Revolução Cubana – O que foi, Principais causas e fim da revolução

A Revolução Cubana é um dos principais momentos políticos de Cuba e da história do socialismo e comunismo. Conheça, a seguir, como ela ocorreu e suas implicações no cenário internacional.

O que foi a Revolução Cubana

Esse foi um movimento guerrilheiro armado, que destituiu o ditador Fulgencio Batista, então líder de Cuba, do poder. Entre os principais personagens históricos envolvidos estão Fidel Castro, Raúl Castro e Ernesto Che Guevara.

Principais causas da Revolução Cubana

Revolução Cubana

Para entender o que motivou a Revolução Cubana, é preciso olhar um pouco para o passado do país. Em 1898, Cuba conquistou sua independência da Espanha, com o apoio dos Estados Unidos.

A partir de então, os norte-americanos passaram a realizar negócios com lucros vultosos, explorando a economia cubana. Na década de 50, cerca de 90% das fazendas de gado e 100% das refinarias de petróleo do país eram dos EUA e, aproximadamente, 80% das importações vinham desse país.

Essa exploração econômica fez com que surgisse um forte sentimento antiamericano em Cuba. Os presidentes não conseguiam diversificar a economia do país, gerando diversas tensões políticas.

No ano de 1952, o militar Fulgencio Batista dá um golpe de estado e assume o poder, instaurando uma ditadura, que foi marcada pela corrupção, violência contra a oposição e censura da imprensa.

A ditadura de Fulgencio Batista fez com que movimentos contrários surgissem e tentassem destituí-lo do poder. É justamente aí que Fidel Castro entra na história, formando um grupo de resistência e adotando ações de oposição.

Fidel Castro tinha como proposta acabar com a ditadura de Batista, mas também implantar uma luta nacionalista, com fim de intervenções dos Estados Unidos, seja na política ou na economia.

De maneira resumida, a forte intervenção norte-americana em Cuba, além da ditadura militar, são as duas principais causas que levaram à revolução.

Desenrolar e fim da Revolução Cubana

Revolução Cubana participantes

Em 1953, Fidel Castro liderou o Assalto ao Quartel Moncada, em Santiago. A finalidade era tomar os quartéis e armar a população para derrubar Fulgencio Batista, mas não foi o que aconteceu.

O confronto gerou mortos e Fidel Castro, junto a seu irmão, Raúl Castro, foram pegos, julgados e condenados a 15 e 13 anos de prisão, respectivamente. No ano de 1955, Batista concede perdão a todos os presos políticos, inclusive aos irmãos Castro, o que foi feito porque o ditador estava sob uma intensa pressão política.

Fidel e Raúl Castro são exilados para o México e lá planejam a Revolução Cubana, para derrubar Batista. Nessa época, ambos se uniram a Ernesto Che Guevara, com o intuito de colocar seus planos em prática.

Em 1956, os irmãos Castro retornam à Cuba, com Che Guevara e voluntários, a bordo do Granma, um iate. Enfrentaram um primeiro combate com tropas do governo e os que sobreviveram, adentraram a mata da Sierra Maestra.

Então, os integrantes da Revolução Cubana se reorganizaram e passaram a usar táticas de guerrilha, fazendo ataques que pequeno porte a tropas do exército, o que acabou por desmoralizar, lenta e continuamente, Fulgencio Batista.

Por fim, contando com o apoio da população, Fidel Castro e companhia derrotam o ditador, que partiu para exílio na República Dominicana, em primeiro de janeiro de 1959.

Cuba pós-revolução

Assim que Fulgencio Batista assume a derrota e se exila, Fidel Castro se intitula primeiro-ministro e começa a adotar medidas que concentram o poder político em si.

Entre as principais mudanças adotadas por Castro foram alfabetização em massa e Reforma Agrária (o que eliminou latifúndios, além da nacionalização de todas as empresas estrangeiras, resultando num entrave econômico com os Estados Unidos).

Tais medidas nacionalistas e antiamericanas/anticapitalistas fizeram com que os norte-americanos cortassem relações diplomáticas com os cubanos, em 1961. No mesmo ano, a CIA apoiou um ataque contrarrevolucionário em Cuba, chamado de Invasão da Baía dos Porcos.

Fidel venceu esse embate, mas os Estados Unidos impuseram um embargo ao comércio com os cubanos, numa tentativa de bloquear a ilha, colocando-a em diversas dificuldades econômicas.

Tal movimento fez com que Fidel Castro alinhasse seu governo ao da União Soviética e declarasse Cuba como uma nação socialista, passando a receber auxílio financeiro da URSS.

Com a queda do Muro de Berlim, a ajuda financeira deixou de existir, o que acabou por prejudicar bastante a economia cubana, que hoje tenta se recuperar e se livrar do embargo dos Estados Unidos.

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