Animais extintos são aqueles que não mais encontrados na natureza, quando muito, possuem espécies em zoológicos ou outros cativeiros de reprodução.
Há diversos fatores que explicam a extinção de algumas espécies, como desastres naturais e mudanças climáticas. No entanto, a principal ameaça à biodiversidade são os seres humanos.
Estes possuem uma habilidade incrível para se dispersar e sobreviver em diferentes áreas do planeta, o que traz consigo a ganância, que leva à destruição da natureza por desmatamento, expansão das cidades, poluição da água, da terra e do ar, produção de lixo, caça e inúmeras outras ações contra a biodiversidade. Consequentemente, tais atos levam à extinção de muitas espécies.
A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) publica, de tempos em tempos, a lista vermelha contendo as espécies ameaçadas de extinção. A lista de 2017 conta com 748 espécie consideradas extintas na natureza.
No Brasil, a maioria das espécies neste quadro são aves, consideradas endêmicas do pais, ou seja, só ocorrem aqui. Confira, abaixo, algumas espécies extintas no Brasil e em outros países.
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Animais extintos
Alguns dos animais listados abaixo foram extintos há muito tempo antes de sua descrição, portanto, nem sempre é possível saber a razão exata que levou ao desaparecimento da espécie.
Perereca (Phrynomedusa fimbriata)
Esta espécie era endêmica do Brasil. Apesar de descoberta em 1896, no estado de São Paulo, Mata Atlântica, ela foi descrita 27 anos depois e já não era mais encontrada no país.
Por isso, está descrita como Extinta (EX) no livro vermelho da fauna e não há maiores informações sobre ela.
Cotovia-da-ilha-Stephen
Diz a lenda que esta espécie foi ao mesmo tempo descoberta e extinta por um gato. No entanto, pesquisas recentes demonstraram que a cotovia foi extinta em função do gradual desmatamento da ilha Stephan e ao aumento populacional de gatos na região.
Hoje, há apenas alguns exemplares em museus.
Corujinha caburé-de-pernambuco (Glaucidium mooreorum)
Outra ave que está atualmente extinta é esta coruja. Ela era endêmica da Mata Atlântica, mas não há registro dela há anos, desde 24 anos atrás.
Assim, a espécie foi descrita com bases em exemplares de museus. Seu comprimento era de 14cm e seu peso de cerca de 51 gramas. A coloração de suas penas no dorso é marrom e parte anterior branca.
Apesar de haver registros do consumo de cigarras por esta espécie, não há dados suficientes para descrever seus hábitos alimentares. Sua reprodução também é desconhecida.
Preguiça Gigante (Eremotherium laurilardi)
Este mamífero habitava terras brasileiras há 9,7 mil anos, e fazia parte da megafauna, grupo que foi gradualmente extinto após a última glaciação.
Seus fósseis indicam que ela chegava a medir 6 metros de comprimento e 4 metros de altura, com até 4 mil quilos. As espécies atuais mais próximas são os tatus, as preguiças e os tamanduás.
Tigre-da-tasmânia (Thylacinus cynocephalus)
Este animal foi levado à extinção em função da caça por fazendeiros que o acusavam de predar ovelhas, levando ao prejuízo econômico. Assim, no final do século XIX, só podiam ser encontrados na Tasmânia.
Natural da Austrália e da Nova Guiné, também conhecido como lodo-da-tasmânia, esta espécie era um marsupial, com mandíbulas fracas. Portanto, suas presas deveriam ser do tamanho de um esquilo, e não como uma ovelha, como era acusado.
De acordo com os fósseis e as imagens obtidas por computadores, estima-se que seu peso era de aproximadamente 30 quilos, pertencendo à espécie de carnívoros.
Rinoceronte-branco do Norte (Ceratotherium simum cottoni)
Os rinocerontes habitam a Terra há 26 milhões de anos, mas, em 2008, o rinoceronte branco foi declarado como extinto na natureza. Em 2011, foi a vez do rinoceronte-negro e, em 2018, a subespécie de rinoceronte-branco do Norte foi extinta, também em cativeiro.
Como os chifres de rinocerontes são usados na medicina Asiática tradicional, a principal causa de sua extinção foi a caça para coleta dos chifres e vende delas no comércio ilegal.
O rinoceronte branco é o terceiro maior animal da África, pesando entre 1700 a 2400 quilos e medindo aproximadamente 3,5 metros (sem o rabo). Sua pelagem é na verdade cinza, e não branca. Eles possuem dois chifres, sendo que o da frente atinge, em média, 0,6 metros. Estes animais são herbívoros e consomem basicamente grama.
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Tanto os machos quanto as fêmeas possuem múltiplos parceiros, o que aumenta a variabilidade genética dos descendentes. A reprodução ocorre a cada dois ou três anos, e eles podem chegar a viver até 50 anos na natureza.