Os pinguins são aves que pertencem à ordem dos Sphenisciformes, mas não podem voar. Eles utilizam suas asas modificadas para nadar. No total, são 18 espécies que habitam majoritariamente a região Sul do planeta.
Esses animais apresentam características reprodutivas muito interessantes, como o retorno para o mesmo local, ano após ano, para se reproduzir, e algumas espécies que mantêm até mesmo o par reprodutivo, numa relação monogâmica.
Características físicas
O corpo dos pinguins é praticamente todo coberto por penas curtas. Seu padrão típico é a cor branca com as costas pretas e algumas espécies que podem apresentar tufos de penas amarelas ao redor das orelhas.
A altura deles varia entre 0,35 e 1,14 metros e o peso entre 1 e 40 quilos. A maior espécie de pinguim é o pinguim-imperador, que pesa aproximadamente 40 quilos.
Como não nadam, suas asas são especializadas na natação e possuem formato de remos. Os pés possuem membranas interdigitais que também auxiliam no nado, e suas pernas são curtas.
Comportamento
Os pinguins são excelentes nadadores, mas não podem voar. Durante o período reprodutivo, realizam vocalizações e exibições visuais para corte. O período de maior atividade varia conforme a espécie, podendo ser diurno ou noturno.
Habitat
Em sua grande maioria, os pinguins são encontrados no hemisfério Sul, principalmente na Antártica. Algumas espécies ocorrem na África, Nova Zelândia, Austrália e nos países da América do Sul. Somente o pinguim-das-galápagos habita uma região mais quente, na costa do Equador.
Alimentação
São animais carnívoros que buscam seu alimento no oceano. Sua dieta é composta majoritariamente por peixes, lulas e krill, um crustáceo.
Reprodução
Durante o período reprodutivo, os pinguins formam colônias. A maioria deles retorna ao mesmo local todos os anos para se reproduzir. No entanto, o ciclo de vida e tempo de gestação varia com a espécie e localização geográfica.
A maioria das espécies se reproduz apenas uma vez por ano.
A maioria das espécies bota dois ou três ovos por vez, com exceção do pinguim-imperador e do pinguim-rei. O período reprodutivo, em geral, ocorre durante a primavera ou o verão, quando o tempo é mais ameno. Para corte, a maioria das espécies exibe vocalizações, principalmente para diferenciar os sexos, uma vez que são fisicamente muito semelhantes.
A incubação dos ovos é realizada por ambos os sexos, com exceção do pinguim-imperador, sendo o macho o responsável.
Após botar os ovos, as fêmeas saem em busca de alimento e retornam para substituir o macho entre 10 e 20 dias, com exceção da fêmea de pinguim-imperador, que só retorna ao final do período de incubação.
Durante esse tempo, o macho de pinguim-imperador sobrevive com a reserva de gordura corporal. Os filhotes demoram entre 24 a 45 horas para saírem dos ovos e buscam por comida imediatamente. Os pais regurgitam na boca dos filhotes para a alimentação uma mistura de peixes e crustáceos pré-digeridos. Os pinguins recém-nascidos permanecem com os pais nos primeiros dias e depois se juntam aos outros filhotes no “berçário”.
Dependendo das condições climáticas, a mortalidade tanto de ovos quanto de filhotes é alta, entre 40 e 80%. Além disso, predadores ameaçam a sobrevivência dos filhotes, como gaivotas e outras aves marinhas.
Até atingir o desenvolvimento completo e se tornarem independentes dos pais, o período varia entre 5 e 14 meses.
Curiosidades
Todas as espécies de pinguins estão protegidas contra a caça e coleta de ovos pela CITES (Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Flora e da Fauna Selvagens em Perigo de Extinção). No entanto, algumas estão classificadas como ameaçadas de extinção, como o pinguim de Humboldt e o pinguim africano.
Infelizmente, o homem é a maior ameaça para esses animais, em função da caça para consumo da carne, óleo, ou até para uso como fertilizantes. Além, é claro, da pesca predatória, que reduz as populações de presas consumidas por esses animais.
Outro fator que impacta na sobrevivência das populações de pinguins são as espécies exóticas introduzidas em áreas de ocorrência, como gatos, cachorros, porcos e furões, que caçam filhotes, ovos e até pinguins adultos.
Por fim, outro impacto que reflete na sobrevivência desses animais são as mudanças climáticas e a poluição atmosférica e das águas dos oceanos, que derretem geleiras e fragmentam os habitats. Fora isso, os derramamentos de petróleo encharcam os animais de óleo, impedindo que consigam se limpar, o que acaba por provocar morte por intoxicação.