Um dos eventos astronômicos mais admirados pela população mundial é o eclipse – fenômeno que se configura como a interposição de um corpo celeste em frente a outro corpo celeste, causando um escurecimento parcial ou total daquele objeto.
Um exemplo é o eclipse solar, que, basicamente, acontece quando a Lua passa exatamente entre o Sol e a Terra. Conheça mais sobre esse momento tão esperado, como ele funciona, quando ocorre e quais os tipos existentes.
O que é eclipse solar?
O eclipse solar é aquele fenômeno astronômico que ocorre sempre que a Lua se dispõe entre o planeta Terra e o Sol. Quando nessa posição, há a formação de uma sombra, abrangendo uma pequena faixa da superfície terrestre, de modo que, durante o eclipse, a área permanece escurecida durante um intervalo de tempo limitado do dia em questão.
Durante o eclipse solar, duas áreas são projetadas na superfície terrestre, conhecidas como umbra e penumbra. A primeira (também chamada de área umbral) é onde há a manifestação do eclipse de forma total – a área em que, durante o fenômeno, tudo fica totalmente escuro. Já a segunda é onde o eclipse acontece de forma parcial, deixando o espaço com uma breve sombra.
Por isso, é entendido que um eclipse solar é quando o astro que ilumina o nosso planeta – o Sol – some por alguns minutos, por conta do posicionamento da Lua. Por curiosidade, na Antiguidade, o eclipse solar estava associado a superstições. Por exemplo, os chineses e babilônicos acreditavam que os eclipses ocorriam quando um dragão comia o Sol – dessa forma, esses povos lançavam flechas ao céu para espantar esse suposto monstro.
Somente em 585 a.C. é que as causas reais desse fenômeno natural começaram a surgir, graças ao grego Tales de Mileto, que conseguiu prever um eclipse solar com perfeita exatidão.
Como funciona o eclipse solar? Quando acontece?
É importante notar que é muito difícil de os eclipses solares apresentarem características similares. As razões são simples: o espetáculo depende do grau de inclinação da órbita lunar, assim como da própria distância da Terra com a Lua e com o Sol.
Assim, dependendo de como está essa distância, o eclipse solar pode nem sequer formar uma sombra por completo, somente um “ponto preto” – a Lua, em menor tamanho, de acordo com a nossa visão aqui da Terra, passando em frente ao Sol. Se a Lua estiver perto da Terra e esta permanecer longe do Sol, haverá a formação de uma sombra completa. Já se a Lua ficar muito longe da Terra, a sombra será incompleta.
Portanto, o eclipse solar só acontece em ocasiões em que a sombra projetada pelo satélite atinge algum ponto da superfície da Terra. E tem mais: o fenômeno só ocorre durante a Lua Nova.
Se não existisse essa inclinação entre os planos orbitais, os eclipses seriam bastante frequentes. No entanto, são dois eclipses solares por ano, de modo geral.
Um eclipse solar dura poucos minutos – geralmente, 7 minutos. Entretanto, o fenômeno de 15 de janeiro de 2010 foi até hoje o eclipse solar mais longo, com duração de 11 minutos e 7,8 segundos.
Tipos de eclipse solar
O tamanho da sombra que a Lua projeta na Terra determina o tipo de eclipse solar que irá acontecer. O desaparecimento do nosso astro (Sol) pode ser classificado em 3 tipos:
Anular
É o tipo de eclipse solar que ocorre quando a Lua está distante da Terra e a sua sombra não consegue encobrir o Sol em sua totalidade. Nesse tipo, nota-se que parte da área principal do Sol – chamada de fotosfera – permanece visível, o que gera um anel circular muito bem delineado ao redor da parte escura.
De acordo com os dados, cerca de 33% dos eclipses solares são desse tipo.
Parcial
Esse tipo de eclipse solar ocorre quando a Lua consegue cobrir somente uma parte do Sol, enquanto que o restante do astro continua bem visível.
São 35% dos casos de eclipses solares, sendo que este é ainda o mais perigoso para visualização a olho nu, afinal, o brilho do Sol é praticamente igual.
Total
Agora, o eclipse solar total é aquele em que há bloqueio completo da Lua em frente ao Sol, muito embora o astro não desapareça por completo, pois a parte externa da atmosfera do Sol continua visível, provocando um arco de brilho fraco.
27% dos casos são de eclipses solares totais. Note que ainda existem 5% de situações em que ocorrem eclipses híbridos, isto é, dependendo da localização em que são observados, os eclipses podem ser anulares ou totais.
Como observar um eclipse solar?
O espetáculo, mesmo lindo para os observadores comuns, requer cuidados. O eclipse solar não pode ser visto a olho nu, já que os raios-X e ultravioleta, emanados do Sol, podem machucar a retina e ainda causar cegueira.
Por isso, para observar um eclipse solar – independentemente de seu tipo –, você deve proteger-se da radiação cobrindo os olhos, preferencialmente utilizando óculos específicos para isso. Ainda, é possível utilizar a parte preta das chapas de raio-x como uma opção.
Caso queira utilizar binóculos ou telescópio, é necessário ter filtro especial para esse propósito. Lembre-se: observe o eclipse solar por poucos segundos, para não prejudicar a sua visão!
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