ESTE é o perfil de quem trabalha no exterior: média salarial é de R$ 14 mil

Nos últimos anos o mercado de trabalho se transformou. Home office é uma realidade que favorece a todos, empresas e funcionários e, com isso, houve um movimento rápido de empresas estrangeiras contratando brasileiros. Com uma nova pesquisa feita em 2022 podemos finalmente ter uma ideia do perfil de quem trabalha no exterior.

Vantagens de trabalhar no exterior morando no Brasil

A pesquisa da Husky nos mostra que, entre 2020 e 2022, o número de brasileiros que moram aqui mas trabalham no exterior aumentou em inacreditáveis 491%. É quase 6 vezes mais que em 2019, antes da pandemia!

Isto se deve principalmente à rápida digitalização de processos e a popularização do modelo home office de trabalho. 

Além disso, há um abrupto movimento de terceirização em empresas estrangeiras, especialmente as do setor de tecnologia. Ele ganhou força no segundo semestre de 2022, e se tornou cada vez mais intenso a partir de 2023.

Vida financeira

Obviamente, há um forte motivador financeiro, que também é a principal vantagem deste modelo.

Isto porque, com o dólar nas alturas, receber um salário na moeda estadunidense é o cenário perfeito. E, mesmo que você receba em outra moeda, a chance é que será em Euro ou Libra, duas outras muito valorizadas quando comparadas ao Real.

Oportunidades

Outra vantagem é a quantidade de vagas. Ser capaz de trabalhar para empresas no exterior te abre um leque enorme de possibilidades, pois agora todo país do mundo é seu mercado.

Liberdade

Por fim, trabalhar pela internet e no horário que quiser te dá total liberdade. Dessa maneira, você não precisa sair da cidade natal para trabalhar. Por outro lado, caso queira, pode se mudar para um local mais tranquilo ou com custo de vida mais baixo, fazendo seu salário render ainda mais todo mês.

Qual o perfil de quem trabalha no exterior morando no Brasil?

Uma pesquisa recente nos dá uma visão muito ampla do perfil de quem trabalha no exterior. Ela foi efetuada em novembro de 2022 pela Husky, plataforma de transferências financeiras internacionais, e traz dados demográficos interessantes.

Onde moram

Apesar de o trabalho remoto democratizar mais as oportunidades, ainda vemos uma concentração de trabalhadores nas regiões sudeste, onde 53,4% dos trabalhadores avaliados moram, e sul, com 23,57%. A região nordeste vem logo em terceiro (14,41%), seguida da centro-oeste (6,33%) e norte (2,29%).

Diversos fatores podem explicar estes números, desde a densidade populacional, até a disponibilidade de cursos capacitantes e a preferência por morar próximo a centros urbanos chave do país.

Idade

Apesar de mais da metade de quem trabalha no exterior ser formada por jovens adultos, a pesquisa mostrou que há uma distribuição interessante na idade destes profissionais, com destaque para quem tem 36 ou mais.

Logo, podemos assumir que há oportunidades para todos, desde quem está começando em uma carreira até os veteranos.

Os profissionais avaliados se encaixam nas determinadas faixas etárias.

  • 18 a 25 anos – 17,86%
  • 26 a 35 anos – 51,81%
  • 36 a 49 anos – 24,60%
  • 50+ anos – 5,73%

Há quanto tempo recebem em moeda estrangeira

Quando se avalia o tempo em que estas pessoas recebem em moeda estrangeira através da plataforma, fica claro o impacto da pandemia de COVID-19 e da terceirização no trabalho.

A maioria o faz há um ano ou menos (53,93%), seguido daqueles neste modelo entre 1 e 3 anos (31,84%) e há mais de 3 anos (14,23%).

Com o que trabalham

A pesquisa da Husky nos mostra que 81,90% destes profissionais são da área de tecnologia da informação (TI). Em seguida, e muito atrás, vem profissionais da área de design e artistas, que representam 4,10% do total.

As demais ocupações são a de empresário (3,40%), em marketing (2,70%), como influencer (1%) e outras áreas, como RH e estudantes, que, juntas, formam os 6,80% restantes.

Quanto ganha um brasileiro que trabalha para empresas no exterior

Um dado importante é a média salarial destes profissionais. Ela fica em US$ 2.655,22 que, quando convertidos para nossa moeda, dá quase 14 mil reais. Assim fica claro como a valorização do dólar é um peso enorme para adoção deste modelo de trabalho.

Abaixo detalhamos quanto ganha por mês o brasileiro que trabalha para oexterior segundo a pesquisa.

  • Até 5 mil dólares – 74,19%
  • Entre 5 e 10 mil dólares – 17,50%
  • Entre 10 e 25 mil dólares – 3,28%
  • Mais de 25 mil dólares – 5,03%

Por fim, a pesquisa revelou que 89,47% destes profissionais recebem em dólar (US$), apenas confirmando a tendência internacional em utilizar a moeda dos Estados Unidos. Os demais recebem em Euro (6,65%), Dólar Canadense (1,93%), Libra (1,38%) e outras moedas (0,58%).

Para acessar a pesquisa basta ir ao site da Husky.

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