O povoado de Oslo desempenha um papel importante na história, principalmente da Europa, entre os séculos VIII e XI. “Povoado de Oslo” é uma das formas utilizadas para se referir aos vikings, que formavam a antiga civilização da Escandinávia. Na época, também eram conhecidos como normandos ou nórdicos.
Qual a importância do povoado de Oslo para a história
1. Invasões, colonizações e explorações de terras
Entre os séculos VIII e XI, os vikings foram responsáveis por invadir, explorar e colonizar áreas de grande porte, na Europa e no Atlântico. A esse período da história também se dá o nome de Era Viking.
Os vikings utilizavam embarcações para realizar suas viagens, em busca de novas terras e riquezas, para que seu império fosse formado. Durante o período de expedição, eles se estabeleceram na costa do mar Báltico, Normandia, Rússia continental e Inglaterra.
Além disso, atacaram as costas da Itália, Espanha, Portugal e chegaram até partes da Palestina e América, mais especificamente no Canadá, onde tentaram uma colonização, mas não tiveram sucesso.
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Durante essas viagens, os vikings saqueavam as cidades, formando colônias e estabelecendo diferentes tipos de comércio. Chegavam a lutar com os locais, usando lanças e machados, conseguindo se estabelecer em diferentes regiões, pela força e batalha. Por isso, muitos eram considerados guerreiros.
Acredita-se que os vikings partiram em buscas de novas terras porque o território em que viviam não dava mais conta de abrigar a população total, em constante crescimento, muito menos de alimentar a todos, já que a produção agrícola era diminuta.
2. Conhecimento de navegação
No período de expansão, um detalhe chama a atenção: a embarcação dos vikings – que tinha alta velocidade e fazia com que eles conseguissem chegar em locais de surpresa ou ainda facilitava fugas.
Por isso, atribui-se aos vikings um grande conhecimento de navegação, além do uso de técnicas que existiam até então, sendo esses fatores impulsionadores da expansão desse povo e do domínio de diferentes terras pela Europa.
Curiosamente, tal embarcação recebeu o nome de dracar, que significa dragão, uma referência à cabeça do animal, esculpida em madeira, na frente dos navios.
3. Militarização europeia
A tradição militar entre os vikings era extremamente forte, enquanto no restante da Europa esse segmento era marcado pela instabilidade – o que possibilitou que diversas invasões e batalhas fossem travadas por terras.
Diante da situação de invasões, o restante da Europa não viu outra saída a não ser se fortalecer militarmente, para evitar o avanço dos vikings em suas terras. Isso fez com que batalhas sangrentas fossem travadas, nesse período histórico.
Além disso, foram os próprios militares que limitaram a expansão dos vikings pela Europa. A partir do século XI, os nórdicos começaram a perder batalhas, apresentando claros sinais de desgaste.
A militarização, somada à expansão do cristianismo e à mescla de cultura com outros países europeus (alguns nórdicos se tornaram franceses e russos, por exemplo), levou ao declínio da Era viking.
Sociedade do povoado de Oslo
O povoado de Oslo tinha uma organização social própria: a figura principal era o rei, o qual todos respeitavam. Abaixo dele estavam os jarls (homens ricos e latifundiários).
Depois dos jarls vinham os karls, que são o povo livre – inclusive, a maioria dos vikings eram karls. Por último, estavam os thralls, que são escravos e prisioneiros de batalhas.
Todos eles viviam em fazendas e levavam uma vida comunitária, na qual os membros se ajudavam e o trabalho era dividido de acordo com o que cada um sabia fazer, tornando a sociedade produtiva.
A família é um conceito marcante na sociedade viking, sendo a provedora de alimento e abrigo. Havia disputas entre famílias e, no caso de morte, sempre ocorriam vinganças para sanar prejuízos.
Outro ponto importante da sociedade era a mitologia e religião. Os vikings cultuavam seus ancestrais, veneravam deuses (como Odim e Tor) e utilizavam histórias orais populares para explicar fenômenos da natureza ou coisas ao seu redor. Ademais, a religião influenciava diretamente no caráter do viking, que sempre se posicionava como guerreiro.
Já as mulheres cultivavam um status de liberdade, podendo herdar propriedades e assumir a posição de chefe da família. Muitas, inclusive, eram guerreiras e lutavam em invasões vikings, o que mostrava um certo equilíbrio entre homens e mulheres, especialmente se considerar que a sociedade era bastante violenta na época.