Pan paniscus
O bonobo ou chimpanzé-pigmeu é um mamífero endêmico do Congo, na África, espécie que tem o genoma mais parecido com o dos seres humanos, compartilhando cerca de 99% do seu DNA conosco.
Mesmo assim, está ameaçado de extinção pelas ações humanas. Está classificado como “em perigo” (EN), pois são traficados para fins medicinais e pela carne. Além disso, a guerra civil do país e a expansão da agricultura tradicional estão destruindo seu habitat.
Os bonobos chegam a pesar 39kg e variam entre 7 e 8,3 metros de comprimento. Por serem onívoros, alimentam-se de plantas, cogumelos, pequenos mamíferos, insetos e ovos.
Oceania – Cephalorhynchus hectori
Na Oceania, o golfinho-de-hector está ameaçado de extinção (EN). São endêmicos da Nova Zelândia, e os menores e mais raros cetáceos do mundo.
Em média, possuem 1,25m de comprimento, sendo as fêmeas maiores que os machos, e o peso dos indivíduos pode chegar a 60kg. Quanto à alimentação, são considerados generalistas, mas consomem principalmente peixes e lulas.
Além da sua limitação de habitat, a pesca comercial e de subsistência acaba matando indivíduos que se emaranham nas redes de arrasto, além de serem atropelados pelas embarcações.
O desenvolvimento econômico da região e a mineração também poluem os mares onde esta espécie habita, deixando-os suscetíveis.
Como Evitar a Extinção?
Em primeiro lugar, políticas conservacionistas devem ser prioridade dos nossos governantes para evitar que as consequências irreversíveis das mudanças climáticas assolem o planeta. Por isso, é importante pressioná-los para agirem o quanto antes.
Além disso, no nosso cotidiano, devemos estar atentos à cadeia produtiva dos itens que consumimos e sermos responsáveis pelo lixo que geramos, que polui mares e florestas, matando inúmeros animais.