Deodoro da Fonseca – Quem foi? Biografia e Principais Feitos

O Marechal Deodoro da Fonseca foi um militar e político brasileiro, figura histórica das mais significativas na história do país.

Ele foi um dos responsáveis pelo fim do regime monárquico no Brasil, por meio da Proclamação da República, sendo o primeiro presidente do país.

Deodoro da Fonseca

Nascimento de Deodoro da Fonseca

Manuel Deodoro da Fonseca nasceu na vila de Alagoas Lagoa do Sul (atual Marechal Deodoro), em 5 de agosto de 1827. Vinha de uma família de militares, e seis dos seus sete irmãos lutaram na Guerra do Paraguai. Seu sobrinho, Hermes da Fonseca, também foi Presidente do Brasil, entre 1910 e 1914.

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Carreira militar

Seguindo a tradição da família, cursou a Escola Militar do Rio de Janeiro, entre 1843 e 1847. No ano seguinte, como cadete, participa de sua primeira ação militar, a Revolução Praieira, uma revolta contra o governo local.

Em 1865, já com a patente de capitão, participou da Guerra do Paraguai. Seu desempenho no conflito e a bravura com a qual encarou as missões lhe permitiram galgar vários postos na carreira militar. Ao final do conflito, em 1871, já era coronel.

Nos anos seguintes, ocuparia a função de comandante de armas e presidente (de forma interina) da província do Rio Grande do Sul. Em 1884, foi promovido a Marechal-de-Campo.

Proclamação da RepúblicaDeodoro da Fonseca

Ao longo da segunda metade do século XIX, houve um aumento da insatisfação com o regime de Dom Pedro II. Vários setores da sociedade, cada qual com seus motivos, mostravam descontentamento com as ações do Imperador, dos quais podemos destacar militares, republicanos, elite agrária e abolicionistas.

Entre esses grupos, uniram forças no sentido de afastar a monarquia. Para isso, era preciso a figura de um grande líder à frente do movimento, e o escolhido foi Marechal Deodoro.

Curiosamente, Deodoro era monarquista e, além disso, amigo pessoal do imperador. Ao mesmo tempo, as relações entre eles estavam estremecidas e o marechal andava muito chateado com a forma com a qual o imperador havia tratado certas questões. Entre elas, a proibição dos militares de se manifestarem pela imprensa, ordem desrespeitada pelo marechal, que lhe custou uma punição por parte do governo imperial.

Em 14 de novembro de 1889, correu, pela cidade do Rio de Janeiro, um boato de que o Visconde de Ouro Preto, desafeto do marechal, havia expedido uma ordem de prisão contra Fonseca. Aproveitando-se disso, os militares conseguiram convencê-lo a tomar a frente do grupo.

A princípio, a ideia do marechal era apenas destituir o visconde, mas um novo boato, de que o substituto escolhido seria Silveira Martins, outro desafeto de Deodoro, foi suficiente para fazê-lo mudar de ideia. No dia seguinte, 15 de novembro de 1889, a república foi proclamada, pondo fim ao regime imperial no Brasil.

Governo provisório

Um governo provisório foi instituído, tendo como presidente o próprio marechal. Entre as primeiras medidas estavam a ordem de exílio para a família imperial brasileira, a transformação das províncias em estados federados e a naturalização de todos os estrangeiros no país, caso quisessem.

Também, foi decretada a separação entre igreja e estado e a institucionalização do casamento civil. O governo provisório deveria durar até a criação de uma constituição, quando então uma eleição definiria o novo governo.

Deodoro da Fonseca

Deodoro presidente eleito

A constituição foi promulgada em 24 de fevereiro de 1891. Nas eleições ocorridas logo depois, Deodoro foi eleito, tendo como vice o Marechal Floriano Peixoto.

O novo governo de Deodoro foi curto. Teve de enfrentar a oposição do Congresso e de uma parte dos militares, além da desaprovação do povo, em virtude da crise econômica.

Em agosto de 1891, o congresso tentou aprovar uma lei que reduzia os poderes do presidente. Deodoro reagiu de forma violenta, dissolvendo o congresso, prendendo opositores, censurando a imprensa e decretando estado de sítio. A oposição reagiu, e a armada do Rio de Janeiro se revoltou, ameaçando bombardear a cidade, caso o Marechal não renunciasse ao cargo. Pressionado por todos os lados, Deodoro renuncia em 23 de novembro de 1891.

Fim da vida

Após a renúncia, o marechal se recolhe à sua residência, na cidade do Rio. Sofrendo de dispneia, um doença que dificulta a respiração, morreu em agosto de 1892. A maneira melancólica como encerrou sua carreira não diminuiu sua importância histórica, lembrada sempre em 15 de novembro, feriado nacional.

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