A palavra “mal” é um termo terminado em -al. Especialistas da área da sintaxe explicam que o plural das palavras terminadas em -l é, geralmente, formado a partir da restituição da vogal temática -e, que advém das formas originarias do latim. Diante disso, fica a dúvida: qual o plural de mal?
Geralmente, essa vogal temática vira a semivogal -i na língua portuguesa. No entanto, no caso de mal, o plural será formado por essa vogal temática -e e o -s, que indica a flexão de gênero, se transformando em “males”.
Portanto, o plural de mal é males.
Significado
A palavra mal pode ter vários significado, dependendo de como é utilizada!
Vejamos alguns exemplos de uso:
- Ele sofreu esse mal por cinco anos.
- Que criatura mal educada!
- Eu mal cheguei, e já me mandaram embora.
Nos exemplos acima, a palavra mal está sendo usada, respectivamente, como substantivo, advérbio e conjunção. Quando utilizada como substantivo, a palavra está geralmente ligada a doenças. Quando usada como advérbio, geralmente significa o contrário de bem, algo ruim, irregular. Por fim, se utilizada como conjunção, toma o significado de “assim que”, “logo que”.
Mal x Mau – o plural
Há uma confusão já antiga entre os estudantes em relação aos termos mal e mau. E agora, qual são os plurais de cada um?
Bom, já vimos que mal pode ser substantivo, advérbio ou conjunção; mau, no entanto, sempre será adjetivo. Por seus usos, e também por suas terminações diferentes, os plurais dessas palavras acabam sendo bem diferentes também.
Enquanto o plural de mal é males, o plural de mau pode ser maus, quando no masculino, e más, quando passamos a palavra para o feminino.
Mau pode ter não só flexão de número, mas também de gênero, já que se trata de um adjetivo, que pode se referir a substantivos masculinos ou femininos. Tanto ao pluralizar mau, no masculino, ou má, no feminino, basta adicionar a desinência de flexão de número -s: más e maus.
Referências
CUNHA, C; CINTRA, L. Nova gramática do português contemporâneo. 7. Ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2017.
BECHARA, E. Moderna Gramática Portuguesa. 37 edição. Rio de Janeiro: Editora Nova fronteira, 2009.