Fitoplâncton – O que é? Qual a importância na Cadeia Alimentar?

Os fitoplânctons foram os primeiros organismos na Terra. Eles surgiram há mais de 3 bilhões de anos, durante o final do período pré-cambriano, e dominaram os ecossistemas oceânicos. Até que formas de vida mais complexas evoluíram por meio de processos naturais de seleção há cerca de 570 milhões de anos.

Entenda o que são os fitoplânctons

Fitoplâncton - O que é Qual a importância na Cadeia Alimentar (Imagem: FotoshopTofs/Pixabay)
Fitoplâncton – O que é Qual a importância na Cadeia Alimentar (Imagem: FotoshopTofs/Pixabay)

Os fitoplânctons são a menor forma de alga. Ele é encontrado em todos os tipos de ambientes aquáticos, desde oceanos a rios e lagos. Os fitoplânctons são importantes porque produzem metade do oxigênio da Terra.

Você pode não ter ouvido falar deles, mas conhece alguns animais que dependem dos fitoplânctons para se alimentar: salmão, camarão, krill e baleias. O valor nutritivo dos fitoplânctons depende de seu tipo: alguns tipos são ricos em proteínas, enquanto outros contêm carboidratos ou gorduras.

Tipos de fitoplâncton

Separamos, alguns tipos principais de fitoplânctons:

Diatomáceas

São algas unicelulares com casca de silício duro (diatomáceas). Estes organismos crescem em colônias, e suas conchas formam um pó que pode ser facilmente visto a olho nu.

As diatomáceas são encontradas nos oceanos, mas também ocorrem em lagos e rios. Elas têm um importante papel a desempenhar, pois fornecem alimento para outros organismos aquáticos, como peixes e crustáceos;

Dinoflagelados

Organismos planctônicos unicelulares com dois flagelos (rabos). Os dinoflagelados contêm pigmentos fotossintéticos chamados clorofilas que lhes permitem absorver a energia da luz solar durante a fotossíntese. Logo, isto lhes proporciona uma nutrição que ajuda a sustentar seu ciclo de vida;

Euglenófitas:

Também são chamadas de euglenoides, possuem flagelos que ajudam na locomoção, e o tipo mais conhecido é a Euglena.

Além disso, a euglena pode realizar fotossíntese caso haja presença de luz e nutrientes inorgânicos. A reprodução das euglenas é por divisão binária e não há registros de reprodução sexuada;

Algas pardas ou feofíceas

A maioria das algas pardas são marinhas, pluricelulares e são macroscópicas. As algas pardas possuem clorofilas tipo a e c que são associadas a carotenoides (fucoxantina) garantem a cor marrom;

Cianobactérias

Microscópicas e fotossintéticas, as cianobactérias, também conhecidas como algas azuis ou cianófitas, são organismos procariontes. Eles conseguem realizar a fotossíntese, mas, ao contrário de outros organismos fotossintéticos, não possuem fotossistemas organizados em cloroplastos.

Devido a isso, eles são frequentemente comparados a bactérias e algas. No entanto, muitas espécies de cianobactérias produzem toxinas que podem representar riscos significativos à saúde humana;

Algas verdes ou clorofíceas

Entre as algas mais abundantes e variadas estão as clorófitas. Esses organismos eucarióticos são incrivelmente versáteis, ocupando uma ampla variedade de ambientes.

Embora possam ser encontrados em muitos habitats diferentes, a esmagadora maioria dos clorófitas chama os ambientes de água doce de lar, com 90% deles existindo como plâncton nesses ambientes.

Algumas espécies de clorófitas podem ser encontradas em ambientes marinhos, mas na maioria das vezes são bentônicas. As clorófitas terrestres podem sobreviver em vários lugares, incluindo troncos úmidos e ravinas, bem como nas camadas de gelo encontradas nos polos da Terra.

Importância do fitoplâncton na cadeia alimentar

Os fitoplânctons são a base da cadeia alimentar, uma vez que é uma parte vital dos ecossistemas marinhos porque fornecem energia a todos os outros organismos do ecossistema subaquático.

Estes organismos também produzem o oxigênio que outros animais precisam para respirar, tornando-os uma parte importante da composição de nossa atmosfera.

Como os fitoplânctons são afetados pelas mudanças climáticas?

Segundo uma análise realizada pelo Laboratório de Algas Marinhas da USP, o aumento da temperatura em 2 °C a partir do ideal já é suficiente para desfavorecer a fotossíntese. Devido às intensas ondas de calor, o processo de fotossíntese pode ser impedido.

Esse fato impede a nutrição adequada das algas, o que, por sua vez, afeta a energia necessária para o crescimento, reprodução e sobrevivência das algas. A extensão desse dano pode variar e, em alguns casos, pode até resultar em morte ou perda da capacidade biológica de sobrevivência.

Além disso, esse estado enfraquecido pode tornar as algas mais suscetíveis a outros fatores, como doenças ou pequenas alterações na luminosidade, que não teriam um impacto tão significativo em algas saudáveis.

Referências

Com informações de: L.A.M (USP)

LINHARES, Sergio; GEWANDSZNAJDER, Fernando; PACCA, Helena. Biologia Hoje 2. 3. Ed. São Paulo: Ática, 2016.

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