Concordância verbal – O que é? Tipos e Exemplos Práticos!

Ao estudar a gramática da língua portuguesa, a concordância verbal é tema recorrente. Não sabe do que se trata? Sem problemas: esclarecemos, aqui no Gestão Educacional, essa questão. Confira e aprenda de uma vez por todas!

O que é concordância verbal?

Português

Concordância verbal é o nome dado à relação entre o sujeito e o verbo de uma oração. Essa relação é regida por uma regra importantíssima para escrever e falar português de acordo com a norma padrão:

  • O verbo transitivo (que pede um sujeito) sempre se flexiona para concordar com o sujeito da oração.

Na prática, isso quer dizer que se o sujeito for singular, o verbo transitivo estará flexionado também no singular. Se o sujeito for plural, o verbo transitivo necessariamente estará nessa forma. É fácil entender a regra analisando os exemplos, a seguir:

  • Eu comi todo o chocolate;
  • Ele foi ao teatro;
  • Ela chegou cedo ao encontro;
  • Nós trabalhamos até tarde;
  • João e Maria são irmãos.

Tipos de concordância verbal

A regra é bastante simples (verbos transitivos sempre concordam com os sujeitos das orações), no entanto existem alguns casos específicos que geram dúvidas e são verdadeiras pegadinhas em provas de vestibular e concursos públicos. Conheça quais são eles:

Concordância verbal

  1. Concordância verbal com sujeito simples

Sujeito simples é aquele composto por um núcleo, apenas. Nesse caso, o verbo concorda com o sujeito em pessoa e número, como pode ser notado nos seguintes exemplos:

  • Maria gosta de laranja;
  • Eu fui ao supermercado;
  • Nós assistimos ao filme.
  1. Concordância verbal com sujeito composto

Sujeito composto é o que apresenta mais de um núcleo. Em casos assim, o verbo concorda com todos os núcleos do sujeito em pessoa e número, ficando no plural, invariavelmente:

  • Paulo e Ana estão na praia;
  • José e Alice são namorados;
  • Ele e ela fizeram.
  1. Concordância verbal com verbo no infinitivo

A concordância é feita com verbos no infinitivo impessoal e pessoal. Quando se trata especificamente do infinitivo impessoal, os verbos não são flexionados nessas situações:

  • Quando possuem valor de substantivo: viajar é meu vício;
  • Quando possuem valor imperativo: vá estudar!
  • Quando há regência por preposição: dedicaram-se a trabalhar.

Já quando o assunto é concordância verbal com infinitivo pessoal, os verbos são flexionados somente nas seguintes ocorrências/orações:

  • Quando se tem um sujeito definido: é melhor nós elaborarmos as cartas;
  • Quando se quer definir o sujeito: comprei essas roupas para elas usarem.
  1. Concordância verbal com verbo impessoal

O verbo impessoal não apresenta sujeito. Nesse caso, a concordância sempre será feita com a terceira pessoal do singular, como pode ser identificado nos exemplos, abaixo:

  • Faz dez anos que nos casamos;
  • Choveu por dois dias;
  • pratos e talheres para todos.
  1. Concordância verbal com verbo ser

O verbo ser segue a regra geral de concordância, sendo flexionado de acordo com o sujeito. Mas, há um caso específico: quando for um verbo de ligação, concordará com o predicativo do sujeito:

  • Eles são noivos;
  • São dez horas da noite;
  • Tudo são.
  1. Concordância verbal com os verbos bater, dar, soar

Os verbos bater, dar e soar concordam com o sujeito da oração se a ênfase do enunciado cair sobre seu substantivo, como no seguinte exemplo:

  • O despertador soou 10 horas.

Caso a ênfase da oração seja dada ao verbo, a concordância é invariavelmente realizada com o numeral presente no enunciado:

  • Soaram 10 horas no despertador.
  1. Concordância verbal com verbo parecer + infinitivo

A estrutura “parecer + infinitivo” tem somente um de seus verbos flexionados de acordo com o sujeito da oração. Não se deve flexionar os dois verbos:

  • As crianças pareciam chamar a mãe;
  • As crianças parecia chamarem a mãe.

Curiosamente, a segunda forma causa estranheza, mas é considerada gramaticalmente correta. É comum encontrarmos orações com essa estrutura em textos com linguagem literária, por exemplo.

  1. Concordância verbal com partícula se

A concordância do verbo se dará de acordo com a função desempenhada pela partícula se. Caso seja um pronome apassivador, a concordância verbal é feita com o sujeito:

  • Aluga-se casa;
  • Alugam-se casas.

No caso de a partícula se exercer a função de indeterminação do sujeito, a concordância verbal será realizada sempre com a terceira pessoa do singular:

  • Precisa-se de caseiro;
  • Precisa-se de caseiros.
  1. Concordância verbal com expressão haja vista

A expressão haja vista aceita dois tipos de concordância verbal: pode permanecer inalterada no singular ou flexionar somente o verbo haja, como nas seguintes orações:

  • É preciso economizar dinheiro, haja vista a cobrança de novos impostos;
  • É preciso economizar dinheiro, hajam vista as cobranças de novos impostos.

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