Citomegalovírus – O que é? Transmissão, Causas, Diagnóstico e Tratamento

Como o próprio nome sugere, o citomegalovírus é um vírus do tipo DNA, pertencente à família do herpesvírus. Trata-se de uma doença com um leque imenso de possibilidades de transmissão, que, na maioria dos casos, envolve a troca de secreções. Além disso, a sintomatologia varia conforme o estado imunológico do indivíduo e a sua idade.

A seguir, saiba tudo a respeito da virose os tipos de transmissão causas, sintomas, diagnóstico e tratamento, aqui no Gestão Educacional!

Citomegalovírus2

Transmissão do citomegalovírus

A transmissão do citomegalovírus pode se dar por diferentes vias, que são:

1) Gestacional

A mãe pode transferir o vírus para o feto ainda durante a gestação. Isso ocorre pela presença de leucócitos maternos (que são células imunes) contaminados na placenta, que chegam aos rins do feto pelo cordão umbilical.

2) Perinatal

A infecção pode ocorrer também tanto no momento do parto, quanto durante a amamentação, devido ao contato com os fluídos da mãe com o bebê.

3) Secreções

Diversos fluídos biológicos são capazes de transmitir o problema, como a saliva, o sêmen, as secreções vaginais, a urina, e muitos outros.

4) Contato sanguíneo

O sangue contaminado em uma transfusão, por exemplo, pode servir de meio de contaminação. Além disso, o uso inadequado de seringas contaminadas e outros instrumentos perfurocortantes.

Na doação de órgãos a transmissão também ocorre de um indivíduo contaminado pelo mesmo princípio.

Causas do citomegalovírus

Depois de conhecer as vias de transmissão da citomegalovirose, é mais fácil entender o porquê de sua causa.

Considera-se a doença infectocontagiosa como mais prevalente em países em desenvolvimento, onde existem condições precárias de higiene. Dentro de tais dados epidemiológicos, destaca-se o Brasil e os países do continente africano.

Por esse motivo, é sempre muito importante tomar cuidado com o contato de secreções, realizar o acompanhamento de gestantes contaminadas, descartar agulhas adequadamente e investigar doações de sangue e órgãos.

Sintomas do citomegalovírus

Assim como foi dito na introdução, existem várias formas de comportamento do citomegalovírus. Em geral, pode-se esperar:

1) Em fetos

Quando a transmissão ocorre ainda durante a gestação, pode-se ter uma série de prejuízos no desenvolvimento fetal. Dentre eles, estão:

  • Surdez por perda neurossensorial;
  • Hidrocefalia;
  • Microcefalia;
  • Calcificações intracranianas;
  • Prematuridade.

Em geral, isso ocorre pelo fato de o vírus se multiplicar, principalmente, em células nervosas, endoteliais e outras.

2) Em recém-nascidos

Considerando a infecção perinatal, o início do quadro clínico pode demorar até 12 semanas para surgir, e a manifestação mais comum costuma ser a hepatoesplenomegalia – aumento de tamanho do baço e fígado.

Ainda, alguns bebês podem não ter nenhum sintoma da doença.

3) Em adultos

A maioria dos casos é assintomática – por mais que o indivíduo tenha o vírus em seu organismo, a doença não se manifesta.

Mas, existem situações especiais, principalmente quando os contaminados estão imunocomprometidos, em que a citomegalovirose ocorre. Em geral, costuma-se ter:

  • Quadro de febre, tosse e epigastralgia pouco específico;
  • Alterações neurológicas;
  • Esplenomegalia;

Diagnóstico

citomegalovírus

A melhor forma de detectar o citomegalovírus, sem dúvidas, é pelos métodos imunológicos. Para isso, a sorologia com ELISA é a mais utilizada.

O princípio básico desse exame é detectar os anticorpos existentes no organismo contra o vírus. Basicamente, podem existir:

  • Anticorpos IgM: são marcadores de infecção aguda, portanto, costumam ser positivos logo após a infecção.
  • Anticorpos IgG: são marcadores de infecção crônica, e, quando positivos, indicam que o indivíduo já teve contato com o vírus, no passado.

Portanto, quem está com sorologia positiva apenas para IgM, é fácil de concluir que o contato foi recente, e se houver quadro clínico, é a provável causa. Ao mesmo tempo que, isoladamente, o IgG positivo marca infecção prévia.

Mas, e quando os dois marcadores são positivos? Basicamente, existem três raciocínios:

1º) Os anticorpos IgM podem ser detectados até 2 anos após a infecção, o que tira sua característica de serem agudos;

2º) O indivíduo pode ter se reinfectado por outra cepa, o que justificaria uma nova infecção, mas com a presença dos anticorpos antigos;

3º) Está havendo uma agudização. O vírus até então estava latente, mas, provavelmente por uma situação de imunossupressão, houve manifestação da doença.

Sendo assim, a “saída” é solicitar um exame de avidez para o anticorpo IgG – quanto maior a avidez, mais crônica tende a ser a infecção.

Tratamento

Os medicamentos utilizados, basicamente, têm ação antiviral. Existem diversas opções que irão variar conforme a gravidade do caso, dos sintomas e da idade do paciente (afinal, um recém-nascido não terá o mesmo tratamento de um adulto com 40 anos).

Em geral, pode-se utilizar:

  • Ganciclovir;
  • Forcarnet;
  • Terapia antirretroviral (na maioria dos casos, combinam-se 3 medicamentos).

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