Quando pensamos sobre a história do Brasil, encontramos diversos acontecimentos nesses mais de 500 anos. Mas, sem dúvida, um dos mais importantes é a Independência, em 1822 – fato que colocou fim ao domínio português no país.
7 de Setembro de 1822. Esse foi o dia que D. Pedro I gritou, às margens do riacho do Ipiranga, em São Paulo, “Independência ou Morte!“. Nesse momento, o Brasil rompia suas políticas anexas a Portugal e buscava autonomia econômica e social.
Motivos para que o povo brasileiro pedisse a separação da metrópole não faltavam. Improdutividade no setor agropecuário, comércio limitado a Portugal, estados governados pelo vice-Rei, que comandava em nome de Portugal. A situação econômica e política eram precárias!
Como aconteceu?
O Brasil viveu algumas tentativas de independência anteriores, como é o caso da Inconfidência Mineira, protagonizada por Tiradentes, morto pelo governo português.
Em 1808, a família real portuguesa chega ao Brasil fugindo da invasão napoleônica que acontecia na Europa. Para facilitar o governo e os negócios, em 1815, o rei D. João VI elevou o Brasil a reino e decretou o Reino de Portugal, Brasil e Algarves. Porém, Portugal vivia tempos de crise e insatisfação popular, o que fez D. João tomar a decisão de retornar a Lisboa e nomear seu filho D. Pedro I como Príncipe Regente do Brasil.
Pedro, juntamente com os ministros da colônia, passou a governar o país em março daquele ano. No entanto, a corte portuguesa estava insatisfeita com o príncipe no Brasil e passou a cortar o seu poder, exigindo que ele voltasse a Portugal.
No dia 9 de Janeiro de 1822, após receber uma carta com 8 mil assinaturas do povo pedindo para que Pedro ficasse, ele anunciou que permaneceria no Brasil – episódio que ficou conhecido como “Dia do Fico“, iniciando uma série de mudanças no governo.
O governante exigiu que as tropas portuguesas voltassem para Portugal, demitiu o antigo ministro do Reino e dos Negócios Estrangeiros, aliado a Portugal, e nomeou José Bonifácio como novo ministro. Além disso, não permitiu que nenhuma lei de Portugal fosse aplicada ao Brasil sem antes obter seu “cumpra-se”.
No dia 7 de setembro, enquanto viajava para São Paulo, Pedro recebeu cartas de sua esposa Leopoldina de Habsburgo-Lorena, contando que a corte portuguesa deu um ultimato, exigindo a volta da família real para Portugal. Insatisfeito com a corte e atendendo à população, Pedro declarou Independência, como conta a história, às margens do riacho do Ipiranga, em São Paulo.
O primeiro Imperador do Brasil
Em 12 de outubro de 1822, Pedro foi coroado Imperador do Brasil, tornando-se Dom Pedro I. No Brasil, havia uma grande pressão das Cortes para que D. Pedro retornasse a Portugal e que o país voltasse novamente a ser uma colônia. O General Avilez, que era Comandante do Rio De Janeiro e homem de confiança das Cortes, tentou obrigar D. Pedro a embarcar, mas foi impedido pela própria população.
Em 29 de Agosto de 1825, na negociação entre Brasil e Portugal, com intermediação da Inglaterra, foi assinado o Tratado de Amizade, firmado entre Brasil e Portugal. O Brasil aceitou pagar a multa de 2 milhões de libras esterlinas a Portugal, montante de dinheiro emprestado pela Inglaterra, dando início à dívida externa brasileira.
Dom Pedro I foi o Imperador do Brasil até 1831, quando abdicou do trono e voltou para Portugal, deixando o Brasil nas mãos de seu filho Dom Pedro II.
Resultados
Muitas decisões foram tomadas por D. Pedro I, incluindo convocar uma assembleia constituinte, para enfim criar a primeira constituição brasileira, além de visitar cidades, como Minas Gerais e São Paulo, para tentar acalmar a população que era contra a sua volta a Portugal.
Mas, como nem tudo é unanimidade. Em algumas regiões do Brasil, houve revoltas contra a Independência, as quais concentravam a maior parte das tropas portuguesas, sendo elas: Províncias da Cisplatina (atualmente Uruguai), Bahia, Piauí, Maranhão e Grão-Pará (atualmente apenas Pará). Essa guerra só foi cessada com o reconhecimento da independência brasileira por Portugal, por meio do Tratado da Amizade e Aliança, em 1825.
Apesar da independência, o país não passou por grandes mudanças sociais. Ao contrário do que defendia José Bonifácio, a escravidão não foi abolida, os verdadeiros beneficiados do processo foram os fazendeiros e latifundiários, que, inclusive, tiveram seus privilégios políticos ampliados, e a distribuição de renda continuou extremamente desigual – muitos pobres sequer chegaram a tomar conhecimento do processo de independência.
Agora que você já sabe um pouco mais a respeito da Independência do Brasil, que tal testar os seus conhecimentos nos exercícios que preparamos para você? Basta rolar até o final da página e se divertir! Ah, e não deixe de compartilhar com os seus amigos, desafiando eles também.