O norte-americano Billy Graham foi um dos pregadores evangélicos mais famosos do mundo. Nascido em 7 de novembro de 1918, faleceu no dia 21 de fevereiro de 2018, aos 99 anos de idade.
Graham era membro da Igreja Batista e, além de suas intensas pregações – o que o fizeram muito conhecido – foi o seu papel como conselheiro espiritual de inúmeros presidentes dos Estados Unidos. Além disso,teve vários programas de rádio e televisão, cuja audiência superou os 2 bilhões de pessoas no mundo todo.
Billy Graham casou-se com Ruth Graham, em 1943, formando uma família que teve papel importante na vida dessa personalidade histórica, pois o pai de sua noiva acabou tornando-se o seu grande mentor.
O pastor, que chegou a atuar como missionário por anos, na China, teve cinco filhos e ficou viúvo aos 90 anos.
Vida e obra de Billy Graham
O início da vida religiosa de Billy Graham deu-se ainda criança, quando ele vivia na Carolina do Norte. Seus pais o levaram para a Associação das Igrejas Presbiterianas Reformadas, tendo sido ordenado, aos 21 anos, na mesma igreja onde começou seus trabalhos. Hoje, o local tem o nome de Igreja Batista Sulista.
Graham concluiu seus estudos básicos aos 18 anos, na Sharon High School, tendo ingressado, em seguida, na Bob Jones University, no Tennessee. Lá, no entanto, não concluiu os estudos, tendo rumado pouco tempo depois para a Weathon College, onde estudou teologia. Após ter se formado, Graham deu os primeiros passos de forma independente em sua própria congregação, denominada Western Springs Baptist Church.
Nessa época, iniciava a 2ª Guerra Mundial, um momento complicado para a história e que influenciaria a atuação desse pregador. Ao término do conflito bélico, Graham saiu em missão por todo o país e também pela Europa, em um período em que milhares de pessoas sofreram perdas irreparáveis por conta da guerra, levando a palavra de Deus até elas.
Esse gesto contribuiu para que aumentasse a popularidade dessa personalidade. Outro elemento que potencializou o seu sucesso e reconhecimento foi o seu lado carismático, com discursos que contagiavam as massas, tanto que ele passou a ser convidado para diversos eventos. Um deles tornou-se bem famoso na história religiosa dos Estados Unidos: o Forest Home Ministries, um acampamento que reuniu centenas de religiosos em um terreno amplo na cidade de Hollywood.
No entanto, o evento que ganhou fama mundial e catapultou a fama de Graham por toda a parte foi as Cruzadas. Realizado em vários continentes, tal movimento alcançou 185 países e evangelizou milhões de pessoas ao redor do mundo.
Em 2006, Graham descobriu que estava com Mal de Parkinson, o que o fez se afastar de boa parte de seu trabalho de evangelização, que passou a ficar sob a responsabilidade de seu filho, Will Graham. A doença foi agravando-se até a morte do evangelizador, em 2018. Nos últimos anos de sua vida, ele foi diagnosticado com câncer de próstata, além de pneumonia, tendo muitos de seus ossos sido quebrados pela sua frágil condição de saúde.
Após a sua morte, foi homenageado no Capitólio, uma honraria que é concedida apenas a presidentes, militares e políticos – inclusive, ele foi apenas o terceiro civil a receber tal homenagem.
Na ocasião, o atual presidente dos EUA, Donald Trump, declarou que não havia ninguém como Graham, que fora um homem muito especial. Vários outros políticos e ex-presidentes também renderam homenagens a um dos maiores líderes religiosos que o mundo já presenciou.
A importância de Billy Graham na política
Além de toda a importância religiosa que Billy Graham conferiu, devido ao seu trabalho evangelizador, ele também teve uma atuação importante na política. Membro do Partido Democrata, tornou-se amigo pessoal de vários presidentes dos Estados Unidos, como Dwight Eisenhower, Richard Nixon, Lyndon B. Johnson, Bill Clinton e George Bush, pai e filho.
Graham ainda encontrou-se com Al Gore, Sarah Palin, rainha Isabel II, príncipe Felipe e vários outros líderes mundiais, além de ter jogado golfe com Gerald Ford, passado as férias na casa da família Bush, entre outras peculiaridades que mostravam a influência dele na política norte-americana.
Com Nixon é que Graham começou a ganhar de vez relevância política, ao ter sido nomeado capelão oficial da presidência. Seu prestígio dentro da Casa Branca prosseguiu até os anos 2000, quando George W. Bush o chamou para participar de eventos religiosos e realizar orações em encontros internos.