Dentro do grupo dos artrópodes estão os crustáceos. Os crustáceos são divididos em dois grupos: os decápodes e os isópodes. Os decápodes possuem dez patas, como camarões, caranguejos, lagostas e siris, e os isópodes possuem ainda mais patas, como tatuí.
Quando comparado aos outros grupos de artrópodes, os crustáceos apresentam pouca diversidade de espécies. No entanto, esse grupo tem grande importância na cadeia alimentar, incluindo para os humanos.
Eles constituem a dieta de grande parte da população humana, como os caranguejos, as lagostas, os camarões e os siris. Assim, esses animais também representam grande importância econômica. Confira, abaixo, mais informações sobre esse grupo.
Características físicas
Esses animais apresentam grande variação morfológica. No entanto, os crustáceos são caracterizados pela presença de exosqueleto formado por uma série de segmentos. Durante o desenvolvimento, sofrem ecdises, que é o processo de crescimento dos animais que possuem exoesqueleto, e é controlado por hormônios.
O primeiro segmento corresponde à cabeça da maioria dos crustáceos, também chamada de ácron. Nessa região, encontram-se dois pares de antenas, um par de mandíbulas e dois pares de maxila.
O segmento seguinte é o abdomem, onde ficam localizadas as pernas. Essas pernas podem ser especializadas para andar, nadar, agarrar ou acasalar. Algumas espécies ainda podem possuir pinças ou garras nas pernas. A cauda tem diferentes formatos, curtas ou longas dependendo da espécie.
A lagosta-americana é considerada um dos maiores crustáceos, pesando até 20 quilos. Outro grande exemplar desse grupo é o caranguejo-aranha-gigante, do Japão, que possui patas de 3,7 metros de comprimento. Por outro lado, há espécies muito pequenas, como as pulgas-d’água, que medem menos de 6 milímetros.
Comportamento
Um dos comportamentos mais notáveis dos crustáceos é a marcha que alguns deles realizam. Essa marcha pode acontecer no fundo do mar, não se sabendo a razão do comportamento, e também em terra firme, em direção ao mar.
Habitat
Os crustáceos são mais comumente encontrados próximos à água, tanto doce quanto salgada, sendo 84% das espécies marinhas e 13% de água doce. Algumas ficam fixas à superfície, como pedras, barcos, baleias e conchas. No entanto, outras podem sobreviver na terra, em áreas arenosas ou lamacentas, como no mangue. São representantes desse grupo apenas 3% das espécies de crustáceos.
Alimentação
A grande maioria dos crustáceos são onívoros e podem consumir plantas, animais ou detritos vegetais de animais. Algumas espécies ainda se alimentam dos restos deixados por peixes ou outros animais marinhos.
Reprodução
A maioria dos crustáceos são dióicos, ou seja, possuem sexos separados, e realizam a copulação. No entanto, alguns exemplares são hermafroditas. Para reprodução, eles põem os ovos fertilizados ou carregam os ovos fora do corpo. A maioria das espécies são larvais quando nascem e vão sofrendo modificações ao longo do desenvolvimento.
Curiosidades
Dentre as alergias alimentares, os crustáceos são o segundo maior grupo responsável por esse problema. Em geral, as pessoas que são alérgicas a espécies de camarão, lagosta, caranguejo ou lagostim, por exemplo, são também alérgicas a outros alimentos.
Felizmente, a medicina atual conta com diversos exames para identificação precisa do tipo de alergia, para um diagnóstico correto. A primeira pergunta necessária é saber se a pessoa ingeriu peixe ou algum fruto do mar para, então, dar encaminhamento direcionado aos exames. Se alguma pessoa tem alergia a determinado fruto do mar, não necessariamente ela fica restrita para consumir outros deles.
Outro ponto importante que justifica a avaliação de cada caso é que, independentemente se a pessoa já se alimentou de frutos do mar e nunca teve reação, não significa que ela não possa desenvolver essa alergia ao longo da vida. É muito comum que o corpo manifeste alguns sinais, mas que não damos muita atenção, como diarreia, vômitos e cólicas.
Além de não consumir o alimento ao qual você possui alergia, é preciso tomar alguns cuidados. Restaurantes, por exemplo, precisam prestar atenção quanto aos instrumentos da cozinha, que não podem se misturar com outros. Outra ação recomendável, é sempre ler os rótulos dos produtos para se certificar de que não há substâncias alergênicas.
No caso de a pessoa já apresentar uma crise anafilática, é necessário injetar adrenalina via intramuscular. No entanto, apenas médicos habilitados podem fazer isso.