Excitabilidade e Condutibilidade – Conheça estas propriedades fundamentais dos neurônios!

A excitabilidade e a condutibilidade são duas propriedades fundamentais para o funcionamento do neurônio. Sem essas propriedades, os neurônios não conseguem desempenhar suas funções.

O neurônio

Excitabilidade e Condutibilidade - Conheça estas propriedades fundamentais dos neurônios! (Imagem: Colin Behrens/Pixabay)
Excitabilidade e Condutibilidade – Conheça estas propriedades fundamentais dos neurônios! (Imagem: Colin Behrens/Pixabay)

O neurônio e as células da glia (ou neuróglia) são duas estruturas importantes que formam o tecido nervoso. O neurônio é a célula responsável pela condução de mensagens (os impulsos nervosos) do meio interno e externo.

Essa função só é possível porque os neurônios possuem duas propriedades essenciais para o seu funcionamento: a excitabilidade e a condutibilidade. Ambas são fundamentais para a comunicação do Sistema Nervoso Central com outras partes corpo. Entenda mais a seguir.

Excitabilidade (ou Irritabilidade)

A excitabilidade é o impulso nervoso gerado como resposta aos estímulos externos ou internos.

Ou seja, essa propriedade é o que permite que a célula consiga responder ou corresponder aos estímulos que recebe. Essa resposta é semelhante à corrente elétrica.

Condutibilidade

Já a condutibilidade é a transmissão da resposta dos impulsos nervosos. Essa transmissão ocorre em um curto espaço de tempo e em grande velocidade.

Estrutura dos neurônios

Os neurônios possuem uma estrutura complexa, mas quase todos apresentam três componentes importantes, sendo eles: os dendritos, corpo celular ou pericário e axônio.
  • Dendritos: são numerosas ramificações que recebem os estímulos do meio ambiente, de células epiteliais sensoriais ou de outros neurônios;
  • Corpo celular ou pericário: é a região central da célula onde as organelas estão concentradas. O pericário também recebe estímulos;
  • Axônio: conduz os impulsos que transmitem informações do neurônio para outras células, sejam elas nervosas, musculares ou glandulares. O axônio possui um prolongamento único, de diâmetro constante na maior parte de seu percurso, sendo ramificado em sua terminação.

Tipos de neurônios

Os tipos de neurônios se classificam segundo as funções que desempenham, sendo eles:
  • Sensoriais: recebem estímulos do meio externo e do próprio organismo;
  • Motores: controlam órgãos que executam movimentos, tais como glândulas exócrinas e endócrinas e fibras musculares;
  • Interneurônios: estabelecem conexões entre neurônios, sendo, portanto, fundamentais para a formação de circuitos neuronais desde os mais simples até os mais complexos.

Sinapse

A comunicação existente entre um neurônio com outro tecido chama-se sinapse. A sinapse é formada por um botão sináptico, que possui uma membrana pré-sináptica (momento anterior a sinapse) e uma membrana pós-sináptica (membrana que recebe a sinapse).

Já a fenda sináptica é o espaço entre o pré e pós-sináptico, local em que os mediadores químicos são liberados. Esses mediadores podem ser inibidores ou excitadores de membrana.

Os neurotransmissores (aminas, aminoácidos ou neuropeptídios) são transportados até os botões sinápticos, após serem sintetizados no corpo celular do neurônio, e armazenados nas vesículas sinápticas.

A cada impulso sináptico, essas vesículas liberam neurotransmissores na fenda sináptica que serão reconhecidos no pós-sináptico. Essa forma de sinapse é chamada de excitatória, mas, quando há a inibição de uma ação de resposta, é chamada de sinapse inibitória.

E os neurotransmissores só serão removidos da fenda sináptica após serem reconhecidos por seus receptores. Essa remoção se dá por degradação enzimática no interior da fenda ou por endocitose, para que possam ser reutilizados pelo botão sináptico.

Potencial de membrana

A parte externa e interna de uma célula possui uma voltagem. No entanto, existe uma diferença de voltagem (diferença de potencial) entre a parte externa e interna da membrana plasmática.

Essa diferença de potencial é denominada potencial de repouso, resultante da existência de diferentes cargas elétricas entre uma e outra superfície da membrana. O potencial de repouso controla a quantidade de íons que entram e saem da membrana plasmática de um neurônio.

Entretanto, os neurônios geralmente recebem um excesso de estímulos em sua membrana plasmática, tanto excitatórios como inibitórios.

A soma dessas sinalizações ocorridas na membrana dos dendritos e do pericário pode resultar na produção de um pico de despolarização denominado potencial de ação, cuja característica mais relevante é a sua propagação ao longo da membrana plasmática do axônio.

Referência

JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica: texto e atlas. 12.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013

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