Arte rupestre – O que é? Qual a mais antiga? Características e Exemplos no Brasil

As mais antigas manifestações artísticas do ser humano, datando do período conhecimento como pré-história, são chamadas arte rupestre. Caracterizadas pela pintura, gravura ou pelo arranjo de pedras em formato de monumentos, as marcações em pedra mais antigas de que se tem registro possuem mais de cinquenta mil anos.

Ficou interessado e quer saber um pouco mais? Pois junte-se a nós nessa viagem à pré-história e conheça um pouco mais a respeito da arte rupestre neste artigo que nós, do Gestão Educacional, preparamos para você!

O que é a arte rupestre?

Arte rupestre é o nome que se dá às manifestações artísticas pré-históricas que eram realizadas nas superfícies das cavernas, em paredes, tetos ou outros locais. São as mais antigas manifestações artísticas humanas de que se tem registro e ajudam a compreender um pouco de como era a vida do cotidiano naquela época.

Isso porque os símbolos representados faziam alusão a animais, ferramentas e atividades humanas realizadas, como a caça ou o combate, embora alguns considerem que essas manifestações já fossem rudimentos de possíveis envolvimentos religiosos pré-históricos, representando mitos antigos.

Petróglifos, pictogramas e megálitos

A arte rupestre é geralmente dividida em dois tipos: os petróglifos, também chamados gravuras rupestres, gravuras realizadas diretamente na rocha por meio de uma incisão, uma escoriação, uma escavação etc., e os pictogramas, também chamados pictógrafos, que envolviam o ato de pintar ou desenhar símbolos nas superfícies, com algum pigmento, representando objetos ou conceitos.

Exemplos de petróglifos são os da Caverna de Chauvet, datando de mais de 30 mil antes de Cristo. Já exemplos de pictogramas rupestres são as pinturas na Gruta de Lascaux, no sudoeste da França, que representam diversos animais, dentre eles bois e cavalos, com mais de 15 mil anos.

Uma terceira categoria é a de megálitos, também chamados petroformas ou monumentos megalíticos, que envolvem o arranjo/organização de pedras a fim de se criar um monumento (sendo o mais famoso monumento megalítico o Stonehenge).

A junção desses três segmentos forma aquilo que é chamado arte rupestre.

Características da arte rupestre

As características dependem da técnica empregada e, obviamente, da região e do período em que foram realizadas.

Para os petróglifos, as técnicas consistem em esculpir, arranhar ou perfurar as superfícies das rochas. Em alguns casos, tingia-se/pintava-se o buraco com algum pigmento, a fim de realçar a obra.

Para a pictografia, era comum a aplicação de pigmentos, como carbono, manganês e outros óxidos, a fim de se representar, por meio de símbolos, figuras, objetos ou conceitos. Para se pintar, fazia-se uso dos próprios dedos, como pincel, e posteriormente de escovas feitas de pelo de animais ou pedaços de gravetos. As pinturas que chegaram até nós estão em sua maioria em cavernas subterrâneas, uma vez que, por envolverem pigmentação, são facilmente desgastadas ao longo dos séculos.

Qual a mais antiga de que se tem notícia?

É difícil precisar qual a mais antiga arte rupestre, uma vez que é difícil avaliar, e novas peças são descobertas conforme o tempo passa. Porém, atualmente, a mais antiga arte representativa (ou seja, que envolve a representação de alguma figura do mundo exterior) é a pintura de um animal na Caverna de Lubang Jeriji Saléh, na ilha de Borneo, Indonésia, datando entre 40,000 e 52,000 anos.

Porém, há sinais de arte rupestre não-representativa mais antigos, como algumas marcações em cavernas da Ibéria datando mais de 64,000 anos.

Arte rupestre no Brasil

Há sítios arqueológicos com pinturas rupestres espalhados por todo o Brasil. Alguns dos mais famosos são:

  • O Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí, com o maior acervo de pinturas rupestres do mundo e mais antigos das Américas, com mais de 50 mil anos;
  • O Parque Nacional do Catimbau, em Pernambuco, também conhecido como Vale do Catimbau, com pinturas rupestres com mais de 6 mil anos;
  • A Pedra do Ingá, na Paraíba, cuja origem das pinturas ainda é alvo de questionamentos, com pesquisadores apontando possíveis traços fenícios e até mesmo egípcios nas marcações.

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