O realismo foi um importante movimento artístico e literário do século XIX, muito influente tanto Europa como no Brasil.
Os autores realistas se propuseram, de modo geral, a construir narrativas e líricas que explorassem o comportamento humano em sociedade, seja de forma objetiva e analítica, seja de modo crítico ou impessoal.
Por serem influenciados principalmente pelo positivismo, esses autores se opunham às idealizações do movimento artístico anterior, o romantismo, buscando assim retratar a realidade de modo que se alinhasse ao cientificismo que se tornava popular na época.
Em Portugal, o realismo é considerado um dos períodos mais produtivos da literatura nacional; vamos agora, então, conhecer os principais autores que formaram esse movimento em Portugal!
Eça de Queirós
Eça de Queirós (1845-1900) é um dos mais renomados escritores narrativos da literatura canônica portuguesa e foi um rigoroso crítico da ficção fantasiosa própria ao romantismo.
Simultaneamente irônico e cirúrgico, foi o maior nome do realismo português por conseguir mesclar a crítica social e a imparcialidade descritiva, características de setores opostos dentro do movimento realista, conciliando assim descrições externas e internas de maneira ímpar.
Principais obras:
- O Crime de Padre Amaro (1875)
- O Primo Basílio (1878)
- Os Maias (1888)
- A cidade e as Serras (1901 – publicação póstuma)
Antero de Quental
Antero de Quental (1842-1891) é o escritor português que primeiro abalou a hegemonia do fazer literário romântico.
Foi participante essencial na Questão Coimbrã, que é considerada o marco que deu início ao movimento realista. Em seu livro de estreia, Odes Modernas (ano), o poeta enaltecia a revolução socialista utilizando a crítica social como recurso lírico.
Principais obras:
- Odes Modernas (1865)
- Bom Senso e Bom Gosto (1865)
- Primaveras Românticas (1872)
- A poesia na Actualidade (1881)
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Referências
RIBEIRAO, L.M.M. Realismo e naturalismo em Portugal: definir, contextualizar, exemplificar. Boletim do CESP – v. 20, n. 27 – jul./dez. 2000 – p.189-210