13 palavras que estão desaparecendo da língua portuguesa

Você já deve ter reparado que, muitas vezes, os mais velhos não entendem algumas palavras que você fala e nem você entende algumas expressões do tempo da sua avó. De fato, há palavras desaparecendo da língua portuguesa.

Há também alguns exemplos famosos de mudanças no formato ou na grafia das palavras, como a mudança de “vossemecê” para “você” ou o fato de que, há 100 anos, escrevia-se farmácia com “ph”, ou seja, “pharmacia”. Mas por que isso acontece?

Por que a língua muda?

A língua é viva e, por isso, acompanha as mudanças da sociedade da qual faz parte. A adaptação vai sempre ocorrer em diversos âmbitos e isso inclui os vocábulos e as expressões linguísticas.

Isso significa que, conforme os hábitos, costumes, tecnologias e eventos sócio-históricos se modificam, a língua se modifica também. Afinal, trata-se de um instrumento de uso por um grupo de falantes que está vivendo essas mudanças e tem a necessidade de expressá-las e de se comunicar a partir delas.

A mudança da língua através do tempo é chamada de variação diacrônica ou histórica. Há inúmeros fatores socioculturais operando para influenciar essas variações, incluindo as relações internacionais, a popularidade de manifestações artísticas (por exemplo, músicas ou filmes de sucesso) e o papel dos veículos de comunicação.

Tecnologia e as mudanças na língua

Apesar de a mudança ser uma característica sempre presente em qualquer língua, o atual cenário de avanços tecnológicos cada vez mais intensos e o acesso ampliado à internet tem também seus efeitos na dinâmica da língua.

A comunicação instantânea leva a muitas abreviações, ao encurtamento de expressões e até mesmo a confusões que se tornam memes e, posteriormente, são adotadas como gírias. Talvez o aspecto mais perceptível seja o maior uso de estrangeirismos, principalmente do inglês.

Em algumas profissões, a impressão é que há mais palavras desaparecendo do português, pois estão sendo substituídas pela sua versão em inglês. Por isso é importante se atentar sempre para possíveis excessos.

Além disso, as novas palavras surgem mais rapidamente e, devido à falta de contato com as redes sociais, pessoas mais velhas podem ter até maior dificuldade de se comunicar com as gerações atuais.

Palavras que estão desaparecendo do português

10 palavras que estão desaparecendo da língua portuguesa (Imagem: Gestão Educacional - Kroshka_Nastya/FreePik.com)
10 palavras que estão desaparecendo da língua portuguesa (Imagem: Gestão Educacional – Kroshka_Nastya/FreePik.com)

Olhar para palavras que não se usa hoje da mesma forma como antigamente é um exercício de curiosidade que pode revelar mudanças de um momento histórico, ou seja, costumes e tradições que estão sendo proporcionalmente abandonados.

Normalmente, o desaparecimento de palavras ocorre aos poucos, não sendo algo súbito. Contudo, há alguns vocábulos que caem no esquecimento mais rapidamente.

Confira, abaixo, a nossa seleção de 10 palavras que estão desaparecendo da nossa língua:

  • Borocoxô – um adjetivo atribuído a algo ou alguém triste, desanimado.
  • Pitéu – um adjetivo atribuído a algo ou alguém bonito(a).
  • Lambisgoia – uma pessoa (geralmente do gênero feminino) que é considerada antipática, sem-graça ou pretenciosa.
  • Sirigaita – uma pessoa (também geralmente do gênero feminino), que é considera promíscua.
  • Bulhufas – nome que significa nada, coisa alguma.
  • Boco-moco – uma pessoa (independente do gênero) que é considerada ultrapassada e, ao mesmo tempo, pretenciosa e autoritária.
  • Munheca – uma pessoa (independente do gênero) que regula muito seus gastos, gastando as vezes até menos que o necessário; utilizamos mais a gíria pão-duro hoje em dia.
  • Supimpa – um adjetivo atribuído a algo ou alguém legal, divertido.
  • Chuchu – legume que foi transformado, enquanto gíria, para um adjetivo que é atribuído a algo ou alguém querido(a); há também a expressão também pouco utilizada chuchu beleza, que significa algo bom, legal.
  • Lero-lero – nome para uma conversa chata, boba, sem sentido.
  • Chumbrega – aquilo que hoje chamamos de “cafona”, espalhafatoso, exagerado e fora de moda.
  • Chapoletada – o mesmo que um golpe, um tapa forte, uma bofetada.
  • Balacobaco – aquilo que é fantástico, extraordinário; a expressão usada era “do balacobaco”.

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Referências

FELIX,D. Do tempo do Ariri Pistola.  Jornal de Santa Catarina, 2012.

 

 

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