A palavra cidadão é um substantivo simples. Na língua portuguesa, há dois tipos de substantivos: contáveis e não-contáveis. Mas qual o plural de cidadão? Cidadãos ou cidadões?
Os substantivos contáveis são os que podem conter unidades, como “casa”, “homem”, “cachorro” e “cidadão”, pois podemos falar de um, dois ou três de cada um desses substantivos. Portanto, a categoria gramatical dos substantivos possui um setor no qual há flexão de número, pois considera-se que os objetos podem variar em quantidade – só aí, já da pra saber que, independentemente da forma, a palavra cidadão tem que ter uma forma plural.
Geralmente, é fácil no português pluralizar os substantivos contáveis: basta acrescentar um -s a esses nomes, como em “casa-s”, “cachorro-s”, por exemplo.
No entanto, alguns substantivos apresentam algumas dificuldades por sua estrutura, como é o caso de cidadão, que termina em -ão, terminação a qual há variação quando vamos passar as palavras para o plural. Vejamos a seguir porque, no caso de cidadão, basta acrescentar um -s.
Cidadãos ou cidadões?
O plural correto da palavra cidadão é “cidadãos”.
Agora, vamos entender as particularidades da palavra cidadão pelo fato de ela ser terminada em “ão”: muitas palavras terminadas em -ão exigem apenas a adição de -s, pois seguem as mesmas regras das palavras terminadas em -o.
Em outros substantivos com a mesma terminação, -ão vira -ães no plural, como no par “pão” e “pães”, e em outras “-ão” pode virar “-ões”, como na própria palavra “terminação”, que vira “terminações”.
Segundo especialistas na área da sintaxe, isso ocorre porque em alguns desses substantivos há uma mudança na vogal temática quando colocamos no plural, ou seja, o morfema responsável por ligar o radical das palavras as desinências muda e, assim, consequentemente, muda-se também a estrutura da palavra.
Referências
CUNHA, C; CINTRA, L. Nova gramática do português contemporâneo. 7. Ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2017.
BECHARA, E. Moderna Gramática Portuguesa. 37 edição. Rio de Janeiro: Editora Nova fronteira, 2009.