A sintaxe é conhecida como uma das partes da gramática que tem a finalidade de estudar a disposição das palavras nas orações, nos períodos e também na relação constituída entre elas.
Dentro disso, encontramos a análise do sujeito: aquele termo essencial para uma oração e que define o ser sobre o qual se faz uma declaração. É claro que, como você deve se lembrar de seus estudos, o sujeito possui características interessantes, que o fazem ser dividido em tipos diferentes.
Hoje, você conhecerá e entenderá o sujeito indeterminado: o que é, como é formado, como distingui-lo e seus aspectos principais – tudo isso agora, no Quero Viver Bem!
O que é sujeito indeterminado?
O sujeito indeterminado é uma das quatro classificações existentes para o sujeito (para conhecimento, os outros tipos de sujeito são: simples, composto e oculto). Ele pode ser conceituado, de forma simples, como o tipo de sujeito que não traz possibilidades de identificação, mesmo que ele exista, pois não está explícito na oração.
Ou seja, um sujeito indeterminado é aquele que, embora existindo, não se pode determinar pelo contexto da oração, nem mesmo pela terminação do verbo.
Algumas funções estão atreladas ao sujeito indeterminado. São essas as principais:
- Expressar uma situação em que se desconhece quem seja o sujeito;
- Expressar uma situação em que não há interesse em identificar o sujeito, ou ainda uma situação na qual haveria prejuízos;
- Expressar uma situação sem dar importância na identificação do sujeito;
- Expressar uma situação sem identificar o sujeito, no entanto, excluindo o falante e o ouvinte de uma possível suspeita ou envolvimento;
- Expressar uma situação sem identificar o sujeito, mas demonstrar algum envolvimento – tanto do falante como do ouvinte.
Como o sujeito indeterminado é formado?
O estudo do sujeito indeterminado na língua portuguesa é, geralmente, bastante superficial, principalmente para os estudos dos alunos, já que, na maior parte das vezes, é suficiente conceituá-lo como o sujeito que não se conhece ou que não se quer identificar.
De todo modo, no momento em que você for realizar alguma prova – como o ENEM – ou mesmo para concursos públicos, a identificação dos tipos de sujeito se tornará imprescindível.
Por isso, saiba que o sujeito indeterminado pode ser formado e expresso por duas formas principais:
- Verbo transitivo direto na 3ª pessoa do plural
Essa formação não admite a inclusão da 1ª pessoa e da 2ª pessoa como maneira ou possibilidade de determinação do sujeito, dando a entender que “alguém”, mas não sendo “eu” ou “você” teve responsabilidade sobre a situação descrita na oração ou mesmo na isenção de responsabilidade pela situação descrita.
Veja exemplos dessa formação nas frases, abaixo:
- “Anunciaram o falecimento do empresário”;
- “Roubaram a minha carteira”;
- “Saíram de madrugada causando tumulto”;
- “Quebraram o vidro do seu automóvel”.
Note que, por estar como sujeito indeterminado de 3ª pessoa do plural, até mesmo o próprio falante pode ser o culpado da situação, mas ele se exime da culpa e de possíveis punições por meio do uso desse tipo de oração.
- Verbo transitivo indireto, verbo intransitivo ou como verbo de ligação que esteja flexionado na 3ª pessoa do singular, além do uso do pronome “se”
Ao contrário da forma anterior, o sujeito indeterminado que pode ser formado e expresso pela 3ª pessoa do singular, acompanhado do pronome “se”, indica a possibilidade de inclusão da 1ª pessoa e da 2ª pessoa do verbo como determinação do sujeito.
É como se essa opção marcasse que “qualquer um”, inclusive “eu” e “você”, poderia ser responsável pela situação descrita na oração – até mesmo poderia indicar que há envolvimento do “eu” ou “você” – emocional e psicologicamente falando – na situação indicada.
Veja nos exemplos, a seguir, como diferir esse sujeito indeterminado:
- “Precisa-se de colaboradores temporários”;
- “Espera-se que o horário de visitas seja alterado”;
- “Não se fala sobre o casamento do príncipe”;
- “Em uma entrevista, sempre se fica ansioso”;
- “Nota-se a falta de sensibilidade”.
Dependendo do contexto, você pode perceber que o sujeito indeterminado equivale ao sujeito “nós”, por exemplo.
Muitos linguistas comentam a respeito da maneira de apontar um sujeito indeterminado pelo uso do verbo no infinitivo impessoal, pois afirmam que esse é o tipo mais comum e neutro de sujeito indeterminado.
Exemplos claros estão presentes em citações famosas, como a de William Shakespeare: “Ser ou não ser; eis a questão”. Vale a pena citar que outra forma nominal do verbo que pode também expressar o sujeito indeterminado é o gerúndio, porém você encontrará isso em raras situações. Um exemplo para conhecimento: “é fácil dizer que a vida é bela, sendo rico”.
Certos professores universitários somaram outros termos de sujeitos indeterminados, como é o caso do pronome “você”, por exemplo: “você não sabe o dia de amanhã, então a vida precisa ser aproveitada ao máximo”.
Sujeito oculto
Sujeito oculto ou elíptico é aquele que não está visível na frase, mas que pode ser identificado no contexto. Ou seja, o sujeito existe, mas não está expresso na oração.
O sujeito oculto se diferencia pelo fato de ser determinado, podendo ser identificado, enquanto que com o sujeito indeterminado isso não acontece.
Para você entender – FAQ resumo sobre “Sujeito Indeterminado”
Entenda mais sobre Sujeito Indeterminado! Essas perguntas são as mais comuns entre as pessoas que buscam entender mais sobre esse assunto.
Quando que o sujeito é indeterminado?
O sujeito é indeterminado quando o sujeito não se quer ou não se pode ser identificado. Isso pode acontecer de duas maneiras:
- Na presença de verbo que seja intransitivo, transitivo indireto ou de ligação, acompanhado do pronome “se”.
- Na presença de verbos na terceira pessoa do plural.
Como saber se a frase tem sujeito indeterminado?
O sujeito é um dos principais termos essenciais na oração, ele costuma estar localizado antes do predicado. Para conseguir identificar o sujeito, você deve buscar o termo sobre o qual se diz alguma coisa e verificar se ele pode ser substituído por um pronome pessoal do caso reto e se ele concorda com o verbo.