Classificação dos Sons Linguísticos: Vogal, Semivogal e Consoante

Classificação dos sons: os sons linguísticos são os sons da nossa língua, que também podem ser chamados de fonemas.

Nos estudos da fonética, é possível classificar os fonemas de diversas maneiras, de acordo com suas características especificas, ou seja, pelas diferenças em como os sons são produzidos.

Geralmente, os sons são produzidos a partir da forma como a corrente de ar da nossa respiração passa pelo aparelho fonador – que é composto pela nossa garganta e boca, principalmente.

Classificação dos Sons Linguísticos: Vogal, Semivogal e Consoante (Imagem: Gestão Educacional - Wayhomestudio/FreePik.com)
Classificação dos Sons Linguísticos: Vogal, Semivogal e Consoante (Imagem: Gestão Educacional – Wayhomestudio/FreePik.com)

Vogais

As vogais são sons formados por meio de vibração das cordas vocais que ficam na nossa garganta e passa pela nossa cavidade bucal, ou seja, pela nossa boca, sem obstruções, de forma aberta ou meio aberta.

Isso significa que as vogais acontecem mais pela passagem da corrente de ar pela garganta, pois na boca, em si, a passagem de ar está sempre livre ou parcialmente livre.

Isso caracteriza as vogais como tons, isto é, sons musicais, por serem formados por vibrações na nossa garganta. Essas características articulatórias, ou seja, a forma como a corrente de ar respiratória passa pelo aparelho fonador, forma as vogais.

As vogais são também sempre o centro da sílaba na nossa língua, o que significa que elas podem aparecer acompanhadas de uma consoante ou sozinhas.

As vogais da língua portuguesa são: /a/, /ɛ/, /ɐ/, /ɔ/, /e/, /o/, /i/, /ɨ/, /u/.

Consoantes

As consoantes são o contrário das vogais: se formam a partir dos obstáculos à passagem da corrente de ar respiratória na cavidade bucal, o que significa que as vogais acontecem, de fato, na nossa boca.

Por isso, as consoantes são consideradas ruídos e não tons, e podem ser ruídos puros, isto é, sem a participação das cordas vogais na sua produção, ou seja, as consoantes surdas, como /p/, /t/ e /f/, ou ruídos combinados com um tom, as consoantes sonoras, como /b/, /d/ e /v/.

Para entender melhor: coloque a mão na garganta e diga “pa” – a garganta só vibra quando pronunciamos o “a” em “pa”, certo?

Agora pronunciei a sílaba “ba” – agora a garganta vibra do começo ao fim da sílaba. Essa é a diferença entre uma consoante surda e uma consoante sonora.

Também é importante frisar que as consoantes são fonemas marginais no português, ou seja, só aparecem em uma sílaba acompanhadas de uma vogal, não são capazes de formaram silabas sozinhas ou combinadas a outras consoantes.

Semivogais

As semivogais não são nem vogais, nem consoantes, estão no meio: são os fonemas /i/ e /u/ quando formam uma silaba junto a uma vogal, que, nesse caso, são transcritos como /j/ e/w/.

Vamos a um exemplo: na palavra “viu”, o “i” é uma vogal, porque é pronunciada plenamente, mas o “u”, que aqui deve ser foneticamente transcrito /w/, não, o que o caracteriza como uma semivogal.

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Referências

CUNHA, C; CINTRA, L. Nova gramática do português contemporâneo. 7. Ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2017.

BECHARA, E. Moderna Gramática Portuguesa. 37 edição. Rio de Janeiro: Editora Nova fronteira, 2009.

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