Ditados populares – O que são, o que representam e explicações

Os ditados populares, também chamados de provérbios, fazem parte do dia a dia das pessoas, sendo empregados com mais frequência na comunicação oral ou escrita coloquial.

Mas, afinal, você sabe o que é um ditado popular e o que ele representa? A seguir, abordamos essas questões e listamos exemplos de ditados populares mais utilizados atualmente.

O que são ditados populares e suas características?ditados populares

 

Ditados populares são frases curtas e de efeito, que têm como finalidade advertir ou aconselhar alguém. Curiosamente, todos eles sempre transmitem um conhecimento à pessoa.

Além da característica de ser uma frase curta, alguns ditados populares apresentam rima, que é um recurso oral facilitador da memorização, o que contribui para que esses provérbios permanecem e estendam-se entre várias gerações.

Como trata-se de uma frase popular, repetida durante gerações, não se sabe quem seja o autor delas. Outra característica marcante do ditado popular é a imutabilidade: eles permanecem quase os mesmos ao longo do tempo, sendo conhecidos e interpretados com facilidade.

O que os ditados populares representam

Os ditados populares representam a sabedoria popular, ajudando a constituir uma parte da cultura do país. Tais frases estão fortemente vinculadas à tradição e comunicação oral, exprimindo conhecimentos e conselhos que qualquer pessoa consegue entender.

Embora poucos saibam, o ditado popular não é algo restrito ao Brasil, pelo contrário, está presente na tradição de vários países (Estados Unidos, Alemanha e Japão, por exemplo), compondo, também, uma sabedoria popular nesses locais.

Quais são os ditados populares mais conhecidos?

Mas, o que os ditados populares querem dizer? Separamos alguns mais utilizados, aqui no Brasil, e suas respectivas definições.

Confira o que cada um deles significa e algumas origens desses provérbios, abaixo.

1. Onde Judas perdeu as botasditado popular

  • O que quer dizer: um lugar longe e desconhecido;
  • Origem: após trair Jesus e ser pago com 30 moedas, Judas entrou em depressão e se enforcou. Mas, seu corpo estava sem as botas e as moedas. Começou-se, então, a procura pelos sapatos, já que as moedas estariam ali dentro. No entanto, ninguém as achou. Daí o ditado ser utilizado para designar um local distante e desconhecido.

2. Casa da mãe Joana

  • O que quer dizer: local onde vale tudo, todo mundo faz o que quer;
  • Origem: acredita-se que a origem do ditado esteja associada a um provérbio italiano. A rainha de Nápoles, Joana, normatizou bordéis da cidade e as meretrizes a consideravam como uma mãe. Por isso, os bordéis eram chamados de “casa da mãe Joana”.

Quando esse ditado chegou ao Brasil, provavelmente durante a intensa imigração italiana, ele assumiu o sentido de “tudo ser liberado”, sem normas, ou seja, um local onde cada um faz o que entende e tem vontade.

3. Com o rei na barriga

O que quer dizer: uma pessoa egocêntrica e que pensa que merece tratamento especial;

Origem: vem do período da monarquia, quando as rainhas estavam grávidas. Nessa época, dizia-se que elas estavam “com o rei na barriga” e, por isso, deviam ser tratadas com atenção especial, já que estavam gerando herdeiros do trono.

4. Tirar o cavalo da chuva

  • O que quer dizer: desistir de algo porque não acontecerá;
  • Origem: no século XIX, o cavalo era o meio de transporte mais utilizado. Quando uma pessoa ia visitar outra, o animal ficava do lado de fora da casa. Se chovesse e o anfitrião quisesse que a visita ficasse mais tempo, ele mandava alguém tirar o cavalo da chuva e guardá-lo no estábulo.

Na prática, isso indicava para a visita que ela deveria desistir de ir embora rápido. Com o passar dos anos, o ditado passou a ser aplicado para que qualquer pessoa desistisse de quaisquer propósitos. Em alguns casos, a palavra “cavalo” é colocada no diminutivo, para expressar ironia.

ditado popular do cavalo

5. Pensando na morte da bezerra

  • O que quer dizer: estar pensativo, introspectivo e alheio ao seu redor;
  • Origem: os hebreus ofereciam, regularmente, bezerros a Deus, como uma representação de sua gratidão. Diz a lenda que um dos filhos do rei Absalão tornou-se afeiçoado de uma bezerra que seria sacrificada, mas ela não foi poupada. Então, o menino passou sua vida triste, sentado perto do altar “pensando na morte da bezerra”.

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