A Sociologia estuda muitos fenômenos da vida em sociedade, que são importantes para compreender as relações humanas, bem como a convivência entre os seres. Um dos conceitos mais importantes é o dos contatos sociais, que norteia praticamente todo e qualquer relacionamento vivido em sociedade.
Neste artigo do Gestão Educacional, você compreenderá mais a fundo a que se refere e como os contatos sociais e outros temas derivados são relevantes para a compreensão não apenas do que ocorre no dia a dia, mas também do desenvolvimento pleno da sociedade.
O que são contatos sociais?
O contato social é um elemento fundamental no convívio em sociedade, pois é dele que se torna possível qualquer interação e associação entre humanos. Por meio do contato social, as pessoas se relacionam socialmente, criam laços de identidade, aproximam-se e desenvolvem maneiras de atuação e determinados comportamentos que vão ser a base da formulação dos grupos sociais, bem como da sociedade.
Os grupos sociais, como sabemos, podem ser a família, a vizinhança, a escola, o local de trabalho. Ou seja, é nesses ambientes que são desenvolvidos os contatos sociais que permitem que os seres humanos convivam, travem diálogos e se estabeleçam de fato como animais sociais.
A sociedade é bastante dinâmica e está sempre em processo de transformação, fornecendo diversas formas de interação entre indivíduos, grupos, categorias, agregados e muitos outros, que agem e reagem em relação ao que trocam no dia a dia do convívio social.
E essa interação deve produzir uma mudança de comportamento das pessoas participantes, por conta justamente desse contato social e da comunicação que é produzida entre os indivíduos.
A relação entre as pessoas ou os agentes sociais pode influenciar um ou outro e pode valer tanto para um contato social mais direto quanto em um contato indireto. Mas, há situações nas quais a interação não provoca influência mútua, como quando um indivíduo lê um livro, em que ele é influenciado pelo conteúdo da obra, mas não consegue produzir alguma influência no autor. Isso vai depender do tipo de contato social que a pessoa terá.
Tipos de contatos sociais
Há, basicamente, dois tipos de contatos sociais: primários e secundários.
Os contatos sociais primários dizem respeito aos contatos pessoais que são diretos. Há uma maior intimidade e também um envolvimento emocional entre os indivíduos, já que esses contatos são mais próximos e as pessoas partilham de experiências juntas. Como exemplos, podemos citar as relações familiares, seja entre pais e filhos, entre marido e mulher, entre irmãos e irmãs, entre avós e netos.
Há, também, as relações de vizinhança que se enquadram nos contatos primários, pois trata-se de um tipo de vínculo mais próximo, já que as pessoas se veem com frequência, conversam, possuem objetivos aproximados, classe social semelhante, etc.
Também podem ser contatos sociais primários as relações sociais obtidas no ambiente escolar, no clube, na associação de bairro, entre outros.
Já os contatos sociais secundários apontam para relações impessoais, formais, que são calculadas meramente por um objetivo ou uma aspiração, seja para resolver um problema ou adquirir algum produto ou serviço.
Como exemplos temos o contato entre o passageiro e o cobrador ou motorista de ônibus na hora do pagamento da tarifa ou mesmo quando uma pessoa precisa pagar uma conta e se direciona até o caixa de uma agência bancária. As relações por meio de carta, telefone, e-mail e internet em geral também são consideradas como contatos sociais secundários.
Exemplos de contatos sociais na prática
Vale ressaltar, também, que os contatos sociais, primários ou secundários, poderão afetar o desenvolvimento da personalidade de diferentes pessoas. Por exemplo, um trabalhador do campo que vive em uma comunidade pequena, em que todos se conhecem e fazem as mesmas atividades, tende a manter um comportamento bem uniforme, com poucas transformações em sua vida social.
Por outro lado, um empresário da cidade tem um arco de contatos sociais muito mais extenso, já que ele se relaciona no dia a dia com a família, os vizinhos, seus funcionários, seus clientes, seus colegas. Em geral, trata-se de contatos secundários, pois muitos deles são formais, momentâneos e visam algum objetivo.
Isso é característico do ambiente urbano, de relações mais dinâmicas e fragmentadas, que prescindem da proximidade física e valorizam bastante o individualismo. Esse fenômeno surgiu a partir do aparecimento das cidades e se intensifica cada vez mais com o avanço das tecnologias, que vendem a redução das distâncias virtuais, mas acabam afastando cada vez mais as pessoas e tornando as relações mais impessoais.