Segundo os cientistas, o planeta Terra tem aproximadamente 4,5 bilhões de anos. Esse longo período é marcado por profundas transformações geológicas que moldaram a face do planeta, deixando-o com o aspecto que apresenta hoje.
Essas transformações marcam o que os cientistas chamam de Eras geológicas, das quais a Era Mesozoica é uma das mais conhecidas e estudadas. Confira tudo a seu respeito aqui, no Gestão Educacional!
O que são eras geológicas?
Chamamos de eras geológicas os grandes períodos de tempo que dividem a história natural da Terra. Essa classificação é feita pela Comissão Internacional de Estratigrafia, órgão pertencente à União Internacional das Ciências Geológicas, com o objetivo de facilitar o estudo e a compreensão da evolução geológica do planeta ao longo do tempo.
Por meio do estudo de rochas e fósseis, os geólogos conseguem uma melhor compreensão, entre outras coisas, da idade da Terra, dos climas de épocas passadas, dos terremotos, da atividade vulcânica, da distribuição dos continentes e oceanos, do movimento das placas tectónicas e das atividades que deram origem aos vulcões.
Quais são as eras geológicas?
A história geológica do planeta Terra está dividida em quatro éons, que por sua vez, se dividem em eras, períodos, épocas e idades. A divisão, segundo a Comissão Internacional de Estratigrafia, é a seguinte:
- Éon Hadeano: o mais antigo de todos os éons, e não possuí divisão oficial;
- Éon Arqueano: duração entre 3,85 bilhões de anos e 2,5 bilhões de anos atrás, aproximadamente;
- Éon Proterozoico: duração que varia entre 2,5 bilhões e 542 milhões de anos;
- Éon Fanerozoico: vai de aproximadamente 542 milhões de anos atrás até os dias atuais.
Quais são as características da Era Mesozoica?
O mesozoico vai de aproximadamente 251 até 65,5 milhões de anos atrás. Está dividido em três períodos:
- Triássico;
- Jurássico;
- Cretáceo.
Esse período é mais conhecido pelo aparecimento, predomínio e desaparecimento dos dinossauros. O termo tem origem no grego, e significa “vida média”.
Período Triássico
O Triássico é um período que se estende de 252 a 201 milhões de anos atrás, e está dividido entre Triássico Inferior, Médio e Superior. Tanto o início quanto o fim do período são marcados por eventos de extinção em massa.
Os dinossauros apareceram, pela primeira vez, no Triássico, mas não se tornariam dominantes antes do Jurássico. Os primeiros mamíferos também evoluíram durante esse período, assim como os primeiros vertebrados voadores, os pterossauros.
O supercontinente Pangeia existiu até o Triássico, quando começou a se separar gradualmente em duas massas de terra: a Laurásia, ao norte, e Gondwana, ao sul. Com a separação, o clima global, quente e seco, tornou-se mais úmido. A extinção em massa no final do Triássico abriu caminho para o predomínio dos dinossauros no Jurássico.
Período Jurássico
Esse período vai de 201,3 até 145 milhões de anos atrás. Está dividido em Jurássico Inferior, Médio e Superior. Seu nome vem das montanhas Jura, situadas nos Alpes, que contêm grande quantidade de rochas desse período.
Durante o Jurássico, o clima quente e úmido possibilitou a proliferação de florestas, aumentando a diversidade de plantas e o surgimento das primeiras plantas com flores.
A fauna do Jurássico é marcada pela hegemonia dos répteis em todos os ambientes: dinossauros na terra, pterossauros no ar e plesiossauros no mar. As primeiras aves também surgiram no Jurássico. Nos oceanos, já existiam crocodilos marinhos, espécies de tubarões muito parecidas com as atuais, além de outros répteis marinhos.
Período Cretáceo
O Cretáceo compreende o período entre 145 e 66 milhões de anos atrás, aproximadamente. Esse período está dividido em duas épocas: Cretáceo inferior e Cretáceo superior.
Os dinossauros viviam seu auge na escala evolutiva quando ocorreu a extinção em massa desses grandes répteis e de diversas outras espécies de animais da Terra (aproximadamente 60% dos animais existentes).
A teoria mais aceita é a de que a queda de um meteoro de grandes proporções, na Península de Yucatán, no México, teria gerado, em função do impacto, um evento devastador, tendo como resultado terremotos violentíssimos, tsunamis gigantescos, além de longas erupções vulcânicas que despejaram toneladas de cinzas na atmosfera, contribuindo para o resfriamento do planeta.
O desaparecimento das espécies carnívoras permitiu o surgimento de novas espécies de mamíferos e aves, que puderam se desenvolver sem seus predadores naturais. Durante o Cretáceo, o planeta começou a tomar a forma como o conhecemos hoje.