A maré vermelha é um fenômeno natural que ocorre quando as populações de fitoplâncton no corpo de água são suficientemente altas para serem visíveis. Este fenômeno afeta a vida oceânica e causa doenças humanas.
Saiba mais sobre este fenômeno natural a seguir nesta matéria do Gestão Educacional!
O que é maré vermelha?
A maré vermelha é uma floração de algas nocivas que envenenam a vida marinha e os seres humanos.
É causada pelos dinoflagelados — organismos unicelulares microscópicos — que produzem toxinas que prejudicam peixes, crustáceos, aves e mamíferos quando a consomem.
Estes tipos de algas geram toxinas, produzem oxigênio e afetam a vida marinha de muitas maneiras sutis. Elas são mais encontradas em áreas costeiras, onde há um bom suprimento de nutrientes, incluindo nitratos e fosfatos de esgoto agrícola ou estações de tratamento de esgoto.
Quando as condições estão corretas, as marés vermelhas também podem aparecer fora da costa, mas geralmente não representam nenhum perigo. A menos que alguém entre em contato direto com elas devido ao seu tamanho muito pequeno, o que dificulta vê-las mesmo sem equipamento de ampliação.
Tipos de marés vermelhas
A Maré vermelha é causada por dois tipos de algas: dinoflagelados e diatomáceas. Entenda, a seguir:
- Dinoflagelados: são um tipo de algas microscópicas encontradas tanto em água salgada quanto em água doce, e geralmente são de cor vermelha ou marrom. Elas podem causar mortes de peixes, intoxicação por marisco, irritação respiratória e outros sintomas que afetam os seres humanos que entram em contato com elas. Estas ocorrem naturalmente no oceano, sem causa ou razão aparente;
- Diatomáceas: as flores de diatomáceas são causadas pela poluição e é prejudicial à vida marinha e aos seres humanos. Quando as diatomáceas crescem em grande número e formam tapetes densos na superfície da água, elas absorvem tanto oxigênio que não fica nada disponível para outros organismos. A falta de oxigênio causa a morte de peixes, além de problemas no ecossistema marinho. Um exemplo destes problemas é a diminuição da biodiversidade. Os organismos também podem esgotar o suprimento de oxigênio dissolvido na coluna d’água, o que pode causar condições hipóxicas (ambientes com falta de oxigênio), resultando em mortalidades em massa entre as espécies de peixes.
Causas da Maré vermelha
A maré vermelha pode ser provocada por alterações na salinidade, aumento da temperatura da água do mar ou pelo excesso de sais minerais, originados do despejo do esgoto doméstico ou trazidos por correntes marinhas, que sustentam uma população maior de dinoflagelados.
Consequências para saúde humana
Dependendo da espécie, são liberadas na água substâncias tóxicas que envenenam e matam milhares de seres aquáticos. Além disso, a ingestão de peixes e moluscos contaminados também pode envenenar o ser humano, que apresenta, então, diarreia e problemas respiratórios e cardiovasculares.
Impactos ambientais e econômicos da maré vermelha
- Fechamento de áreas de pesca: ao surgir a maré vermelha em determinado local, a pesca é impedida por autoridades a fim de proteger a saúde da população, evitando o consumo. No entanto, isso gera prejuízos econômicos para pescadores e empresas que dependem da pesca para sobreviver;
- Impacto no turismo costeiro: as algas que formam a maré vermelha são muito danosas e afetam até mesmo o turismo. Isso porque quando identificada a presença de maré, as praias e atividades aquáticas ficam proibidas naquela região e isso contribui para que o número de turistas caia, afetando não só a economia como também toda a população que depende dessas atividades turísticas;
- Mortandade de peixes e vida marinha: uma região que apresenta uma forte maré vermelha encontra-se com uma alta concentração de toxinas. Essas toxinas são extremamente prejudiciais a todas os seres aquáticos que vivem naquele ambiente, causando uma grande mortandade. Essa mortandade gera impactos negativos não só no ambiente marinho como também no ambiente costeiro, causando um desequilíbrio ambiental.
Você também pode gostar de ler:
Biólogo marinho: tire todas as suas dúvidas sobre essa profissão
Referência
LINHARES, Sergio; GEWANDSZNAJDER, Fernando; PACCA, Helena. Biologia Hoje 2. 3. Ed. São Paulo: Ática, 2016.
PEREIRA, Renato Crespo; SOARES-GOMES, Abílio (Org.) Biologia marinha. Rio de Janeiro: Interciência, 2002.
