Podemos começar com a pergunta filosófica: O que é matéria? Matéria é tudo que é palpável ao nosso redor e constituinte de massa, ocupando um espaço, ou seja, tem um volume.
Assim sendo, inúmeros componentes podem ser passíveis de estudo, bem como medidos.
Cada tipo de matéria conta com particularidades denominadas de propriedades da matéria. A química e a física são as linhas que estudam tais propriedades, a fim de que possamos usá-las apropriadamente.
Tais fundamentos podem ser divididos de acordo com diferentes critérios, mas uma das classificações mais comuns são as propriedades gerais e específicas da matéria.
Propriedades gerais e específicas da matéria
As propriedades específicas também podem ser chamadas de intensivas, e as propriedades gerais de extensivas.
As propriedades específicas são inatas da substância, ou seja, não dependem da quantidade da amostra analisada. Elas são, muitas vezes, utilizadas para identificar a substância.
Já as propriedades gerais estão relacionadas à quantidade de substância estudada.Por exemplo, se descrevermos determinada substância como líquida e incolor, você pode pensar em algumas possibilidades, como a água e o álcool. Então, como diferenciá-las?
O ponto de ebulição dessas duas substancia são diferentes, o que poderia ser utilizado para distingui-las. Da mesma maneira que utilizar a temperatura ou a massa de um corpo para classificá-lo não é suficiente, pois duas pessoas podem ter a mesma massa corporal, por exemplo.
As propriedades específicas, como o valor de densidade e o calor específico, são diferentes para cada elemento e não dependem das dimensões do sistema estudado. Portanto, são mais adequadas para classificar substâncias.
Essas propriedades da matéria podem ser divididas em propriedades químicas e físicas:
- Propriedades químicas: são aquelas referentes à composição química da matéria, como ela se comporta em relação a outros reagentes em função de suas características. Ou seja, são as características que nos permitem diferenciar um elemento químico do outro. Por isso, hidrogênio, ouro e ferro são classificados de maneiras distintas.
- Propriedades físicas: são aquelas que sua composição química não se altera quando o elemento é estudado. São observadas quando há ação mecânica ou de calor.
Exemplos de propriedades da matéria
Se pegarmos uma amostra com 200 gramas de ferro, isso não interfere na sua constituição. Por exemplo, o ponto de ebulição de 200 gramas de ferro é o mesmo para 1kg de ferro. Portanto, essas características são físicas.
Por outro lado, o ferro pode ser oxidado em contato com o oxigênio, produzindo ferrugem. Alterando assim, sua composição química. A mancha avermelhada que vemos em um portão de ferro que não foi tratado, ou em equipamentos antigos são características do processo de oxidação.
As mudanças que ocorrem nas substâncias também podem ser classificadas como mudanças físicas ou químicas. No caso das primeiras, as alterações ocorrem em sua aparência, na sua estrutura física, mas não mudam sua composição. Por exemplo, a mudança de estado físico da matéria. Quando a água entra em ebulição, ela continua sendo “água”, H2O, mas agora encontra-se no estado gasoso. Outro exemplo é o cozimento do feijão, que continua sendo feijão mesmo após o processo.
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No entanto, mudanças químicas ocorrem quando as moléculas reagem entre si formando diferentes componentes. Por exemplo, o óxido sulfúrico da atmosfera, quando em contato com a água da chuva, transforma-se em ácido sulfúrico, substância extremamente nociva, que deteriora o meio ambiente e até mesmo estruturas artísticas.
A produção de queijo, por exemplo, é outro processo químico, pois muda a constituição da matéria, ou seja, houve uma reação química, chamada de coagulação, que altera a composição do leite.